Esta forte
tendência, que se tem introduzido em todo o mundo, de implementar uma cultura
de morte não é algo de ingénuo ou acidental, mas uma planificação científica e
sistematicamente aplicada em todos os sectores mais vulneráveis da sociedade.
Promovida por fortes correntes culturais,
económicas e políticas, defendendo uma sociedade assente na eficiência e no
lucro, serve-se de todos os meios para se descartar de quem não está apto,
segundo os seus critérios, a servir os seus objectivos, tornando-se numa guerra
declarada do mais forte contra o mais fraco, desde os idosos, aos doentes, aos
nascituros, aos jovens com problemas, enfim, a todos os que não lhes interessa
que vivam.
De permeio arrasam a família, os seus valores
e afectos tradicionais, porque estes se apresentam como um obstáculo a esta
“engenharia genética”, minando-os com conceitos pré-fabricados, duvidosos ou
mesmo perversamente manipulados para confundir em jeito de modernidade.
As acções propostas
por esta guerra ideológica adquiriram protagonismo aquando das conferências da
ONU de 1994 (Cairo) e 1995 (Pequim), cujos temas relacionados com as mulheres,
foram propostos por ONGs feministas, financiadas por poderosos lobbies. Da sua agenda constava a
implementação do aborto como direito humano, baseando-se em argumentos de que
as mulheres não podem aceitar a sua biologia, mostrando desejar uma acção a
nível mundial com o fim de influenciar uma mudança do papel feminino da mulher,
como esposa e mãe.
A
cultura de morte é uma imposição que quer formar uma nova ordem social a partir
da desconstrução da cultura cristã, como construtora da civilização ocidental.
Patrocinada por grandes fundações internacionais que querem um novo modelo de
ser humano, actua na modificação de todos os conceitos de vida e família,
através dos mass media,
infiltrando-se na educação, na saúde e
recorrendo a financiamentos aos respectivos governos dos países em que
querem implementar os seus objectivos, para atingirem o fim que desejam: controlo de natalidade, legalização
do aborto, eutanásia, ideologia de género,
sexualização de crianças e mudança de sexo, entre outros.
Considerando
que a afirmação de Durkheim “a erosão das estruturas primárias da sociedade, em
especial a família, tornam o suicídio banal, normal” não é de
estranhar que a família natural
tenha sido o alvo predilecto desta guerra ideológica, económica e
politica.
Afinal, assim como as árvores sem raízes, as pessoas sem identidade podem ser controladas com bem
menos esforço, pois são alvos mais vulneráveis. E este é,
seguramente, o objetivo dos
promotores da cultura da morte que se abateu sobre o mundo nas últimas décadas.
Ana
Maria d´Oliveira
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