Os antigos pagãos, homens civilizados para a época em que viveram, inventaram ídolos que adoravam de diversas formas. Muitos homens civilizados dos nossos dias – os novos pagãos – erguem ídolos mais bem construídos e mais refinados: parece que explode nos nossos dias uma verdadeira adoração e idolatria por tudo aquilo que se apresenta sob a aparência de “progresso” ou que proporciona mais bem-estar material, mais prazer, mais conforto. Nunca foram tão actuais as palavras de S. Paulo aos Filipenses: O deus deles é o ventre, e a sua glória a própria vergonha, pois põem o coração nas coisas terrenas. É a idolatria moderna, a que se vêem tentados também muitos cristãos, esquecendo o imenso tesouro da sua fé, a riqueza do amor de Deus.
Ao não colocar Deus em primeiro lugar o homem passa a amar desordenadamente as coisas, fabrica os seus próprios deuses e pode até chegar a colocar-se no Seu lugar, considerando-se como fonte do bem e do mal, caindo assim na cilada que o demónio estendeu aos nossos primeiros pais, Adão e Eva: Sereis como deuses, se não obedecerdes aos preceitos de Deus. E bem sabemos como a tentação é real e violenta.
Alguém disse que o caminho do Inferno já é também um inferno, pois deixar de amar a Deus e substitui-Lo pelo pecado, pelo esquecimento ou mesmo ignorância é entrar numa espiral de desnorte, de ingratidão e de solidão existencial que conduz à perdição total e ao desespero de felicidade eterna.
Deixamos de amar a Deus quando não Lhe prestamos o culto devido, quando não rezamos, quando nos detemos em dúvidas voluntárias contra a fé, quando damos crédito a superstições ou doutrinas – ainda que se apresentem como científicas- que se opõem à fé, quando nos expomos a leituras, programas ou outras influências danosos para a moral cristã e para a dignidade da vida criada por Deus à Sua imagem e semelhança. E também quando permitimos que ou outros o façam, quer sejam da nossa família, amigos, colegas ou simples cidadãos que connosco fazem parte da mesma sociedade.
Amar a deus é o negócio mais importante da nossa vida, do mundo e de toda a economia humana e amamo-Lo sempre que oramos, trabalhamos, cumprimos o nosso fiel dever para com todos e em qualquer circunstância. “ Quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” diz-nos simplesmente S Paulo na sua Epístola aos Coríntios.
Ontem como hoje, há dois mil anos ou em pleno século XXI, em qualquer parte do mundo, a história da humanidade repete-se com a mesma pertinência e exige de nós um apelo e uma resposta positiva à premência da nossa salvação. Não adianta lamentar, nem desculpar, nem ignorar, urge que a todo o momento e em qualquer latitude se reze a Deus Pai, a Deus Filho e a deus Espírito Santo, para que a Santíssima Trindade reine no mundo, afaste de todos o pecado, nos proteja e abençoe em todos os caminhos da nossa vida e nos conduza à salvação.
Não nos deixeis cair em tentação e livrai-nos de todo o mal, do maligno que sempre está atento e nos espreita à espera duma nesga de distração e nos afastar do amor do Pai do Céu.
Maria d´Oliveira
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