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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Argentina: 'Um minuto pela paz' com o papa Francisco

Iniciativa de oração para pedir pelo encontro dos presidentes de Israel e Palestina que rezarão com o Santo Padre no Vaticano


Roma, 03 de Junho de 2014 (Zenit.org)


'Um minuto pela paz’ é uma iniciativa da Conferência Episcopal Argentina. Tem como objectivo realizar uma oração para pedir pelo encontro que o Santo Padre terá no domingo, 8 de Junho, com os presidentes de Israel e Palestina, preparando, na oração, esta nova “oportunidade pela paz”, disse o comunicado.

No folheto em vários idiomas está escrito ‘Um minuto pela paz’ e o subtítulo, ‘com o Papa Francisco'. E afirma: 'Onde você estiver, às 13hs, abaixe a sua cabeça e reze pela paz, cada um segundo a sua própria tradição’. E conclui: ‘Construir a paz é difícil, mas viver sem a paz é um tormento’.

"Estamos convidando todos os fiéis e pessoas de bem para parar nosso trabalho diário na próxima sexta-feira, 06 de Junho, às 13hs, em cada país, no lugar onde cada um estiver, na rua, na família, na escola, no trabalho, na fábrica, no campo, no bairro, na universidade, e dedicar um minuto para rezar pela paz. Chamamos isso de ‘um minuto pela paz, como uma proposta simples, massiva, testemunhal para oferecer a oração e assumir-nos como promotores da paz”

Dessa forma queremos contribuir (indica o comunicado) com este acontecimento histórico que esperamos que faça nascer um novo caminho de encontro entre os povos da Palestina e Israel, em todo o Oriente Médio e onde há conflitos abertos que ameaçam a paz. A iniciativa será apresentada na próxima quinta-feira na sede da Conferência Episcopal Argentina em uma conferência de imprensa presidida pelo presidente, Dom José María Arancedo.

Aderem à iniciativa, a Acção Católica Argentina e a Comissão Nacional de Justiça e Paz, em comunhão com a Conferência Episcopal Argentina e o Foro Internacional da Acção Católica (FIAC), a União Mundial de Organizações Femininas Católicas e várias organizações nacionais e internacionais. (Trad.TS)

Os missionários salesianos atendem mais de 400 mil refugiados

A campanha Não olhe para trás procura arrecadar fundos e sensibilizar a realidade em que vivem os refugiados


Roma, 03 de Junho de 2014 (Zenit.org)


"Em uma noite, tivemos que sair correndo de casa porque chovia balas e uns homens armados entravam nas casas para roubá-las”. Este é o testemunho de Joseph, uma criança de 11 anos que, há alguns meses, mora no acampamento para refugiados da missão salesiana de Juba (Sudão do Sul).

A história de José é apenas uma das mais de 35 milhões de pessoas que vêem as suas vidas destruídas em todo o mundo. Delas, o 85% são mulheres e menores. Confrontos armados, perseguições ou desastres naturais, como secas, terremotos ou inundações, são algumas das razões pelas quais são forçados a deixar suas casas. E por isso, em muitos casos, seu destino são os campos de refugiados que são instalados por uma emergência e que, às vezes, permanecem durante anos.

"Há pessoas que só conhecem o campo como sua casa. Nasceram e cresceram em um campo de refugiados”, explica Ana Muñoz, porta-voz das Missões Salesianas. "A vida passa lentamente nesses lugares. Não há muito a fazer e os refugiados não podem trabalhar ou estudar", observaram os missionários salesianos que trabalham no campo de refugiados de Kakuma (Quénia).

Actualmente, os missionários salesianos atendem mais de 400 mil refugiados e deslocados em todo o mundo. "Dar a conhecer a realidade em que vivem e arrecadar fundos para continuar atendendo aqueles que abandonam os seus lares são os objectivos da campanha ‘Não olhes para trás’”, que lançam desde as Missões Salesianas.

O porta-voz da organização afirmou que "no Sudão do Sul, a missão salesiana atende mais de 500 mulheres e crianças refugiadas e na África Central ainda milhares de pessoas vivem nas nossas paróquias e centros educativos”. Por outro lado, na Turquia e Líbano os missionários salesianos atendem famílias Sírias. Assim como no Paquistão, onde mais de 2.200 meninos e meninas afegãos vão à escola graças à iniciativa dos missionários salesianos. Na Índia, mais de 22.000 pessoas que moram em campos de refugiados perto de Nova Deli são atendidas “para que possam ter acesso à educação e à saúde, lhes ajudamos na busca de emprego e realizamos actividades para os menores”, explica George Menamparampil, salesiano da Índia.

Ana Muñoz afirma que "para nós, a educação das crianças e jovens refugiados é essencial. Não só para o conhecimento e preparação para o mercado de trabalho. Também porque ajuda a estabelecer rotinas, dar a sensação de normalidade e manter viva a esperança”.

Em 1875, nasceu Missões Salesianas, quando São João Bosco enviou um grupo de dez missionários para a Patagónia Argentina. Nestes 138 anos mais de 10.000 salesianos foram enviados a países de missão. Actualmente, estão presentes em 135 países, onde desenvolvem projectos a favor da infância e da juventude mais desfavorecida. (Trad.TS)

"O Espírito Santo convida-nos à unidade"

No Estádio Olímpico, em Roma, diante de 52 mil pessoas, Salvatore Martinez encerra o 37° Encontro do RNS


Roma, 03 de Junho de 2014 (Zenit.org) Luca Marcolivio


Uma grande festa da fé em um contexto e em um clima 'desportivo'. O 37° Encontro da Renovação Carismática foi uma resposta para a exortação do Papa Francisco para uma Igreja "em saída", desde o início de seu pontificado.

