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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Fraternidade, almoços com 1300 pessoas e uma carta

Foto: Lusa/EPA

O Papa Leão apelou a gestos concretos de fraternidade, por parte dos católicos, para superar as guerras e os discursos de “ódio” que marcam a sociedade. O apelo foi deixado durante a audiência de quarta feira, dia em que o Vaticano anunciou o almoço do Papa com 1300 pessoas em situação de fragilidade e pobreza.

Leão XIV vai dar continuidade aos almoços com pessoas em situação de fragilidade no Dia Mundial dos Pobres, iniciados pelo Papa Francisco que instituí este dia, na Igreja Católica em 2016; este almoço do Papa com 1300 pessoas, é organizado pelo Dicastério para o Serviço da Caridade (Santa Sé), na Sala Paulo VI, do Vaticano.

No final do almoço, cada participante vai receber uma mochila com bens de primeira necessidade, um presente com o apoio dos Padres Vicentinos por ocasião do 400.º aniversário da fundação da Congregação da Missão.

Os Dicastérios para o Serviço da Caridade e para a Evangelização, da Santa Sé, estão a realizar várias iniciativas de solidariedade locais, nacionais, e internacionais, no âmbito do Dia Mundial dos Pobres 2025, que se celebra este domingo, e foi anunciado que perante a “crescente procura por cuidados médicos” vai ser inaugurado um novo ambulatório, o ‘San Martino’, em colaboração com a Direção de Saúde e Higiene do Governatorato da Cidade do Vaticano.

O ambulatório ‘San Martino’ vai ter duas novas salas de consulta, “com instrumentos de última geração” e um novo serviço de radiologia, o aparelho radiológico de raios X vai permitir diagnosticar “de forma rápida e precisa” fraturas ósseas, doenças degenerativas, tumores, pneumonias, cálculos e obstruções intestinais, “todas condições frequentemente negligenciadas em quem vive na pobreza”.

Às mãos do Papa Leão chegou uma carta da Conferência Episcopal dos EUA onde assume a preocupação com a situação dos migrantes e a liberdade de culto, no país.

A carta denuncia uma “cultura de medo” que atinge os “irmãos e irmãs migrantes”, levando muitos a hesitar em “sair de casa e até ir à igreja, com receio de serem aleatoriamente assediados ou detidos”.

“Apoiamos fronteiras seguras e ordenadas e ações de aplicação da lei em resposta a atividades criminosas perigosas, mas não podemos permanecer em silêncio neste momento desafiante, enquanto o direito à liberdade religiosa e o direito ao devido processo legal são prejudicados”, indicam os bispos católicos dos EUA, sublinhando que vão continuar a “apoiar os migrantes e a defender o direito de todos a praticar a sua religião sem intimidação”.

Por cá a diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) apresentou o ‘Fórum Migrações’, um encontro convocado pela Conferência Episcopal, agendado para sábado, dia 15, em Fátima, que pretende conhecer o trabalho que a Igreja desenvolve em cada realidade e estabelecer pontes entre os setores que a compõem.

O encontro vai ter também como convidados Rui Marques, antigo alto-comissário para a Imigração, e Pedro Góis, diretor do Observatório das Migrações, que vão ajudar a debater o tema através das experiências que têm, não só das políticas públicas mas também nas relações institucionais.

Deixo-lhe ainda a sugestão de procurar o podcast «Alarga a tua tenda» para escutar a última conversa emitida no programa Ecclesia na Antena 1, esta noite. Somos conduzidos pelo processo criativo de pensar a cenografia para um espetáculo e através do percurso de Luís Santos, percebemos com a relação com Deus, e os seus dons, estabelecem pontes, desafiam e instigam relações, artísticas e espirituais.

O portal de informação agencia.ecclesia.pt espera por si, por visitas e comentários!

Desejo-lhe um excelente dia!

Lígia Silveira

 

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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