Portugal tem três delegados
Vai decorrer de 14 a 20 deste mês de junho, em Talinn, na Estónia, a assembleia geral do Conselho das Igrejas Europeias (CEC, na sigla em inglês), em torno do tema “Sob a bênção de Deus – moldar o futuro”, na qual Portugal estará representado por três delegados.
O programa deste evento quinquenal inclui como conferencistas principais Hartmut Ros, que intervirá sobre “Qual é o contexto sociológico da Europa”; Sviatlana Tsikhanouskaya, sobre “O que é que as Igrejas podem oferecer na sociedade europeia?” e Rowan Williams, que falará sobre “Como é que trabalhamos teologicamente com o nosso papel na sociedade europeia”. O patriarca ecuménico Bartolomeu responderá à questão: “Quais são as nossas tarefas ecuménicas na Europa do futuro?”.
Haverá também duas audições sobre a Ucrânia, com painéis de representantes de várias confissões cristãs daquele país e da região, o primeiro sobre “Preparar a paz: O papel das igrejas na transformação da violência”, e o segundo sobre “As igrejas como agentes de mudança na sociedade do pós-guerra”.
A Assembleia, que é organizada pelas Igrejas membros da CEC na Estónia, a Igreja Evangélica Luterana e a Igreja Ortodoxa, incluirá também uma “Assembleia da Juventude”, com jovens de diferentes partes da Europa, com 18 ou mais anos.
Portugal estará representado por três delegados de igrejas que são membros da CEC e do COPIC (Conselho de Igrejas Cristãs): o bispo Sifredo Teixeira, da Igreja Metodista, a pastora Maria Eduarda Titosse, da Igreja Presbiteriana e o Presbítero Sérgio Alves, da Igreja Lusitana – Comunhão Anglicana.
O CEC é uma associação de 113 igrejas ortodoxas, protestantes, anglicanas e católicas de toda a Europa, e de mais de 40 conselhos nacionais de igrejas e organizações em parceria. A organização, fundada em 1959, após a Segunda Guerra Mundial, afirma representar mais de 380 milhões de cidadãos europeus em todo o continente.
Cirilo e mais 58 pessoas impedidos de entrar na Estónia
Esta sexta-feira, 9 de junho, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, anunciou a proibição de entrar no país a 58 pessoas, incluindo Cirilo, o patriarca de Moscovo.
O governante invocou a cumplicidade com graves violações de direitos humanos como motivo da medida, que engloba nove pessoas que perseguiram e prenderam o defensor dos direitos humanos, Vladimir Kara-Murza, que era vice-presidente da Open Russia, uma ONG que promove a sociedade civil e a democracia na Rússia.
“O patriarca Cirilo é um dos maiores adeptos e proponentes da ideologia de Putin”, disse o ministro das Relações Exteriores, em declarações citadas pelo jornal The Baltic Times. “Já era tempo de ele entrar na lista negra, já que justificou e incentivou a guerra contra a Ucrânia”, acrescentou Tsahkna.
A Igreja Ortodoxa da Estónia, que é chefiada pelo metropolita Eugénio, dependia historicamente do Patriarcado de Moscovo e, em passado não muito longínquo, Cirilo visitou a Estónia na sua qualidade de chefe religioso. Com a eclosão da invasão da Ucrânia, em 2022, aquele metropolita viu-se obrigado a distanciar-se das posições e das palavras de Cirilo sobre a guerra.
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