O próprio Santo Padre respondeu positivamente ao presidente nacional da RNS (Rinovamento nello Spirito), Salvatore Martinez, que em Setembro passado fez o convite.

O encontro de dois dias que terminou ontem à noite marcou uma tripla novidade: primeira Convenção Nacional, em Roma, a primeira em um estádio, na presença de um Papa.

Entre música, dança, testemunhos, oração de efusão, o evento aconteceu como nos anos anteriores em Rimini, mas em um ambiente extraordinário que multiplicou a intensidade de cada momento.

Nas arquibancadas do Estádio Olímpico, quase lotado, apenas uma das arquibancadas permaneceu vazia, não faltaram ‘olas’ e bandeiras, de um lado bandeiras amarelas e do outro brancas, recordando as cores do Vaticano.

O 37º Congresso Nacional do RNS marcou algo muito maior do que um encontro entre membros de um movimento: foi um momento de abertura e amizade entre muitas pessoas que amam a Cristo, selado pela presença e o incentivo de ilustres representantes da Igreja, padre Raniero Cantalamessa, os cardeais Angelo Comastri, Rylko e Agostino Vallini, monsenhor Nunzio Galantino.

Sem esquecer a face internacional do RnS que reflectiu um olhar carismático e profético sobre a Igreja de hoje: Patti Gallagher Mansfield, Ralph Martin, Gilberto Gomes Barbosa, Michelle Moran.

"A Igreja se renova, a Igreja é Renovação, Aleluia! - disse Salvatore Martinez, na conclusão do encontro. Saímos deste encontro com uma dignidade que nunca tivemos, apenas sonhávamos, esperávamos, com a dignidade de filhos de Deus, que é dada pelo poder do Espírito Santo, que está intimamente ligado à unção do Espírito. Vimos e ouvimos, que a efusão se realizou!".

Exortando 52.000 convidados a "serem protagonistas" da "Igreja em saída" desejada pelo Papa Francisco, Martinez recordou as palavras dirigidas ao Papa na tarde de domingo: "Alegra-te, Santo Padre, nós queremos fazer da unidade um sinal da nossa credibilidade eclesial!".

Uma unidade que não é sinónimo de homogeneidade, explicou o presidente nacional do RNS, usando a metáfora culinária do "shake" e da "salada de frutas", sendo que no segundo caso, ao contrário do primeiro, os ingredientes, mesmo quando misturados, mantém intacto todo o seu sabor.

Martinez também recordou a solicitação do Papa de que as "organizações" e "abreviações" do RnS "não prevaleçam sobre graça" e que o sopro do Espírito efectivamente se torne uma "corrente de graça".

"A unidade - disse Martinez - é difícil. Muitas vezes, mesmo com as melhores intenções, somos como Jonas, vamos pelo caminho errado. Voltando para casa, avaliemos se estamos no caminho da unidade. Porque a divisão afasta o Espírito, atrofia o corpo, move a glória de Deus de Jesus para nós."

A partir daqui, a exortação final a seguir é "engajados no desafio da Nova Evangelização", no qual o Espírito convida a cada um dos membros da Renovação a sair da própria "casa", do "trabalho" ou “grupo".

"Temos muito trabalho a fazer! Peça ao Espírito para conduzir a Igreja, sem Ele não podemos descobrir o quão grande é o seu Mistério!", afirmou Martinez, concluindo com uma invocação ao Espírito Santo", para que Ele transforme os corações, coloque o sangue de Jesus nas veias e a paixão de Paulo nas pernas".

(Trad.:MEM)

"Através do abraço do Papa Francisco recebi fisicamente o abraço de Deus Pai"

Entrevista com Francesca Piersimoni, jovem cega da Renovação Carismática, que deu o seu testemunho de fé diante do Papa, no encontro deste domingo


Roma, 03 de Junho de 2014 (Zenit.org) Nicola Rosetti


Emoção e alegria na convocação nacional da Renovação Carismática, em Roma, durante o encontro entre o Papa Francisco e mais de 50 mil membros do movimento. Muitos participantes disseram que o Santo Padre "com suas palavras maravilhosas, sua alegria e o testemunho de vida em Jesus, ‘alargou’ nossos corações". Entre eles Piersimoni Francesca, uma jovem cega da Diocese de San Benedetto del Tronto, que participa há anos da Renovação. No domingo (01), Francesca foi convidada pelos responsáveis nacionais a dar o testemunho, na frente do Papa Francisco, de seu encontro com a luz: Cristo. Eis a entrevista:

ZENIT: O que você sonhava em fazer quando era criança?
Francesca: Quando criança, eu sonhava em ser pintora. Aos 15 anos comecei a ter problemas nos olhos e acabei perdendo a visão. No início, ajudada pelos meus pais, amigos e membros da família, este problema parecia ter sido superado, mas quanto mais o tempo passava, mais eu sentia que não estava superado. Quando os meus amigos começaram a dirigir ou a namorar, eu me perguntei: "Como eu vou fazer tudo isso?". Na minha família se falava de um Deus que é amor: então, cresceu em mim espontaneamente a pergunta: "Se Deus é amor, por que eu sofro tanto?" Dia após dia, alguém notava esta minha dor interior. Uma senhora que me ajudava a estudar conversou com um jovem sacerdote, Don Marco Farina, da nossa paróquia de Cupra Marittima e ele motivou os jovens da Renovação a me convidar. Eu respondia não para tudo.

