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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Papa na Audiência: “A nossa esperança é por sermos filhos amados de Deus”

Muitos procuram dar nas vistas, só para preencher um vazio interior

(ZENIT – Cidade do Vaticano, 14 Jun. 2017).- O tempo de primavera adornou uma Praça de São Pedro repleta de peregrinos que nesta manhã receberam com entusiasmo o Papa Francisco que chegou a bordo da Jeep branca. Durante os 20 minutos em que percorreu a praça, o Papa saudou os fiéis que gritavam e o aplaudiam, e as crianças foram as absolutas protagonistas do percurso de Francisco a bordo do papamóvel. Os pequenos são levados até o papa e recebem uma bênção especial.
Quanto ao tema da catequese feita na Audiência geral, o Santo Padre continuou hoje a série de catequeses sobre a esperança cristã. E em seu resumo em português o Papa indicou que “a nossa esperança assenta na certeza de sermos filhos de Deus, amados, desejados por Deus”. E “se quisermos mudar o coração duma pessoa triste, é preciso, antes de mais nada, fazer-lhe sentir que é desejada, que é importante”.
“Porque “grande parte da angústia do homem de hoje nasce disto: de pensar que, se não formos fortes, atraentes e belos, ninguém porá os olhos em nós, ninguém quererá saber de nós. Muitos procuram dar nas vistas, só para preencher um vazio interior: como se fôssemos pessoas eternamente carecidas de confirmação do que somos e valemos”.
“Imaginem um mundo –indicou o Papa– onde todos procuram chamar a atenção para si mesmos, e ninguém está disposto a querer bem gratuitamente aos outros! Parece um mundo humano, mas na realidade é um inferno”.
“Nada mais poderá fazer-nos felizes, senão a experiência do amor dado e recebido. A vida do ser humano consiste numa troca de olhares: alguém, fixando-nos nos olhos, arranca-nos o primeiro sorriso; por nossa vez, sorrindo gratuitamente a quem está fechado na tristeza, abrimos-lhe uma porta de saída”, disse.
“Vemos acontecer isto no filho pródigo da parábola, «Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço…». Somos filhos amados de Deus. E não nos ama, por ver em nós alguma razão para isso; ama-nos porque Ele mesmo é amor, e o amor, por sua natureza, tende a difundir-se, a dar-se”.
“Deus nem sequer –assegurou o Pontífice– faz depender o seu amor da nossa conversão: antes, esta é consequência do seu amor. Deus ama-nos mesmo quando somos pecadores. Ao criar-nos, imprimiu em nós uma beleza primordial que nenhum pecado, nenhuma opção errada poderá jamais cancelar de todo. Aos olhos do Pai do céu, seremos sempre pequenas fontes de água boa que jorram para a vida eterna”.
Antes de concluir o ressumo da catequeses enviou saudação aos peregrinos de língua portuguesa, “especialmente a quantos vieram do Brasil, convidando todos a permanecer fiéis ao amor de Deus que encontramos em Cristo Jesus”.
“Ele desafia-nos a sair do nosso mundo limitado e estreito para o Reino de Deus e a verdadeira liberdade”, assegurou. E concluiu desejando que “o Espírito Santo vos ilumine para poderdes levar a Bênção de Deus a todos os homens. A Virgem Mãe vele sobre o vosso caminho e vos proteja”.
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