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sábado, 4 de novembro de 2017

Cardeal Sarah: Ideologia de género é mortal e demoníaca

O Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, Cardeal Robert Sarah, na sua intervenção no tradicional ‘National Catholic Prayer Breakfast’, em Washington (Estados Unidos), no qual se reuniram diversos líderes do país para tratar diversos temas de grande importância, afirmou que a ideologia de género é “demoníaca” e um “impulso mortal” que ataca as famílias.

O Cardeal africano reiterou ainda que defender a família é uma tarefa fundamental na sociedade actual: “Não é uma guerra ideológica. Trata-se na verdade de defender-nos a nós mesmos, os nossos filhos e as gerações futuras ante uma ideologia demoníaca (a ideologia de género), a qual afirma que as crianças não necessitam de mães nem de pais. Ela nega a natureza humana e quer expulsar Deus de gerações inteiras”.
“A ruptura das relações fundamentais na vida da pessoa – por meio da separação, do divórcio ou das imposições distorcidas da família como a convivência e as uniões do mesmo sexo – é uma ferida profunda que fecha o coração ao amor, conduz ao cinismo e à desesperança”.
Estas situações, confirmou o Cardeal, “prejudicam as crianças pequenas ao deixá-las com uma dúvida existencial profunda sobre o amor. São um escândalo e um obstáculo, que faz com que os mais vulneráveis não acreditem em tal amor, e um peso, que esmaga e que pode impedir que se abram ao poder de cura do Evangelho”.

“Por esta razão o Santo Padre, aberta e vigorosamente, defende o ensinamento da Igreja sobre a anticoncepção, o aborto, a homossexualidade, as tecnologias reprodutivas, a educação das crianças e muitos outros”, indicou o Cardeal.
Actualmente, continuou o Cardeal Sarah, “a violência contra os cristãos não é somente física” como a que sofrem os fiéis do Oriente Médio nas mãos do Estado Islâmico, “mas também política, ideológica e cultural”.
“Esta forma de perseguição religiosa é tão ou mais prejudicial, mas é mais escondida. Não destrói fisicamente, mas espiritualmente”, precisou.
Por isso, o Cardeal disse que actualmente e “em nome da ‘tolerância’ os ensinamentos da Igreja sobre o matrimónio, a sexualidade e a pessoa humana estão a ser destruídos” e criticou a legalização das uniões de mesmo sexo e o mandato abortista da administração Obama.
Como africano, o Cardeal tem muitas críticas a fazer ao Ocidente: “Pessoalmente, estou empenhado contra a chantagem das Nações Unidas, que quer impor o culto da ideologia de género aos países africanos em troca de ajuda ao desenvolvimento. Procuram impor uma visão da família ocidental. (…)
Toda a moralidade, todos os valores cristãos foram relativizados. Os jovens já não têm mais pontos de referência. Mas, não é atacando a família que se protege a sociedade. Eu diria que é o contrário. A família é a célula humana mais atacada no Ocidente, até mesmo do ponto de vista financeiro e económico. Eu acho que, como cristão, é hora de colocar Deus no centro da sociedade. Recordando o título do seu livro, o Cardeal concluiu: “Dieu ou rien” (Deus ou nada).
O cardeal africano advertiu inúmeras vezes sobre as duas grandes ameaças do nosso mundo de hoje: o fundamentalismo islâmico e a ideologia de género, duas realidades de origem demoníaca, totalitárias e violentamente intolerantes, destruidores da família, da sociedade, da Igreja, e abertamente cristianofóbicos.

Suzana Maria de Jesus




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