Um dia na Igreja, logo após a Santa Missa, ele desceu do altar, ainda paramentado, e me disse: "Posso ir a sua casa amanhã?". Não poderia recusar! Um caminho cheio de surpresas de Deus, mas também de luta, porque nem sempre é fácil carregar a cruz, aceitar que não é possível decidir por si mesmo, sempre ter que esperar por alguém para te acompanhar, que lhe dê condições de fazer o que você quer. No entanto, fui capaz de realizar as mais belas experiências, graças ao apoio de amigos e familiares. Posso dizer que o Senhor se manifestou poderosamente!

ZENIT: Como você viveu o tempo de preparação para o encontro com o Papa?
Francesca: Eu não dormi a noite; foram dias árduos, entre o grupo do RNS (Renovamento no Espírito) e o trabalho. Fui contactada apenas quatro dias antes do encontro. Assim que eles me disseram, respondi: "Eu posso desmaiar agora ou devo esperar?". Porque parecia ‘absurdo’ o que estava acontecendo comigo! Eu não disse a ninguém, excepto ao meu director espiritual, porque, se, em seguida, mudassem de ideia, somente eu ficaria chateada. Eu dormia cansada e de manhã eu me levantava muito cedo. Na noite antes do encontro eu só dormi 2 horas. Eu não parava de dizer: "Senhor, por que eu disse sim?" O momento do encontro foi uma experiência maravilhosa.

ZENIT: O que você disse para o Papa?
Francesca: Eu tentei lhe dizer muito brevemente como foi a minha experiência com Deus.

ZENIT: O que você sentiu quando ele te abraçou?
Francesca: Indescritível! Eu experimentei momentos intensos de oração em que eu senti Deus muito próximo. Mas quando ele me abraçou, eu senti o abraço de Deus Pai. O Papa exortou-me no caminho da fé.

ZENIT: O que permanece dessa experiência?
Francesca: Uma grande alegria e uma grande serenidade, e como um amigo querido me disse: "agora, já sentiu de tudo!" Mais do que isso eu não poderia desejar.

(Trad.:MEM)

A libertação dos missionários sequestrados em Camarões é uma graça de Deus

O cardeal Filoni informa que os dois sacerdotes e a religiosa estão bem


Roma, 03 de Junho de 2014 (Zenit.org)


“Damos graças a Deus por este momento de alegria para a Igreja de Camarões e para as Igrejas natais dos dois sacerdotes e da religiosa recém-libertados”, disse o cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, ao receber a notícia da libertação dos padres italianos Giampaolo Marta e Gianantonio Achegri e da religiosa canadense Gilberte Bussier, que tinham sido sequestrados no país africano. Os reféns foram soltos na noite de 31 de Maio.

Segundo a agência Fides, o cardeal se reuniu com eles em Yaoundé, cidade por onde passou durante a sua visita pastoral a Camarões e à Guiné Equatorial.

“Eles estavam emocionados, felizes e em bom estado físico e psicológico. Sem dúvida, o fato de terem sido mantidos sempre juntos ajudou para que eles se apoiassem mutuamente”, afirmou o purpurado.

“Foi um momento muito esperado, mas, ao mesmo tempo, inesperado. Não tínhamos a mínima indicação de uma possível libertação nesses dias, apesar de estarmos trabalhando para isso. Foi uma agradável surpresa, uma graça. Eles mesmos me disseram: ‘podíamos sentir que a oração da Igreja estava connosco e confiávamos na libertação’”.

Quanto à identidade dos sequestradores, o cardeal Filoni comenta que “a investigação está em mãos das autoridades civis, que mantêm por enquanto uma reserva compreensível. Para nós, do ponto de vista eclesial, essa informação só interessa relativamente”.

Os dois sacerdotes e a religiosa tinham sido sequestrados em 4 de Abril na diocese de Maroua-Mokolo, na região norte de Camarões.

Director do Jesuit Refugee Service é sequestrado no Afeganistão

O sacerdote jesuíta Alexis Prem Kumar foi raptado em uma escola para os refugiados de Zinda Jan


Roma, 03 de Junho de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


O director da secção afegã do Jesuit Refugee Service (JRS) foi sequestrado nesta segunda-feira, 2 de Junho, por homens armados ainda não identificados. As informações são da agência Asia News, que acrescenta que o sacerdote jesuíta Alexis Prem Kumar foi raptado em uma escola, na qual estava avaliando o sistema educativo oferecido aos refugiados de Zinda Jan.

O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da Índia, Syed Akbaruddin, confirmou a notícia através do Twitter: "Foi sequestrado um cidadão indiano que trabalha com uma ONG na província de Herat, no Afeganistão. Estamos em contacto com as autoridades locais".

"O consulado da Índia e o governo do Afeganistão estão em contacto para esclarecer o sequestro", confirmou o padre Jeyapathy, SJ, reitor do Loyola Cochege em Tamil Nadu, na Índia. Nenhum grupo reivindicou o sequestro até o momento, informa a Asia News.

O padre Alexis, 47 anos, pertence à província jesuíta de Madurai, em Tamil Nadu, e trabalha no Jesuit Refugee Service há mais de dez anos. O sacerdote entrou na Companhia de Jesus em 1998. Antes de ir para o Afeganistão, quatro anos atrás, ele já tinha trabalhado durante seis anos com refugiados do Sri Lanka.

Mencionando o comentário de uma fonte sigilosa em Cabul, a AsiaNews observa que os jornais locais noticiaram o sequestro sem esclarecer que se tratava de um sacerdote. A vítima é referida apenas como “um funcionário de uma ONG”. 

O papa se comove com as histórias dos jovens condenados à prisão perpétua nos Estados Unidos

O Santo Padre envia uma carta em resposta a 500 testemunhos de prisioneiros norte-americanos


Roma, 03 de Junho de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García


Francisco recebeu 500 cartas de jovens presos e condenados à prisão perpétua nos Estados Unidos e enviou uma resposta em que garante que se “comoveu profundamente” com as suas histórias e com o pedido de revisão das suas sentenças à luz da justiça, a fim de terem a possibilidade de mudança de vida e de reabilitação.

