sábado, 4 de janeiro de 2025
Ano Internacional das Cooperativas
Bom dia! Foto: Agência ECCLESIA/MC Além do Jubileu, 2025 é o Ano Internacional das Cooperativas, convocado pela Organização das Nações Unidas. No primeiro sábado de 2025, o programa Ecclesia, na Antena 1 da rádio pública (6h00), debruçou-se sobre esta proposta, numa conversa da jornalista Lígia Silveira com Manuel Tereso, da direção da FENACHE – Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica. O responsável considera que a convocação deste ano pode “sensibilizar” a população para respostas sociais, mas importa formar novas gerações para este modelo de organização social. “O Estado não faz, o setor privado não faz. As cooperativas muitas vezes atuam exatamente como retaguarda para aquilo que a sociedade no seu todo, em termos privado e em termos público, não faz e, portanto, há que dar dignidade e visibilidade ao setor para maior apoio a estas estruturas”, afirmou Manuel Tereso. O bispo de Aveiro escreveu uma nota pastoral para a Peregrinação Diocesana a Fátima, agendada para 8 de março, afirmando que os desafios que se apresentam à Igreja “requerem uma identidade cristã mais pessoal e comunitária”. D. António Moiteiro pede também aos diocesanos que disponham a sua vida para que caminhada até a Fátima “seja um tempo de graça e de misericórdia”. O padre Domingos Areais, professor de Sagrada Escritura, foi o responsável por comentar as leituras do Domingo da Epifania, no Programa Ecclesia, esta sexta-feira, ligando-as ao Ano Santo 2025 e explicando que os “magos são peregrinos”, “o protótipo dos buscadores de Deus”, à procura de sinais. Por Setúbal, a Comissão Diocesana Justiça e Paz considera que “seria muito útil e adequado serem retomadas” as assembleias diocesanas que funcionaram nos primeiros anos desta diocese, após reflexão sobre o documento final do Sínodo dos Bispos. O organismo “deseja viver numa Igreja Sinodal”, onde “todos os batizados se sintam membros ativos”. Amanhã, o Jubileu 2025 está no centro do programa Ecclesia (Antena 1, 06h00). O convidado padre José Luís Costa, coordenador nacional da Pastoral Penitenciária em Portugal, considera que este deve promover uma mudança “cultural” na relação com os presos, assumindo a intenção de assinalar o Ano Santo com “pórticos de esperança”. Uma conversa a não perder. Foto: Agência ECCLESIA/PR Ainda no domingo, mas mais tarde, pelas 17h35, o programa 70×7 chega à antena da RTP2, apresentando uma entrevista ao novo coordenador do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil, a partir do farol de Aveiro, o mais alto de Portugal. Pedro Carvalho fala sobre o desafio de assumir a tempo inteiro a função que lhe foi confiada e lança o olhar para o futuro. Desejo-lhe um ótimo
sábado, |
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
Domingo da Palavra de Deus - 26 de janeiro 2025
No próximo domingo 26 de janeiro de 2025 será
celebrado o VI Domingo da Palavra de Deus, que este ano é vivido em
dinâmica Jubilar.
O Papa Francisco, mais uma vez, desafia-nos a compreender como é importante, na vida das comunidades eclesiais, a Palavra de Deus. Esta Palavra é sempre viva e torna-se um farol de Esperança e de Alegria. «Espero na tua Palavra» é o lema escolhido para redescobrirmos a beleza e os ensinamentos da Bíblia.
Partilhando a missão de despertar para a importância das
Escrituras na vida pessoal e comunitária, o Secretariado Nacional da Educação
Cristã, à semelhança de anos anteriores, associa-se a esta celebração
apresentando e promovendo, junto das Paróquias, a Bíblia da CEP (Os Quatro
Evangelhos e os Salmos), a um preço reduzido.
O nosso objetivo é que as famílias, os catequistas, os jovens e os movimentos eclesiais a adquiram, certos de que a leitura dos Evangelhos e a recitação/oração dos Salmos fortalecem o sentido da presença de Deus nas nossas vidas e no serviço aos outros.
Aceite esta missão de SER PALAVRA na vida de MUITOS adquirindo por 3.50€ cada exemplar da Bíblia: Os Quatro Evangelhos e os Salmos.
