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Um dia depois de o
Papa Leão XIV ter terminado a sua primeira viagem apostólica à Turquia e ao
Líbano, vale a pena recuperar algumas das suas palavras para o território e
para o mundo: “O Médio Oriente necessita de novas abordagens para rejeitar a
mentalidade de vingança e violência, para superar as divisões políticas,
sociais e religiosas e para abrir novos capítulos em nome da reconciliação e
da paz”. “Peço mais uma vez à comunidade internacional que não poupe esforços
na promoção de processos de diálogo e reconciliação, e faço um apelo sincero
àqueles que detêm autoridade política e social aqui e em todos os países
marcados pela guerra e pela violência. Ouçam o clamor dos vossos povos que
pedem a paz. Coloquemo-nos todos ao serviço da vida, do bem comum e do
desenvolvimento integral das pessoas”. “Sei que na Europa muitas vezes existem medos, mas na maioria
das vezes eles são gerados por pessoas contra a imigração e que tentam manter
afastadas as pessoas que podem vir de outro país, de outra religião, de outra
raça. Nesse sentido, gostaria de dizer que todos nós precisamos de trabalhar
juntos”. “Uma das coisas positivas desta viagem é ter chamado a atenção
do mundo para a possibilidade de diálogo
e amizade entre muçulmanos e cristãos. Penso que uma das grandes lições que o
Líbano pode ensinar ao mundo é precisamente mostrar uma terra onde o Islão e
o Cristianismo estão ambos presentes e se respeitam, e onde é possível viver
juntos e ser amigos”, indicou o pontífice. “É evidente que, por um lado, o presidente dos Estados Unidos
[Donald Trump] pensa que pode promover um plano de paz que gostaria de fazer
e que, pelo menos num primeiro momento, não inclui a Europa. No entanto, a
presença da Europa é importante e essa primeira proposta foi alterada”,
referiu na conferência de imprensa durante o voo de regresso a Roma, após a
visita ao Líbano e Turquia. “A Santa Sé não tem uma participação direta porque não somos
membros da NATO e dos encontros de diálogo, até agora. Embora muitas vezes
tenhamos pedido o cessar-fogo, o diálogo e não a guerra”. “Quanto mais conseguirmos promover a unidade
e a compreensão autênticas, o respeito e as relações humanas de amizade e
diálogo no mundo, maior será a possibilidade de deixarmos de lado as armas da
guerra, de deixarmos de lado a desconfiança, o ódio, a animosidade que tantas
vezes se desenvolveram e que encontraremos a maneira de nos unirmos e
promovermos a paz e a justiça autênticas em todo o mundo”. Uma palavra final
nestas linhas para lembrar
Ana Jorge, antiga diretora da Faculdade de Teologia da Universidade
Católica Portuguesa, falecida esta terça-feira. Em
agencia.ecclesia.pt encontra mais informações para ler, ver e ouvir. Desejo-lhe um
excelente dia! |
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