Em uma carta dirigida ao pe. Michael Kennedy, S.J., director da Jesuit Restorative Justice Initiative, Francisco pede que o sacerdote diga aos jovens que nosso Senhor conhece e ama cada um deles e que o papa reza por eles com afecto. Francisco também pede que os jovens rezem por ele, pelas necessidades do povo de Deus em todo o mundo e pela difusão da mensagem evangélica da misericórdia, do perdão e da reconciliação em Cristo.

O pe. Kennedy explica que a Califórnia, nos últimos anos, vem tentando mudar a situação dos jovens que cometeram seus delitos quando tinham de 14 a 17 anos de idade. Dois anos atrás, o Estado aprovou a lei SB9, que dá aos jovens condenados algumas oportunidades de contacto com a família. Desde então, a Califórnia é um dos Estados líderes na aprovação de leis para ajudar os jovens que foram condenados à prisão perpétua. Os Estados Unidos são o único país que aplica aos jovens a pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

O líder da campanha nacional para mudar essa legislação, Jody Kent, juntou 500 cartas dos jovens presos que receberam esta sentença. As cartas foram enviadas ao papa Francisco "porque eles acreditam que este líder mundial pode advogar por eles".

O papa respondeu às cartas "dando esperança aos que hoje não têm esperança. A carta do papa é forte e clara", diz o pe. Kennedy, S.J., que prossegue, falando do Santo Padre: "Ele acha que os nossos jovens merecem uma segunda chance. Cada preso que escreveu uma carta vai receber uma cópia da carta do papa".

Em seu artigo, o padre Michael observa que o cérebro do jovem, em geral, não está em seu estágio adulto de desenvolvimento quando eles cometem os crimes que os levam para a cadeia. "Eles têm que ser julgados em tribunais para menores e não nos tribunais de adultos. Acho bem claro que o papa Francisco entende isso e fez dessa questão, da juventude presa, uma preocupação pessoal".

O jesuíta se mostra muito agradecido com o compromisso do Santo Padre. "A liderança dele deveria influenciar os nossos líderes políticos a fazer as mudanças necessárias para que os jovens sejam tratados de maneira diferente dos adultos. A carta do papa afirma que nós temos que dar aos jovens que cometeram crimes uma segunda oportunidade".

Seminário Final do Projecto PRIO Norte Centro e Alentejo | 26 de Junho| Santarém

A EAPN Portugal/ Rede Europeia Anti-Pobreza vem, por este meio, convidar Vª Exª a participar no Seminário Final do Projecto PRIO “Promover Redes, Inovação e Oportunidades”, Norte, Centro e Alentejo, a ter lugar dia 26 de Junho de 2014, pelas 09:30, na Escola Superior de Saúde de Santarém, Quinta do Mergulhão Srª da Guia, 2005-075 Santarém.

O principal objectivo deste Seminário é promover a partilha de experiências das entidades participantes, bem como reflectir e debater sobre temáticas fundamentais à qualificação e sustentabilidade das organizações sem fins lucrativos.

A importância da sustentabilidade social e financeira são questões que preocupam as Organizações do Terceiro Sector. Nessa medida, é necessário reflectir estrategicamente e, em conjunto, as dimensões da liderança e gestão de pessoas; do trabalho em rede e das parcerias; das estratégias e desafios na captação de recursos; tendo sempre presente que o maior desafio é fazer gerar novos modos de pensar num tempo em que aparentemente “está tudo inventado”.

Abaixo apresentamos o programa do Seminário com ficha de inscrição, gratuita mas obrigatória, até dia 25 de Junho para Graça Costa (graca.costa@eapn.pt) ou fax nº 225 403 250.

Contamos com a sua presença e contributo para a reflexão sobre a sustentabilidade das entidades sociais em Portugal.

Participe e divulgue!


Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja - Próximas actividades


Seminário: Os Mestres do Rei
 
6 de Junho 2014, 9h30, Palácio Nacional de Mafra
Iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Mafra, Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património, Instituto de História da Arte (FLUC), Palácio Nacional de Mafra e Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja.

Conferências: António Filipe Pimentel, José Manuel Tedim, Aline Hall de Beuvink, Fernanda Maria Campos, Mónica Queiroz, Nuno Saldanha, Sandra Costa Saldanha, Miguel Faria, Alexandra Gago da Câmara, Cristina Fernandes.
 
ENTRADA LIVRE (mediante inscrição prévia)
Programa e inscrições

Portugal: Caminhos da Fé
 
6 de Junho 2014, 18h30, Palácio Nacional de Mafra
2ª sessão de apresentação da parceria entre o Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja e o Turismo de Portugal, no âmbito do Turismo Cultural e Religioso, integra os roteiros Caminhos Marianos e Caminhos de Santiago e, ainda, o Guia de Boas Práticas de Interpretação do Património Religioso.

Intervenções:
Teresa Ferreira, Sandra Costa Saldanha, Paulo Almeida Fernandes, Marco Daniel Duarte, Maria de Lurdes Craveiro, Miguel Pinto Luz.