Está a crescer o número de crianças-soldado
Retrocesso denunciado pela ONU
7MARGENS | 2 Jan 2025
O novo ano começa com sinais inquietantes, quanto às questões das guerras e das dificuldades de caminhar para a paz. O mais recente chega da ONU, através de um alerta de que “grupos armados aumentaram o recrutamento e o uso de crianças em conflitos armados”. Isto quando se acaba de comemorar o 35º aniversário de um compromisso da ONU de proteger crianças de serem recrutadas como soldados.
Em 1989, a quase totalidade dos países acordaram na aprovação da Convenção sobre os Direitos das Crianças, um documento que tem sido um referente para múltiplas ações de promoção de direitos (de proteção, provisão e participação). No caso dos direitos de proteção, os líderes mundiais e estaduais quiseram acautelar que as crianças (na definição da ONU, todas as pessoas com menos de 18 anos) não fossem objeto de violência e exploração.
Cerca de uma década depois, em 2000, foi adotado um protocolo opcional que formalizava a proibição de recrutar e usar menores de 18 anos como soldados, um instrumento que foi, até agora, ratificado por 173 países.
Quando seria de esperar que a tendência apontasse para o recuo desse tipo de práticas, um comunicado difundido no último dia de 2024 pelo site Crianças e Conflito Armado, aponta no sentido contrário, sobretudo por ação de grupos armados que atuam através do sequestro e recrutamento forçado. Entre os conflitos onde essas práticas têm sido registadas contam- se a Colômbia, a República Democrática do Congo, Moçambique, o Sahel, o Sudão, a Somália, a Síria e o Haiti.
A outra faceta deste problema decorre do aumento do uso da força militar por parte de governos e regimes, em zonas como os Territórios Palestinianos Ocupados, incluindo Gaza; Sudão; Líbano; Mianmar e Ucrânia. O impacto desta violência armada sobre as crianças é devastador.
“Os gritos dessas crianças ecoam por todas as zonas de conflito, mas, com muita frequência, o mundo permanece em silêncio”, disse na última terça-feira a Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para Crianças e Conflitos Armados, Virginia Gamba.
Esta responsável pediu que seja concedido acesso humanitário seguro e desimpedido às crianças, a implementação de leis internacionais, a eliminação de explosivos de amplo impacto em áreas povoadas, a proibição do uso militar de escolas e a proibição e eliminação de minas terrestres antipessoal.
“À medida que nos aproximamos de 2025, escolhamos a compaixão em vez da indiferença e a paz em vez da guerra”, acrescentou a alto funcionário da ONU. “Juntos, podemos reescrever as histórias dessas crianças — não com medo e perda, mas com cura e esperança”, acrescentou Virginia Gamba.
Um poeta faz-nos ver o mundo de forma diferente
Foto: Assírio & Alvim
D. José Tolentino Mendonça presidiu ontem à Missa de corpo presente de Adília Lopes, na Capela do Rato, em Lisboa, e destacou da poetisa “a contemplação, a solidão” e a “fé”, três coisas que guarda “no coração”. Para o Cardeal português, "um poeta ou poetisa no mundo acelera o processo de consciência histórica, faz-nos ver o mundo de forma diferente". “Agradecemos a sua vida, aquilo que conhecemos e partilhamos, aquilo que recebemos como dom imenso, mesmo se parecia um banquete de migalhas. As migalhas tinham um sabor religioso, e isso, agradecemos e pedimos ao Senhor que a acolha, que a acolha como filha amada”, disse o cardeal português no início da Eucaristia. Ontém foi também divulgado o primeiro ‘Vídeo do Papa’ de 2025. Nele o Papa Francisco defende o “direito à educação” e alerta para a atual “catástrofe educativa” num mundo onde “cerca de 250 milhões de crianças não têm instrução”, por causa das guerras, das migrações e da pobreza. Na RTP2 o programa Ecclesia chega pelas 15h00. Tenha um grande dia Henrique Matos |
quinta-feira, 2 de janeiro de 2025
La fe de Tolkien: completa y luminosa biografía espiritual sobre el autor de El Señor de los Anillos
Ordway investiga cómo Tolkien vivió su catolicismo, en su vida familiar, su parroquia, su obra...
