quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Ponto SJ é o nome do novo portal dos jesuítas, que nasce esta sexta-feira, dia 23, pretendendo propor um espaço de debate feito num “clima temperado”. O portal ficará disponível neste endereço, a partir das 8 horas desse mesmo dia.
No próprio dia do lançamento do Ponto SJ, haverá uma sessão no Café-Teatro da Comuna, em Lisboa, a partir das 18h, proposta de dois “encontros improváveis – duas pessoas que, à partida, “teriam menos oportunidades de se juntar para debater ideias”. Um reúne o cronista João Miguel Tavares e o padre jesuíta Francisco Mota; no outro, encontram-se Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda, e a Irmã Júlia Bacelar, que trabalha com mulheres vítimas de violência.
Estas conversas foram precedidas de encontros em que cada pessoa foi desafiada a conhecer o trabalho da outra, fazendo o exercício de se colocar no lugar dela. O provincial dos jesuítas em Portugal, padre José Frazão Correia, estará também presente.
Afirmando-se como “um espaço de reflexão, opinião e comentário que contribuirá para o enquadramento de temas pertinentes da atualidade em áreas como Política, Fé, Justiça, Cultura e Educação”, o portal pretende, essencialmente, “promover o diálogo no espaço público”, como diz o seu director, o padre José Maria Brito (de quem se pode ler aqui uma entrevista a propósito da iniciativa).
Diariamente, haverá comentários de temas de actualidade ou propostas de pistas de reflexão sobre aquelas cinco áreas temáticas. Guilherme de Oliveira Martins, Joaquim de Azevedo, Clara Almeida Santos, Carla Quevedo, Jacinto Lucas Pires, Joana Rigato, Alfredo Teixeira, Isabel Allegro de Magalhães, Margarida Alvim e a irmã Irene Guia, que actualmente trabalha com refugiados no Curdistão, são alguns dos nomes que colaboram no novo portal e que inclui também vários padres jesuítas.
Num tempo “em que a possibilidade de diálogo aberto e construtivo, capaz de assumir positivamente a pluralidade, está afectada pelo uso de uma linguagem populista, extremada e excessivamente identitária, que impede a escuta e a disponibilidade para compreender a posição do outro”, o Ponto SJ quer assumir-se como um espaço que promova “um clima temperado”, no qual seja possível “conversar e olhar para a realidade com largueza de horizonte e espírito crítico” e, ao mesmo tempo, fazendo a ponte com esferas e grupos diferentes e mais distantes da Igreja.
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