ENTRADA LIVRE
Mais informações 



Festa em honra de Nossa Senhora do Viso



Ordenação do Diácono Luís Miguel da Costa Taborda Fernandes


O novel sacerdote Luís Miguel da Costa Taborda Fernandes, celebrará missa pela primeira vez na Igreja Matriz de Grândola, no dia 13 de Julho de 2014, pelas 11:30 horas.



terça-feira, 3 de junho de 2014

Gagarin, no espaço, nunca disse: «Não vejo Deus aqui»… Falou da sua fé com o coronel Petrov







Cáritas Portuguesa | Editorial Cáritas

Agenda
Editorial Cáritas na Feira do Livro de Lisboa
No âmbito da parceria com o Fórum Abel Varzim a Editorial Cártias apresenta o livro Procissão dos Passos, de Abel Varzim.
4 de Junho | 18:00 | Praça Amarela
Em colaboração com as Cáritas Diocesanas de Vila Real e de Portalegre-Castelo Branco a Editorial Cáritas vai apresentar os livros Gerontologia e Perspectivas do Envelhecimento Activo.
10 de Junho | 17:00 | Praça Amarela





Homilia do papa na Casa Santa Marta: o casamento cristão deve ser fiel, perseverante e fecundo

Na homilia desta segunda-feira, o Santo Padre nos lembra que o amor conjugal deve imitar o amor de Jesus pela Igreja


Cidade do Vaticano, 02 de Junho de 2014 (Zenit.org)


Francisco falou das características de um autêntico matrimónio cristão durante a homilia desta manhã na Casa Santa Marta. "Fiel, perseverante e fecundo" são as características do amor que Jesus tem pela Igreja, sua Esposa: são também, portanto, as características do casamento cristão.

Quinze casais se encontravam hoje diante do altar, junto com o papa Francisco, para dar graças a Deus pela sua história. Quinze histórias matrimoniais, de família, que começaram há 25, 50 e 60 anos. Foi uma cena insólita na capela da Casa Santa Marta, que deu ao papa a oportunidade de reflectir sobre os três pilares que, na visão da fé, devem sustentar o amor conjugal: a fidelidade, a perseverança e a fecundidade.

O modelo de referência, explicou o papa, são os "três amores de Jesus": pelo Pai, pela Mãe e pela Igreja. "Grande" é o amor de Jesus por esta última, afirmou o papa Francisco. "Jesus se casou com a Igreja por amor". Ela é "sua esposa: bela, santa, pecadora, mas Ele a ama mesmo assim", acrescentou Francisco. E a sua forma de amá-la revela as "três características" desse amor.

Francisco declarou: "É um amor fiel, um amor perseverante. Ele não se cansa nunca de amar a sua Igreja. É um amor fecundo. É um amor fiel! Jesus é fiel! São Paulo, em uma das suas cartas, diz: 'Se tu confessas a Cristo, Ele dará testemunho de ti diante do Pai; se tu renegas a Cristo, Ele também te renegará; se não és fiel a Cristo, Ele permanece fiel, porque não pode renegar a si mesmo!'. A fidelidade é, precisamente, o ser do amor de Jesus. E o amor de Jesus à sua Igreja é fiel. Esta fidelidade é como uma luz para o matrimónio. A fidelidade do amor. Sempre".

Fiel sempre, mas também incansável na perseverança, precisamente como o amor de Jesus pela sua Esposa. O pontífice explicou que "a vida matrimonial deve ser perseverante, porque, do contrário, o amor não pode seguir em frente. A perseverança no amor, nos momentos bonitos e nos momentos difíceis, quando existem problemas: os problemas com os filhos, os problemas económicos, os problemas aqui, os problemas ali. Mas o amor persevera, vai em frente, procurando sempre resolver as coisas para salvar a família. Perseverantes: o homem e a mulher se levantam toda manhã e levam a família em frente".

O terceiro traço comentado pelo Santo Padre foi a "fecundidade". O amor de Jesus "torna a Igreja fecunda, com novos filhos, baptismos, e a Igreja cresce com essa fecundidade nupcial". Francisco destacou que, em um casamento, esta fecundidade pode às vezes ser colocada à prova, quando os filhos não surgem ou estão doentes. Nestas provações, há casais que "olham para Jesus e, do exemplo de Jesus e da sua Igreja, extraem a força para ser fecundos". Já do lado oposto, "há coisas que não agradam a Jesus", como os matrimónios que são estéreis por escolha do casal.

O papa terminou a homilia observando: "[É o caso] desses casamentos que não querem filhos, que querem ficar sem fecundidade, essa cultura do bem-estar que cresceu nos últimos dez anos e que nos convenceu de que ‘é melhor não ter filhos! É melhor! Assim podemos conhecer o mundo, sair de férias, ter uma casa no campo, ficar tranquilos... É melhor, talvez, é mais cômodo, ter um cachorro, dois gatos, e o amor fica para os dois gatos e para o cachorro’. É verdade ou não é? Vocês já viram esses casos? No final da vida, esse casal chega solitário à velhice, com a amargura daquele tipo ruim de solidão. Não é fecundo, não faz o que Jesus faz com a sua Igreja: Ele a faz fecunda".

Francisco: Nossa Senhora não se faz esperar. Ela é a Mãe da prontidão

O Santo Padre dedica palavras especiais a Maria para encerrar o mês de maio na Gruta de Lourdes nos Jardins Vaticanos


Cidade do Vaticano, 02 de Junho de 2014 (Zenit.org)


Neste sábado à noite, nos Jardins Vaticanos, aconteceu a tradicional procissão com a oração do terço para encerrar o mês de Maio, dedicado a Maria. A celebração mariana foi presidida pelo cardeal Angelo Comastri, vigário geral de Sua Santidade para a Cidade do Vaticano e arcipreste da Basílica de São Pedro.

