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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Cidades sem procissões

Bom dia!

Passada esta quinta-feira, Dia Santo, Solenidade do Corpo de Deus, a interrogação sobre a centralidade da Eucaristia no ambiente religioso e social talvez esteja mais presente. Este ano, não saíram às ruas de muitas cidades longas procissões, tapetes com flores ao longo de quilómetros não foram construídos, o trânsito não parou para “ver” passar o Corpo de Deus. 

As celebrações aconteceram no interior das igrejas e a presença de Jesus Cristo na cidade continua a ser uma certeza. Desta vez, como mostram as notícias publicadas na Agência ECCLESIA sobre este dia, de forma ainda mais expressiva: são sinal dessa presença a ajuda, a presença junto de quem sofre e o cuidado que tempos de pandemia exigem.

A certeza de uma crise económica e social fez com que a Cáritas tenha lançado uma estratégia nacional para “inverter a curva da pobreza” no país. 

“Melhorar a vida das pessoas tem de ser o primeiro objetivo de tudo o que fazemos. É urgente corrigir desigualdades e haver um compromisso global para inverter todas as situações de pobreza”, é o propósito desta campanha.

Neste dia 12 de junho vai acontecer uma peregrinação a Fátima já perto do normal e vai chegar uma noite de santos populares bem diferente do que é tradição. 

Em Fátima, D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, preside à Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de junho, a primeira com a presença de peregrinos no contexto da pandemia covid-19, que celebra os 100 anos da imagem de Nossa Senhora de Fátima.

Em Lisboa, a festa que antecede as celebrações de Santo António vai ser mais reservada, sem diminuir a evocação da santidade de António, de Lisboa, Pádua e de todo o mundo.

Memória histórica que interessa dignificar e não vandalizar. Porque desconfinar não significa romper com o passado nem interpretá-lo a partir da atualidade e exige respeito por todos os “Antónios”, o de Lisboa e o Vieira, os “Jorges”, “Marias”, “Anas”... Todas as mulheres e todos os homens, do passado, do presente e do futuro!

Desejo-lhe uma ótima jornada!

Paulo Rocha

 

 


www.agencia.ecclesia.pt

      





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