Naqueles dias saiu um édito de César Augusto para que todos se fossem recensear. Por este motivo Maria e José tiveram de ir a Belém, pois de acordo com a lei da época, as pessoas não se recenseavam no local onde viviam, mas na sua terra de origem e a terra de origem de José era Belém.
Não obstante a situação delicada de Maria, parece que a capacidade hoteleira de então era reduzida e não havia lugar para eles na estalagem… Portas que se fecharam, frio, desconforto e indiferença, assim foi o acolhimento a um Deus que se fez tão pequenino que teve de nascer numa manjedoura. Jesus, Maria e José estavam sós…
Veio para junto dos seus para os salvar, mas os homens não o acolheram e naquela noite e naquele lugar aparentemente desprezível, com a simplicidade mais absoluta, deu-se o maior acontecimento da humanidade: “estando ali, completaram-se os dias da sua gravidez, Jesus nasceu e Maria envolveu-O com imenso amor nuns paninhos e deitou-O numa manjedoura”.
Mergulhada nas trevas, a humanidade viu uma grande luz. “Não temais, diz-lhes um anjo, pois anuncio-vos uma grande alegria, que será para todo o povo: nasceu-vos hoje um Salvador, que é Cristo Senhor”.
Naquela noite Santa os pastores foram os únicos a saber, mas hoje sabem-nos milhões de homens em todo o mundo, embora a escuridão entre alguns pareça ainda mais densa.
Porém, Maria e José convidavam todos para se abeirarem do Menino, que por amor dos homens veio ao mundo para os salvar – Nasceu-nos um Salvador, não pode haver lugar para tristezas e o cristão deve ser um arauto da alegria, pois sabe que não está só, tem sempre Deus consigo, o Emanuel porque já veio e está entre nós.
Natal é também um convite para que Jesus nasça no presépio do nosso coração, entre no estábulo interior da nossa noite escura, a ilumine com o seu amor divino e nos guie pelas veredas da vida rumo à felicidade eterna para a qual fomos criados.
Maria Susana Mexia |
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