Às 21h, o Santo Padre chegou à Gruta de Lourdes e, antes de dar a bênção apostólica, dirigiu estas palavras aos fiéis presentes:

“Rezamos a Nossa Senhora, cantamos muitos dos seus títulos... Hoje, no final do mês de Maria, celebramos a festa em que recordamos a visita que ela fez a Santa Isabel. O Evangelho nos diz que, depois do anúncio do anjo, ela foi depressa, não perdeu tempo, foi rápido para servir. Ela é a Mãe da prontidão, Nossa Senhora da prontidão. Ela se apronta rápido para vir em nossa ajuda quando rezamos a ela, quando pedimos a ajuda e a protecção dela em nosso favor. Em tantos momentos da vida, nos quais precisamos da sua ajuda, da sua protecção, recordamos que Maria não se faz esperar: ela é a Mãe da prontidão e vai depressa para servir”.

Libertados os missionários e a religiosa sequestrados em Camarões

Padre Lombardi: continuamos rezando e lutando para que a violência, o ódio e o conflito sejam superados


Roma, 02 de Junho de 2014 (Zenit.org) 

Os dois missionários italianos
sequestrados, os padres Martha e
Allegri

"A libertação de dois sacerdotes missionários italianos vicentinos, pe. Gianantonio Achegri e pe. Giampaolo Marta, e da religiosa canadense Gilberte Bussier, que foram sequestrados em Camarões no começo do mês de Abril, é uma notícia que nos enche de alegria. O Santo Padre, que vem acompanhando esta dramática vicissitude desde o início, foi informado imediatamente", declarou o padre Federico Lombardi, director da Sala de Imprensa Vaticana.


"Damos graças a nosso Senhor porque esta vicissitude chegou a uma conclusão positiva", prosseguiu o porta-voz do Vaticano, afirmando ainda que "continuamos rezando e lutando para que toda forma de violência, ódio e conflito nas diversas regiões da África e em outras partes do mundo possa ser superada, e renovamos a lembrança e o compromisso com as muitas outras pessoas inocentes, de diversas condições e idades, que permanecem vítimas de sequestros inaceitáveis em diversos lugares de conflito".

Durante quase dois meses, o pe. Giampaolo, o pe. Gianantonio e a irmã Gilberte foram mantidos prisioneiros em Camarões. Segundo a agência de notícias France Presse, o retorno dos reféns à liberdade foi possível após uma semana de negociações realizadas na Nigéria. Os religiosos foram levados a Yaoundé, capital de Camarões, em um voo militar.

O bispo emérito da diocese de Maroua-Mokolo, dom Philippe Albert Joseph Stevens, esteve com os reféns libertados durante alguns minutos e relatou à Rádio Vaticano que, "graças a Deus, eles estão com boa saúde, apesar de terem emagrecido bastante, e com bom estado de espírito".

O bispo fez um apelo aos sequestradores: "Queimem as armas e se abram para o amor de Deus, que pede a conversão dos seus corações, o seu amor e a paz".

Bispos espanhóis agradecem ao rei Juan Carlos I pela sua contribuição à democracia

O rei da Espanha anunciou hoje a sua abdicação ao trono em favor do filho Felipe


Roma, 02 de Junho de 2014 (Zenit.org)


O Comité Executivo da Conferência Episcopal Espanhola, em nome de todos os bispos do país, "reconhece e agradece a trajectória de sua majestade, o rei dom Juan Carlos I, a sua entrega generosa e a sua contribuição para a história recente da Espanha, em particular para a instauração e consolidação da vida democrática, com especial relevância no período da transição política" [da ditadura de Francisco Franco para o regime democrático, na segunda metade da década de 1970, ndr].

As palavras de agradecimento foram transmitidas hoje pelos bispos espanhóis ao chefe de Estado de seu país, que anunciou a abdicação ao trono em favor do filho Felipe.

Os bispos consideram que o serviço de Juan Carlos I à Espanha foi "de extraordinário valor" e afirmam ter certeza de que o mesmo serviço "terá agora continuidade na pessoa do príncipe das Astúrias, dom Felipe de Borbón y Grecia, que já demonstrou a sua qualificação e competência, como pudemos constatar nas suas diversas participações na vida pública".

Para encerrar a mensagem, os prelados espanhóis pedem que Deus "continue sustentando suas majestades, os reis, dom Juan Carlos e dona Sofia, nesta nova etapa da sua vida, e que assista a Coroa da Espanha no serviço constitucional a ela confiado".

Às 10h30 desta manhã, pelo horário espanhol, o primeiro-ministro Mariano Rajoy deu uma conferência de imprensa em que anunciou que o rei tinha lhe comunicado a decisão de abdicar. Às 13h00, a televisão e a rádio divulgaram a mensagem oficial em que dom Juan Carlos explica a todos os espanhóis os motivos da decisão. O monarca afirmou sentir "orgulho pelo muito e bom que conseguimos todos juntos ao longo desses anos". Juan Carlos se mostrou agradecido "pelo apoio que vocês me deram para fazer do meu reinado, iniciado em plena juventude e em momentos de grandes incertezas e dificuldades, um longo período de paz, liberdade, estabilidade e progresso".

Comentando os anos difíceis que a Espanha vem atravessando por causa da crise económica, o rei reconheceu que "tudo isso despertou em nós um impulso de renovação, de superação, de corrigir erros e abrir caminho para um futuro decididamente melhor". Por isso, "na construção desse futuro, uma nova geração reclama com justa causa o papel protagonista, o mesmo que correspondeu, numa conjuntura crucial da nossa história, à geração a que eu pertenço".

Dom Juan Carlos I explicou que "merece passar para a primeira fila, hoje, uma geração mais jovem, com novas energias, decidida a empreender com determinação as transformações e reformas que a conjuntura atual está demandando e a enfrentar com renovada intensidade e dedicação os desafios do amanhã".