En 2024 se ha publicado en español La fe de Tolkien: biografía espiritual (en Mensajero, Grupo Loyola), que va a ser la gran obra de referencia sobre la vida religiosa del autor de El Señor de los Anillos durante muchos años.
Es fruto del magnífico trabajo de Holly Ordway, profesora en la Universidad Cristiana de Houston y doctora en Filología Inglesa, que cuenta con el apoyo del Instituto Word on Fire que impulsado el obispo Robert Barron. El instituto financió hace pocos años su anterior investigación, dedicada a las lecturas modernas -es decir, ni clásicas ni medievales- de Tolkien. Así, esta estudiosa ha investigado su figura primero desde lo literario y después se ha detenido en esta biografía espiritual.
Lo que otros autores no llegaron a investigar
Sus biógrafos anteriores dedicaron poca atención a la fe de Tolkien. John Garth, que declara ser ateo, se centró en estudiar su juventud en la Primera Guerra Mundial, en Tolkien y la Gran Guerra y casi no habla de su fe. Raymond Edwards relega a un apéndice cualquier mención de la religión. Humphrey Carpenter, en su biografía autorizada, la más famosa, reconocía la importancia absoluta de la fe de Tolkien en su vida pero, explica Ordway, "la presenta como una convicción privada que basa en el amor a su madre, no entra en detalle". Hay que apuntar que Carpenter era hijo de un obispo anglicano de Oxford y en cierto momento de su vida se alejó de todo interés por lo religioso: desarrolló un "punto ciego" respecto al tema de fe. También acabó por desinteresarse del todo por Tolkien y sus amigos literarios los Inklings.
La fe de Tolkien, biografía espiritual, por Holly Ordway.
"Yo misma soy cristiana y católica; llevo treinta y tantos años reflexionando y escribiendo sobre Tolkien; lo hacía cuando era una estudiante agnóstica; escogí su obra como tema de mi tesis siendo una graduada atea y más tarde siendo una cristiana protestante en un colegio secular enseñe su literatura casi una década en esa época. Me habría sido muy útil un libro como este", comenta, con cierto toque de humor.
Sí, la fe es importante en la obra tolkiniana
Pero ¿es importante la fe de Tolkien en su obra? Transcurre sobre todo en un mundo de fantasía... Pero según la carta de Tolkien a Deborah Webster en 1958 sí lo es. Él enumeraba cosas que tenían relevancia para entender a un autor. Hablaba de "algunos hechos fundamentales en verdad significativos: por ejemplo, nací en 1892 y viví mis primeros años en La Comarca en una era premecánica; pero lo que es todavía más importante, soy cristiano, lo que puede deducirse de mis historias, y católico apostólico romano por añadidura".
Así, el mismo Tolkien dice que su fe es significativa para su obra. "Mencionar una influencia no es negar las demás", dice la autora, destacando que el mismo Tolkien considera ese factor "todavía más importante" que otros.
El libro tiene 360 páginas de texto que se leen muy bien. Se completa con 100 páginas de notas sobre citas bíblicas, literarias, fuentes y comentarios. Incluye además 40 páginas de fotografías interesantísimas qué nos trasladan a su época y amistades.
Holly Ordway documentándose sobre Tolkien, Lewis, los Inklings y su época.
Explicar cosas católicas a quien no sepa nada de catolicismo
Ordway quiere explicar al lector, quizá muy alejado de la cultura católica (como ella hace pocos años) de cosas como la devoción mariana o el significado de la Eucaristía, o la doctrina del Purgatorio o lo que hace un monaguillo.
Pero también un católico español culto de hoy aprenderá cosas peculiares del catolicismo que vivió Tolkien hace 100 años en Inglaterra, con prácticas y devociones de su peculiar época y contexto, distintas a lo que conocen hoy muchos católicos practicantes.
La autora intenta perfilar muy bien el contexto religioso que vivió el escritor. Tolkien perteneció a una minoría mirada con suspicacia: era católico en un país protestante. Incluso hoy el rey de Inglaterra no puede ser católico, y cuando Tolkien nació aún había cargos vetados a católicos. Tolkien simpatizaba con personas de otras minorías que se tomaran en serio su fe.
