Seria
eu capaz de afirmar esta dignidade perante um recluso? Perdoar e reintegrar
são dois verbos que, segundo o Papa, não podem ser dissociados quando ao
mundo prisional diz respeito. Isso mesmo Francisco voltou a afirmar agora
num estabelecimento prisional com capacidade para 850 mulheres mas que acolhe
1400.
“Toda
a condenação sem futuro não é uma condenação humana, é tortura”, afirmou
durante o encontro na tarde de ontem em Santiago numa visita em que tratou as
reclusas como irmãs.
Gestos
de proximidade e compaixão marcaram ainda o encontro de Francisco com as
autoridades políticas, civis e membros do corpo diplomático do país onde
afirmou “vergonha” pelo
“dano irreparável” causado a crianças, referindo-se aos casos de abusos
sexuais cometidos por membros do clero do Chile.
No
segundo dia de visita do Papa ao Chile cerca de 400 mil pessoas celebraram a
eucaristia com Francisco que pediu a consolidação democrática e a justiça
social para o país.
A
viagem de Francisco ao Chile e ao Peru decorre até domingo.
Hoje um dos pontos altos será o encontro com o povo mapuche, em Araucanía,
uma terra historicamente reivindicada por este povo indígena. Mas o
entusiasmo do povo chileno no acolhimento ao Papa vai ainda poder sentir-se
quando for celebrada uma missa no aeroporto de Maquehue. De regresso a
Santiago, Francisco vai encontrar-se com os jovens no Santuário de Maipu
antes de visitar a Pontifícia Universidade Católica do Chile, às 19h00.
O
acompanhamento da 22ª viagem internacional de Francisco tem sido intenso mas
há mais a acompanhar no portal da Agência Ecclesia (agencia.ecclesia.pt)
Encontramo-nos lá?
Até
já!
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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
«Aqui não há a reclusa número tal, há a senhora ou a menina tal»
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