O Dia de Todos os Santos é comemorado anualmente no dia 1 de Novembro e venera todos os santos conhecidos e desconhecidos, mártires e cristãos heróicos celebrados ao longo do ano. Neste dia é também celebrado (por antecipação) o Dia dos Fiéis Defuntos, que se celebra a 2 de Novembro.
A origem do dia remonta ao século II, quando os cristãos começaram a honrar os que tinham sido perseguidos e martirizados por causa da sua fé. Foi o Papa Gregório III que, no século VIII, dedicou uma capela em Roma a Todos os Santos e ordenou que a data fosse celebrada a 1 de Novembro.
Sendo um dia dedicado a homenagear todos os que já partiram, as famílias portuguesas enfeitam as campas dos seus familiares nos cemitérios e visitam-nos para deixar ramos e velas nas campas e participam em missas celebradas por essas intenções, recordando-os.
Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, ressalta o chamamento de Cristo a cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de Deus, a imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar em amor. Isto não só faz ver que existem santos vivos (não apenas os do passado) e que cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma que os canonizados igualmente veem Deus face a face, têm plena felicidade e intercedem por nós. O Papa João Paulo II foi um grande impulsionador da "vocação universal à santidade", tema renovado com grande ênfase no Concílio do Vaticano II.
“Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito (Mt 5, 48). Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá, a fim de que [...] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo. Assim crescerá em frutos abundantes a santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na história da Igreja, com a vida de tantos santos”. (2013-Catecismo da Igreja Católica).
“A comunhão com os santos. Não é só por causa do seu exemplo que veneramos a memória dos bem-aventurados, mas ainda mais para que a união de toda a Igreja no Espírito aumente com o exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão cristã entre os cristãos ainda peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim também a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de Deus”.(957-Catecismo da Igreja Católica).
Suzana Maria de Jesus
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