El testimonio de los que le conocieron
Sus hijos y nietos, y amigos y alumnos, hablaron de la fe sincera y profunda del escritor. El capellán del hospital que lo atendió bastante tiempo, ya anciano, decía: "Nunca puso su fe sobre el mostrador diciendo 'esto es lo que hay, chicos', pero sabías que, de toda la gloria de la que disfrutó, lo único importante para él era su fe".
Ordway da mucha importancia a su formación, y convivencia como huérfano, con los oratorianos de Birmingham, con los que siempre mantuvo el trato. Ella detecta en Tolkien rasgos de San Felipe Neri por quién tenía devoción. San Felipe Neri no dejó casi textos para la posterioridad (los hizo destruir por humildad): ¿cómo habría sido un Tolkien educado con textos de Neri?
Ordway llegó a hablar en persona con Priscilla, la hija de Tolkien, ya anciana, que murió poco después. Ella le confirmó que las cartas del escritor "son su voz consciente y auténtica" y advertía a la estudiosa: "cuando el escritor nos habla directamente con su propia voz es más difícil desoír lo que realmente te está diciendo, puede que esto último no sea de tu agrado", avisaba Priscilla.
Pero la misma Ordway, en este libro y en el anterior, constata y advierte que Tolkien a menudo decía cosas exageradas, con dobles y triples sentidos, algunos de ellos humorísticos, pensando en un oyente culto y un debate chispeante. No hay que leer algunas de sus improvisaciones como aforismos de sabiduría. Es distinto cuando leemos sus cartas repasadas y revisadas, las cartas de un perfeccionista.
Los defectos de Tolkien: nada metódico, escrupulosidad, perfeccionista
"¿Un santo de yeso? No. ¿Un cristiano de cartón piedra? No. Un hombre complejo, fascinante, con defectos, devoto, divertido y brillante? Creo que sí", resume la estudiosa.
Ordway admira a Tolkien, pero busca al hombre real, con sus defectos y virtudes. "Es cierto que era un hombre lento y nada metódico como observó C.S. Lewis con cariñosa exasperación. Pero también eligió poner las necesidades de los demás por delante de las suyas. Su editor Rainer Unwin admitió: 'Así como no era capaz de refrenar sus tendencias perfeccionistas, tampoco tenía la arrogancia que permite a los hombres ocupados elegir su rumbo a través de las presiones que los rodean, quería agradar a todo el mundo'"
"Es cierto que tenía sus defectos", dice Ordway. "Uno de ellos era su escrupulosidad. Otro era cierta vena pedante, unas ganas de llevar la contraria que podían desembocar en irascibilidad. Podía ser hipersensible a los desaires que creía ver y llevar la cuenta de ellos, como sucedió con el recuerdo décadas después de lo que consideró rechazo por parte de Lewis a su devoción por San Juan. Era un hombre con sus defectos y él lo sabía, por lo que recurría con frecuencia al sacramento de la confesión".
La biógrafa, al centrarse en los temas espirituales, cubre multitud de asuntos interesantes:
Tolkien y su trato con no católicos
Ordway ha sido bastantes cosas distintas en su itinerario espiritual y le interesa explorar cómo Tolkien se trataba con personas de distintas opciones religiosas. Pone un ejemplo de cada una: una alumna católica no practicante, su hijo Michael en su época de dudas, su amigo protestante Warren Lewis, por quién rezaba en la enfermedad hablando de la intercesión de María, y su amigo Robert Murray, culto agnóstico en búsqueda que luego sería sacerdote.
Ordway dedica otro capítulo a su visión de la mujer ("compañeras de naufragio" escribió con realismo Tolkien, recordando que vivimos todos en un "mundo caído", aunque sus obras abundan en damas admirables.
Los cambios del Vaticano II
Otros dos capítulos detallan su experiencia con la Iglesia posterior al Concilio Vaticano II. "No soy ni un reformador ni un embalsamador", dijo, evitando encajonarse. Comparaba la fe, como los idiomas, a un árbol: tiene raíces, pero va desarrollando ramas nuevas. La idea de "desarrollo" (biológica, vegetal) la usaba también el cardenal Newman y el Papa Benedicto XVI que beatificó a Newman en su viaje a Inglaterra.
