“Respeite os povos indígenas, presidente Bolsonaro”, apela o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para as questões indígenas. A mensagem surge na sequência do assassinato de um líder indígena do povo wajãpi, em Mariry (estado de Amapá, Amazónia brasileira), quando um grupo de mineiros armados e acompanhados de cães perigosos assassinaram Emyra Wajãpi, 68 anos.
Perante a declaração do Presidente brasileiro de que não há “indício forte” de que o líder wajãpi tenha sido assassinado – e que provocou medo entre os indígenas – o Cimi escreve que “os discursos de ódio e agressão do presidente Bolsonaro e demais representantes de seu governo servem de combustível e estimulam a invasão, o esbulho territorial e ações violentas contra os povos indígenas” do Brasil.
O Cimi apela ainda à tomada de “medidas urgentes, estruturantes e isentas politicamente para identificar e punir, na forma da lei, os responsáveis pelo ataque aos Wajãpi”, bem como para “combate à invasão e esbulho possessório das terras indígenas” e exige que o Presidente “respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos, racistas e atentatórios contra os povos originários e seus direitos em nosso país”.
Também a presidência da CNBB publicou uma nota na qual afirma: “Há-de se encontrar caminhos para superar os processos que ameaçam a vida, pela destruição e exploração que depredam a Casa Comum e violam direitos humanos elementares da população. É preciso, assim, enfrentar a exploração desenfreada e construir um novo tempo, tempo de Deus, humanizado, na Amazónia.”
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