Dom Juan Carlos de Borbón nasceu em Roma no dia 5 de Janeiro de 1938 e assumiu o trono da Espanha em 22 de Novembro de 1975, após a morte de Francisco Franco.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Associação Portuguesa de Famílias Numerosas quer instituir Dia dos Irmãos

Idealizadores pretendem celebrar ocasião em todo dia 31 de Maio


Brasília, 02 de Junho de 2014 (Zenit.org) Lilian da Paz


A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (AFNP), organismo representante da Confederação Europeia de Famílias Numerosas (Elfac), quer instituir o Dia dos Irmãos, a ser celebrado mundialmente em todo dia  31 de Maio.

Segundo Ana Cid Gonçalves, secretária geral da Associação, a criação do Dia dos Irmãos “é importante para chamar atenção aos vínculos familiares de longa duração, que comportam uma carga ímpar de afectividade, memórias, partilha, tolerância. (...) Os irmãos são a relação mais longa da vida e pensamos que não se valoriza socialmente esse vínculo”.

A ideia desta celebração também provém de Fernando Ribeiro e Castro, fundador falecido e presidente da APFN e da Elfac. Em uma oportunidade, Fernando disse: “Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão. Se queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos”.

Esta frase vem ao encontro de uma dura realidade que assola Portugal. Desde 1982, o país vem sofrendo com o baixíssimo índice de fecundidade, que está abaixo dos níveis de reposição populacional. A isto se junta a imigração de jovens em idade fértil para outros países na busca por emprego. Com a crise económica na Europa, a situação tem se agravado, gerando insustentabilidade económica e social.

A escolha para celebração do Dia dos Irmãos em maio se deve às comemorações já estabelecidas neste mês, como o Dia das Mães (1º domingo de Maio, em Portugal) e o Dia Internacional da Família (em 15 de Maio, instituído pela Organização das Nações Unidas em 1992). O dia 31 de Maio foi escolhido também por preceder o Dia Internacional da Criança, festejado sempre em 1º de Junho.

Para a instituição do Dia dos Irmãos, a Associação entrou com uma petição na Assembleia da República portuguesa e das instituições comunitárias. Aceda aqui ao link e assine a petição.

Para mais informações: www.diadosirmaos.org

APFN
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas foi criada em 22 de Abril de 1999 e é composta por casais com três ou mais filhos. Eles acreditam nos valores da família, assim como promoção e direito à vida desde o momento da concepção até à morte natural. A missão destes casais se resume em apoiar as famílias numerosas no país, promovendo acções de solidariedade para casais com grande número de filhos, desenvolvendo, desta maneira, valores culturais e sociais de promoção familiar.

Elfac
A Confederação Europeia de Famílias Numerosas foi criada em 2004, reunindo as famílias numerosas de associações europeias. Actualmente a Confederação abrange mais de 50 milhões de cidadãos europeus que pertencem a quase 9 milhões de famílias numerosas.

Os objectivos da Confederação abarcam os interesses sociais e económicos de famílias com crianças e de famílias numerosas, promovendo o ambiente familiar como o mais adequado para a educação dos filhos. Esta educação integra-os à sociedade e fornece apoio e solidariedade entre as gerações, além de desenvolver a unidade do movimento de organizações familiares grandes.

Dom José Traquina é ordenado bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa

Celebração aconteceu neste domingo, 1º de Junho, na Solenidade da Ascenção do Senhor


Brasília, 02 de Junho de 2014 (Zenit.org) Lilian da Paz


O Patriarcado de Lisboa ganhou mais um bispo auxiliar neste domingo, 1º de maio, dia da Ascenção do Senhor. Dom José Augusto Traquina de Maria, 60 anos de idade, recebeu a sagração episcopal das mãos de dom Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Agora, dom José se junta a dom Joaquim Mendes e dom Nuno Brás, também bispos auxiliares do Patriarcado.  Presidida por dom Manuel Clemente, a celebração aconteceu no Mosteiro dos Jerónimos e teve como bispos coordenantes dom António Francisco dos Santos, bispo do Porto, e dom Manuel Felício, bispo da Guarda. Na homilia, o patriarca destacou a solenidade da Ascenção do Senhor para exortar dom José:

Como discípulos de Cristo, o nosso critério é outro, e apenas este, que lhe ouviremos sempre: ‘Quem entre vós quiser fazer-se grande, seja o vosso servo’ (Mt 20, 27). E ainda: ‘O maior de entre vós será o vosso servo. Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado’ (Mt 23, 11-12). É esta a ascensão que celebramos hoje, atingido cume e fonte inesgotável daquele Reino de que a cruz foi o trono e em que os espinhos floriram em magnífica coroa.

Dom Manoel Clemente também reflectiu sobre a primeira leitura, retirada do livro dos Actos dos Apóstolos, em que Jesus promete a vinda do Paráclito:

Mudando de lugar para acrescentar significados, o Evangelho coloca os discípulos na Galileia, onde tinham começado há uns três anos, para recomeçarem agora, para toda a terra e para o tempo todo: ‘Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei’. Numa companhia garantida: ‘Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos’.

Assim particularmente contigo, caríssimo dom José Traquina, que o mesmo Espírito agregará de seguida à sucessão apostólica daqueles onze: Não saberás tu, nem saberemos nós, o que só a Deus compete, princípio e fim de tudo e de todos... Mas saberás o quê e saberás com quem. Saberás do Reino, no acontecer eclesial de cada dia, que também por ti e tão centralmente sucederá. Saberás com quem, na intimidade de Cristo que tudo garante, aprofunda e alarga.

Brasão e lema
O brasão de armas de dom José Traquina foi criado pelo cônego João Marcos, que exerce a direcção espiritual no Seminário dos Olivais, em Moscavides. O símbolo pode ser visto aqui e remete à pregação, unidade, eleição, confiança, pureza, orientação, baptismo e fecundidade espiritual.