Tolkien era de actitud conservadora, pero no encajaría del todo con un enfoque tradicionalista. Su línea o sensibilidad era cercana a la de Newman o San Felipe Neri. Parte de su disgusto con los cambios litúrgicos era, sobre todo, lingüístico: como lingüista amaba el latín, lo dominaba y usaba desde niño, y no le gustaba que se hubiera retirado.
La traducción al español del libro de Ordway es cuidadosa y atenta; la ha hecho Mónica Sanz, gran conocedora de la obra de Tolkien, que en los últimos años ha colaborado en corregir nuevas ediciones al español de los libros del autor británico.
La fe de Tolkien, de Holly Ordway, es un libro imprescindible para cualquier católico admirador de Tolkien y muy interesante para todo entusiasta tolkiniano que quiera entender su época y su vida interior. Esta biografía es ya un clásico, y lo será durante mucho tiempo.
(Sobre la Asociación Tolkien Católica de España, lea aquí).
Um Ano de paz
Bom dia e bom ano para si, A celebração do Dia Mundial da Paz, na solenidade litúrgica da Mãe de Deus, marcou o primeiro dia de 2025. O Papa reforçou algumas das ideias centrais que tem proposto para o Jubileu, com votos de que possam inspirar responsáveis políticos e a sociedade em geral: a defesa da vida, o cessar-fogo global e o perdão das dívidas. Por cá, começamos a apresentar as reflexões dos bispos portugueses para o Ano Novo (e Santo) um tema que vai estar em destaque ao longo do dia de hoje. Nos Açores, o dia foi de festa com a elevação da Ermida de Nossa Senhora da Paz elevada a santuário. No Programa ECCLESIA (hoje às 13h15, na RTP2), a mensagem para esta jornada anual esteve em destaque na terça-feira e volta hoje ao debate, com a ajuda do diretor de Comunicação da Amnistia Internacional-Portugal. |
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
La madrileña convertida en secretaria de un obispo tanzano: «La misión es intentar vivir nuestra fe»
La diócesis de Bunda es una de las más pequeñas en extensión de Tanzania y tiene solo 12 años de existencia. Tiene una parte continental y otra insular, unas 30 islas en el Lago Victoria. Bunda tiene como obispo a Simon Masondole, que tiene como secretaria a una misionera madrileña, la joven Almudena Ríos, de apenas 35 años.
El programa "Misioneros por el mundo", de TRECE, entrevista al obispo y a la misionera, un reportaje en el que ambos presentan la realidad de la diócesis y a algunas de las personas que les ayudan en la evangelización: un seminarista nativo y un catequista.
La misión es vivir la fe
Almudena cuenta cómo cuando llegó a Tanzania, sin dominar el "suajili", comprobó que se puede hacer mucho "aunque no puedas hablar", y la mejor forma de decir "yo soy cristiano" es a través de las obras. Y añade: "la misión es intentar vivir tu fe cristiana, y eso es lo que contagia a los demás". Lo recaudado por Obras Misionales Pontificias (OMP) es una de las grandes ayuda que tienen los cristianos de toda esta zona.
Desde 2018, el orfanato diocesano de "San Francisco de Asís" presta especial atención a los niños albinos, que viven allí como internos para preservar su seguridad. A estos niños se les persigue en Tanzania, como en gran parte de África, porque se considera que tienen "propiedades mágicas" y los chamanes le buscan para sus ritos e incluso para vender sus órganos. La convivencia de los albinos con niños huérfanos ayuda a normalizar la situación.
A esto contribuye también la asistencia de otros niños que no viven en el orfanato, pero que acuden a las clases de su escuela. La visita pastoral continúa en el Hospital "Saint Mary", de Kibara. Como dice Masondole, "Jesús curaba a los enfermos", por tanto la Iglesia tiene que seguir haciéndolo, "espiritualmente pero también físicamente", y esta es la razón de ser de este hospital diocesano.
Moses es otra vocación nativa, un seminarista que está realizando la pastoral en el Hospital y que después de una estancia de 5 años en España, habla perfectamente el español. La visita pastoral finaliza en la parte insular de la diócesis, concretamente en la isla de Nafuba, a la que el obispo y Almudena acceden por primera vez en una precaria embarcación, atravesando el Lago Victoria.
