Bom dia! Passada esta
quinta-feira, Dia Santo, Solenidade do Corpo de Deus, a interrogação sobre a
centralidade da Eucaristia no ambiente religioso e social talvez esteja mais
presente. Este ano, não saíram às ruas de muitas cidades longas procissões,
tapetes com flores ao longo de quilómetros não foram construídos, o trânsito
não parou para “ver” passar o Corpo de Deus. As celebrações
aconteceram no interior das igrejas e a presença de Jesus Cristo na cidade
continua a ser uma certeza. Desta vez, como mostram as notícias
publicadas na Agência ECCLESIA sobre este dia, de forma ainda mais
expressiva: são sinal dessa presença a ajuda, a presença junto de quem sofre
e o cuidado que tempos de pandemia exigem. A certeza de uma
crise económica e social fez com que a Cáritas tenha lançado uma estratégia
nacional para “inverter a curva da pobreza” no país. “Melhorar a vida das
pessoas tem de ser o primeiro objetivo de tudo o que fazemos. É urgente
corrigir desigualdades e haver um compromisso global para inverter todas as
situações de pobreza”, é o propósito desta campanha. Neste dia 12 de junho
vai acontecer uma peregrinação a Fátima já perto do normal e vai chegar uma
noite de santos populares bem diferente do que é tradição. Em Fátima, D. Américo
Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, preside à Peregrinação Internacional
Aniversária de 12 e 13 de junho, a primeira com a presença de peregrinos no
contexto da pandemia covid-19, que celebra os 100 anos da imagem de
Nossa Senhora de Fátima. Em Lisboa, a festa
que antecede as celebrações de Santo António vai ser mais reservada, sem
diminuir a evocação da santidade de António, de Lisboa, Pádua e de todo o
mundo. Memória histórica que
interessa dignificar e não vandalizar. Porque desconfinar não significa
romper com o passado nem interpretá-lo a partir da atualidade e exige
respeito por todos os “Antónios”, o de Lisboa e o Vieira, os “Jorges”, “Marias”,
“Anas”... Todas as mulheres e todos os homens, do passado, do presente e do
futuro! Desejo-lhe uma ótima
jornada! Paulo Rocha |
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