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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Halloween será apenas uma prática cultural inofensiva?

Nos últimos anos temos vindo a assistir a uma “nova festa” começando a fazer furor entre os adolescentes e alguns adultos, que parecendo ter esquecido as nossas próprias e ricas tradições passaram a adoptar uma oca abóbora iluminada, disfarçados com máscaras horrorosas e patéticas, simulando bruxas, fantasmas e coisas no género. É o Hallowe'em (do All hallow's eve) com todo o seu furor diabólico, assumido por criaturas ingenuamente convencidas que estão a ter graça, a divertirem-se e a brincar de forma moderna e descontraída.

Erro crasso, com consequências inevitáveis. Para além de ser uma oportunidade comercial para vender e fazer negócio explorando os mais incautos que caiem nestas armadilhas duma pseudo cultura completamente alheia às nossas tradições, o Halloween é também uma forma de introduzir o terror, pelo menos no imaginário das crianças e dos jovens, o que não será de todo muito salutar para o seu equilíbrio psicológico e moral, pois deixa sempre uma referência e a marca do mal, do maligno e do terror.

Hollywood tem contribuindo muito na difusão do Halloween com uma série de filmes nos quais a violência gráfica e os assassinatos criam no espectador um estado mórbido de angústia e ansiedade. Estes filmes são vistos por adultos e crianças, criando nestes últimos, estados de medo, ansiedade, insegurança ou pânico, em consequência duma distorcida imagem da realidade.

Estes costumes de ascendência celta e pagã, proliferaram nos Estados Unidos da América oriundos da Grã-Bretanha, mas na realidade não têm nada de positivo e muito menos de cristão. Antes pelo contrário, pretendem alguns sobrepô-los aos nossos hábitos tradicionais de festejar o Dia de Todos os Santos ao qual se segue o dia dos Fiéis Defuntos, nos quais todos passamos pelos Cemitérios e neles vamos deixando flores e orações pelos que já partiram.

Não será o Halloween uma nova outra forma de “relativismo religioso”, que de mansinho e com guloseimas nos convida a participar em travessuras ao estilo diabólico e com o qual nós vamos permitindo que a nossa Fé e as nossas crenças cristãs sejam minadas, debilitadas e profanadas?

Face a todas estas questões e tendo bem presente os elementos a que recorrem hoje para festejar o Halloween, vale a pena fazer uma pausa e refletir: não será mais adequado mantermos a coerência com as nossas tradições em vez de imitarmos os outros nestas fantasias que de bom e positivo nada nos trazem?

Não é prudente embarcar de ânimo leve em situações e circunstâncias pouco credíveis, aparentemente e não só, bizarras, maléficas e terríficas, pois, referências a monstros, diabos, vampiros, bruxas, duendes, espíritos, almas de outro mundo, caveiras e objectos satânicos, nunca foi e nunca será aconselhável. Há que ser prudente e se os jovens e as crianças o não são, pois a idade e a experiência a isso os não obriga, cabe aos pais, avós, educadores e adultos em geral, discernir porque nem tudo o que nos dizem que é de moda nos pode aproveitar ou interessar e mais vale prevenir do que remediar.

José M. Esteves 



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