Un grupo de la parroquia sale a su encuentro en la costa para recibirles y acompañarles al pequeño templo, avanzando con danzas y cantos en los que sobresale el entusiasmo de los niños. La primera comunidad en Nafuba se creó en 1960 con 25 fieles, hoy son 250, que han explicado a su obispo la situación actual de la comunidad y la ayuda que necesitan para ampliar su pequeña iglesita.
La visita del obispo siempre trae alegría, porque él les explica que "es el momento de conocerse como hermanos, como parientes". Para la gente de este pequeño pueblo alejado, la visita del obispo significa caer en la cuenta de "quiénes somos como personas", que "nada nos separa", que todos vivimos en el mismo "planeta que Dios ha creado", y que también "la Iglesia es de Dios".
Puedes ver aquí completo el episodio de Misioneros por el Mundo en Bunda.
Por eso, que la Iglesia llegue hasta ellos "les hace sentir que a pesar de las separaciones que nos creamos, al final todos somos hijos de Dios y estamos unidos, la Iglesia es universal y llega a todas partes". La diócesis de Bunda acaba de celebrar los 125 años de la llegada de los primeros misioneros; todavía llena de juventud, es una iglesia con muchas necesidades y que necesita fortalecerse, como señala su obispo, pero que tiene esperanza y crece.
«A esperança do mundo está na fraternidade» - Papa Francisco
Bom dia, bom ano 2025! Paz e bem!! O Papa Francisco afirmou que “a esperança do mundo está na fraternidade”, esta terça-feira, na última celebração de 2024 que presidiu na Basílica de São Pedro. Na homilia, das I vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus e Te Deum de ação de graças pelo ano que estava a terminar, Francisco partilhou para reflexão se a “esperança de uma humanidade fraterna é apenas um slogan retórico ou tem um fundamento ‘rochoso’ sobre o qual podemos construir algo estável e duradouro”. “A Santa Mãe de Deus dá-nos a resposta, mostrando-nos Jesus. A esperança de um mundo fraterno não é uma ideologia, não é um sistema económico, não é um progresso tecnológico. A esperança de um mundo fraterno é Ele, o Filho encarnado, enviado pelo Pai para que todos nos tornemos o que somos, isto é, filhos do Pai que está nos céus e, portanto, irmãos entre nós.” Hoje, neste 1 de janeiro, celebramos o Dia Mundial da Paz 2025, a 58.ª edição, com a mensagem papal: ‘Perdoa-nos as nossas ofensas, concede-nos a tua paz’. “Precisamos da Graça
de Deus para sermos capazes do que até parece impossível. Como? No Programa ECCLESIA, na RTP2, vamos ter um painel de luxo: O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Pedro Vaz Patto, a diretora-executiva da Fundação Fé e Cooperação (FEC), Ana Patrícia Fonseca, e a diretora da Catarina Martins Bettencourt, da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). A não perder, num horário diferente, começa pelas 13h15. O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 por São Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia de cada ano, com uma mensagem papal. Nos balanços e análises tradicionais a cada ano que termina, sobre 2024, destaco ainda a entrevista ao professor José Miguel Sardica, da UCP, e as “boas notícias” selecionadas pela jornalista Laurinda Alves. Pode também aproveitar este dia, de maior descanso para alguns, para rever o último Programa ‘70X7’, com cinco acontecimentos para a história de 2024. Paz para todos, todos, todos, são os meus desejos para 2025. E que neste novo ano sejam mais as boas notícias, as notícias positivas. Bom ano, e, como ‘peregrinos da esperança’, vamos continuar consigo em www.agencia.ecclesia.pt. Saudações, Carlos Borges |
Deus no bairro e na poesia de Adília Lopes (1960-2024)
A morte aos 64 anos
António Marujo | 31 Dez 2024
Na sua poesia entravam os gatos com que vivia, as memórias da infância, um olhar arguto (e muitas vezes cáustico) sobre o mundo e os outros, a sexualidade, as suas leituras, os jogos de palavras, o corredor da sua casa, o bairro de Arroios onde morava, o quotidiano, Deus… “A minha poesia é uma poesia da vida menor. Não é a descoberta do caminho marítimo para a Índia”, escrevia Adília Lopes, que morreu no final de tarde da passada segunda-feira, 30, no Hospital de São José, em Lisboa.