Já o lema episcopal escolhido por dom José foi inspirado na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco, com as palavras Alegrai-vos sempre no Senhor, da Carta aos Filipenses (4, 4).

Biografia
Dom José Traquina nasceu no dia 21 de Janeiro de 1954, no concelho de Alcobaça. Na adolescência trabalhou como comercial. Sentiu o chamado para o sacerdócio e, em 1976, entrou para o seminário para obter formação académica com licenciatura em Teologia e Mestrado em Teologia Pastoral.

A ordenação sacerdotal veio em 30 de Junho de 1985, aos 31 anos de idade, em celebração presidida por dom António Ribeiro, também no Mosteiro dos Jerónimos. Foi formador do Seminário de Almada e exerceu ministério em diversas paróquias de Lisboa.

Em Outubro de 2002 foi nomeado membro do Secretariado de Acção Pastoral do Patriarcado de Lisboa e, em 8 de Dezembro de 2003, Cónego da Sé Patriarcal desta mesma cidade. Em dezembro de 2012 foi nomeado para o Conselho Presbiteral, onde foi também eleito coordenador.

A nomeação episcopal, feita Papa Francisco, aconteceu no dia 17 de Abril deste ano. O título lhe conferiu a atribuição de bispo de Lugura, uma antiga diocese do norte de África.

A comunidade cristã é uma comunidade em saída, em partida

Regina Coeli com o Papa Francisco


Roma, 02 de Junho de 2014 (Zenit.org)


No Regina Coeli deste domingo, 1º de Junho, o Papa Francisco falou da Ascensão de Jesus ao Céu, festa celebrada no domingo.

Queridos irmãos e irmãs, bom dia.

Hoje, na Itália e em outros países, celebra-se a Ascensão de Jesus ao céu, ocorrida quarenta dias após a Páscoa. O Ato dos Apóstolos conta este episódio, a separação final do Senhor Jesus dos seus discípulos e deste mundo (cfr At 1, 2.9). O Evangelho de Mateus, em vez disso, relata o mandato de Jesus aos discípulos: o convite a ir, a partir para anunciar a todos os povos a sua mensagem de salvação (cfr Mt 28, 16-20). “Ir”, ou melhor, “partir” se torna a palavra-chave da festa de hoje: Jesus parte para o Pai e ordena seus discípulos a partirem para o mundo.

Jesus parte, sobe ao Céu, isso é, retorna ao Pai do qual tinha sido mandado ao mundo. Fez o seu trabalho, então retorna ao Pai. Mas não se trata de uma separação, porque Ele permanece sempre connosco, de uma forma nova. Com a sua ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos apóstolos (e também o nosso olhar) às alturas do Céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai. Ele mesmo havia dito que iria para lá nos preparar um lugar no Céu. Todavia, Jesus permanece presente e activo nos acontecimentos da história humana com o poder e os dons do seu Espírito; está próximo a cada um de nós: mesmo se nós não O vemos com os olhos, Ele está ali! Acompanha-nos, guia-nos, toma-nos pela mão e nos levanta quando caímos. Jesus ressuscitado está próximo aos cristãos perseguidos e discriminados; está próximo a cada homem e a cada mulher que sofre. Está próximo a todos nós, também hoje está aqui connosco na praça; o Senhor está connosco! Vocês acreditam nisso? Então digamos juntos: o Senhor está connosco!

Jesus, quando retorna ao Céu, leva ao Pai um presente. Qual é o presente? As suas chagas. O seu corpo está belíssimo, sem contusões, sem as feridas da flagelação, mas conserva as chagas. Quando retorna ao Pai, mostra-lhe as chagas e lhe diz: “Veja, Pai, este é o preço do perdão que tu dás”. Quando o Pai olha para as chagas de Jesus, perdoa-nos sempre, não porque somos bons, mas porque Jesus pagou por nós. Olhando para as chagas de Jesus, o Pai se torna mais misericordioso. Este é o grande trabalho de Jesus hoje no Céu: fazer ver ao Pai o preço do perdão, as suas chagas. É uma coisa bela esta que nos impele a não ter medo de pedir perdão; o Pai sempre perdoa, porque olha as chagas de Jesus, olha o nosso pecado e o perdoa.

Mas Jesus está presente também mediante a Igreja, que Ele enviou para prolongar a sua missão. A última palavra de Jesus aos discípulos é um mandamento de partir: “Ide e fazei discípulos todos os povos” (Mt 28, 19). É um mandato preciso, não é facultativo! A comunidade cristã é uma comunidade “em saída”, “em partida”. Mais que isso: a Igreja nasceu “em saída”. E vocês me dirão: mas e as comunidades de clausura? Sim, também aquelas, porque estão sempre “em saída” com a oração, com o coração aberto ao mundo, aos horizontes de Deus. E os idosos, os doentes? Também eles, com a oração e a união às chagas de Jesus.

Aos seus discípulos missionários, Jesus diz: “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (v. 20). Sozinhos, sem Jesus, não podemos fazer nada! Na obra apostólica não bastam as nossas forças, os nossos recursos, as nossas estruturas, também são necessários. Sem a presença do Senhor e a força do seu Espírito o nosso trabalho, mesmo bem organizado, resulta ineficaz. E assim vamos dizer ao povo quem é Jesus.

E junto com Jesus acompanha-nos Maria, nossa Mãe. Ela já está na casa do Pai, é Rainha do Céu e assim a invocamos neste tempo; mas como Jesus está convosco, caminha connosco, é a Mãe da nossa esperança.

(Trad.:Canção Nova)