O corpo de Adília Lopes, pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, será velado nesta quarta-feira, dia 1, na Capela do Rato, em Lisboa, a partir das 18h. O funeral realiza-se na quinta-feira, dia 2 de Janeiro, às 14h, para o Cemitério dos Prazeres, depois da missa de corpo presente presidida às 13h, pelo cardeal José Tolentino Mendonça.
A poetisa completava, acerca da sua obra: “É o caminho do corredor de minha casa entre a sala onde escrevo e a cozinha. É feminina. (…) É uma questão de mística e de vida monacal, de facto. Um ideal cristão é que toda a vida se torne oração. Esforço-me por isso.”
Vida, casa, mulher, oração, monaquismo, mística são ainda outras marcas da poesia (e da experiência quotidiana) de Adília, “uma das mais singulares vozes da poesia portuguesa”, como a definiu em comunicado a Assírio & Alvim, editora das suas obras mais recentes. Que em Setembro publicou uma nova edição de Dobra – Poesia Reunida (e alguns inéditos) de Adília Lopes.
“A Adília é uma das grandes vozes poéticas e místicas do Portugal contemporâneo. Ela é uma grande escavadora da realidade. É uma das pessoas mais corajosas que encontrei na minha vida”, dizia o cardeal Tolentino, na véspera de Natal, no podcast O Poema Ensina a Cair, de Raquel Marinho.
“É uma pessoa que, com o pouco que lhe foi dado, fez um dos milagres mais extraordinários que eu assisti”, acrescentava Tolentino Mendonça. “Porque é das vozes mais originais, mais singulares, mais autênticas. Mesmo dizendo aquilo que parecem baboseiras, a Adília é poeta, a Adília é absolutamente genial.”
Deus, a fé, a experiência religiosa, eram questões para Adília: “Deus é um boomerang/ e eu sou a sua filha pródiga”, escrevia em Sete Rios Entre Campos (1999). Ou ainda: “(…) só nos podemos queixar de não ser amados. Mas nem disso nos podemos queixar porque Deus ama-nos. E amou-nos sempre”, como afirmava em O Regresso de Chamilly (2000). Na apresentação da antologia Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa, Pedro Mexia e José Tolentino Mendonça escreviam, sobre “o caso inesperado” de Adília, “que parece demasiado humorística e prosaica para abordar a ‘questão’, mas que na verdade tem Deus em dezenas de poemas, um Deus que é um boomerang, um Deus na vida de bairro, um Deus da caridade, Deus como uma mulher a dias, um Deus que é um bicho, um cheiro e uma coisa vivida”.
“Detesto o sofrimento”
Nascida em Lisboa no dia 20 de Abril de 1960, Adília Lopes frequentou a licenciatura em Física, na Universidade de Lisboa, recorda a nota da Assírio & Alvim. Quando estava muito perto do fim abandonou o curso mas, como nota Luís Miguel Oliveira no perfil que dela traçou no Público, “são muitos os seus poemas, alguns recheados de equações e demonstrações, que testemunham o seu persistente fascínio pela matemática”. (ligação exclusiva para assinantes)
Adília Lopes publicou os seus primeiros poemas no Anuário de Poetas Não Publicados, da Assírio & Alvim, em 1984. No ano anterior, recorda ainda a editora, iniciara uma nova licenciatura, em Literatura e Linguística Portuguesa e Francesa, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. “Desisti da licenciatura em Física e do mestrado em Linguística Portuguesa Histórica. Gosto muito de estudar. Não sou preguiçosa e não sou estúpida. Sofri muito. Andei muito triste. O ambiente em minha casa, em casa dos meus pais, era trágico. Adoeci. Não tive amigos”, recordava, como confissão, em Choupos.
O sofrimento foi uma marca da sua vida. “Detesto o sofrimento”, escreveu num verso único de Capilé (2016). No curto perfil publicado no portal da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, recorda-se que Adília Lopes frequentou dois colégios católicos no ensino primário: “Andei em dois colégios de freiras mas ia lá tão pouco que o que eu devo dizer é: Não andei em dois colégios de freiras” (Z/S, 2016). Mais tarde, abandonou a licenciatura “devido a uma psicose esquizo-afectiva, doença da qual sempre falou abertamente, fosse na sua poesia, crónicas, conferências ou entrevistas a meios de comunicação social”.
Em “Out of the past”, poema de Versos Verdes (1999), escreveu: “A minha vida/ foi um mau sonho/ mas agora é minha/ sou eu.” Mas ao longo do tempo também foi encontrando tábuas salvadoras. Poucos dias antes de “Igrejas”, escrevia “2 Livros”, um outro texto de Bandolim (2016): “Em Um olhar sobre a cidade, Dom Hélder Câmara recomenda Poemas para rezar de Michel Quoist. A leitura destes dois livros aos 21 anos salvou-me a vida.”
“Uma grande agitadora”
A afirmação literária de Adília Lopes surge em 1985, em edição de autor, quando publica o seu primeiro livro de poesia, Um Jogo Bastante Perigoso. De uma obra poética que, reunida, deu mil páginas, a editora destaca ainda os livros Irmã Barata, Irmã Batata (2000), Manhã (2015), Bandolim (2016), Estar em Casa (2018), Dias e Dias (2020), Pardais (2022) e Choupos (2023). Mas pode ainda acrescentar-se O Poeta de Pondichéry, um dos seus livros mais considerados e traduzidos. A também cronista, tradutora e documentalista tem livros publicados em alemão, castelhano, francês, inglês, italiano e neerlandês, entre outras línguas, além de a sua obra estar incluída em antologias publicadas em Portugal e no estrangeiro.
A poesia de Adília Lopes faz-se muito de memórias autobiográficas, de objectos, sons e vozes do seu quotidiano, citações dos seus autores ou livros preferidos: a Bíblia e autores de matriz católica como Ruy Belo, Nuno Bragança ou Sophia de Mello Breyner Andresen. Mas também, como recorda o citado texto do Público, a Condessa de Ségur ou Enid Blyton, leituras de infância, e ainda o semiólogo e filósofo Roland Barthes ou Sylvia Plath. Luís Miguel Oliveira cita a afirmação de Adília Lopes no colóquio que a Fundação Gulbenkian dedicou à autora de Contos Exemplares: Sophia, confessava, ensinara-lhe que “o mundo do poema é limpo e rigoroso: nada de coisas farfalhudas, nada de aldrabices”.
Era assim o olhar de Adília, “uma grande agitadora”, como também referia Tolentino Mendonça na conversa com Raquel Marinho: limpo, rigoroso, muitas vezes contraditório, uma questão de vida ou de morte, uma luta corpo a corpo. Um dos poemas do seu primeiro livro tem o título “Arte poética” e resume esse labor tenso: “Escrever um poema/ é como apanhar um peixe/ com as mãos/ nunca pesquei assim um peixe/ mas posso falar assim/ sei que nem tudo o que vem às mãos/ é peixe/ o peixe debate-se/ tenta escapar-se/ escapa-se/ eu persisto/ luto corpo a corpo/ com o peixe/ ou morremos os dois/ ou nos salvamos os dois/ tenho de estar atenta/ tenho medo de não chegar ao fim/ é uma questão de vida ou de morte/ quando chego ao fim/ descubro que precisei de apanhar o peixe/ para me livrar do peixe/ livro-me do peixe com o alívio/ que não sei dizer.”
Sem a poetisa para continuar a escrever, resta desejar, como ainda há dias fazia o cardeal Tolentino na entrevista já citada: “Espero que os leitores continuem a amar muito a sua poesia e que a comunidade dos seus leitores, seja em Portugal ou no Brasil, possa crescer sempre mais.” Ou, como escreveu Adília em Le Vitrail La Nuit/A Árvore Cortada (2006): “A minha história/ é outra/ e começa agora// Estou sempre/ a começar.”
(Em 2 de Maio de 2010, Adília Lopes leu poemas seus na Capela do Rato, em Lisboa; o vídeo desse momento está na página do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica, que pode ser visto a seguir:)