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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Remando contra a maré

A Ideologia do Género é, em rigor, a estratégia mais refinada para a desconstrução da essência do ser humano.

«O género, expressão camuflada de uma antropologia dissociada, anulando o corpo e exaltando a liberdade absoluta, seria o cavalo de Troia de uma governação mundial cuja estratégia cultural e política visaria eliminar a diferença sexual entre macho e fêmea, a subverter a relação heterossexual entre mulher e homem, bem como a desacreditar as instituições fundadas sobre ela, principalmente o matrimónio e a família…

Contra esta estratégia, habilmente orquestrada através da manipulação da linguagem e da forte pressão de poderosos lobbies nos organismos políticos internacionais, não haveria outra possibilidade senão o permanecer fora do quadro ideológico de género, uma vez que entrar nele, simplesmente com 'a intenção de propor uma interpretação alternativa ou de obter financiamentos públicos com propósitos louváveis', não só não seria ´estrategicamente sábio, nem seria pragmaticamente útil´, mas tão pouco `justificável de um ponto de vista moral e pessoal´ dado que cada tentativa de confronto e prova de diálogo resultariam não só ingénuos, mas também cúmplices, a estratégia de género não poderá ser enfrentada senão pela aberta condenação e decidida oposição. (…)

A perspectiva do género foi-se transformando, especialmente em algumas elaborações mais recentes do pensamento feminista, em ideologia do género, a qual vai ao ponto de questionar a identidade de género masculino e feminino, enquanto constituiria mais um condicionamento repressivo que um valioso recurso para a identidade pessoal.» (In: A QUESTÃO GÉNERO – Um desafio antropológico, de Aristide Fumagalli).

O seu objectivo é o de alcançar a igualdade de género, abolir os termos maternidade e paternidade, casamento, família e as consequentes relações com Deus.

Assim se explica a sua aliança com o movimento feminista, com o movimento homossexual, lésbico e gay, e depois com outros movimentos, constituídos por sujeitos bissexuais ou transsexuais, entre outros.

Defendendo que não se nasce homem ou mulher, mas que esta diferença de sexos é uma construção social e uma imposição cultural, os impositores da ideologia do género pretendem, destruir uma antropologia ancestral e tão óbvia quanto isso. 

Todos sabemos quando se é homem ou mulher e, se eventualmente, nos deparamos com algum caso dúbio, sabemos que é uma excepção, uma raridade, não é a normalidade, nem é uma constante. (Atenção eu só escrevi que não é o normal, o vulgar, o habitual, por isso não me venham apelidar de homofóbico, como tanto adoram chamar algumas minorias. Um pouco de bom senso e outro tanto de senso comum é um excelente antídoto para travar o ridículo de tanto disparate antropológico com laivos de politicamente correcto).

Nascemos homens e mulheres sim senhor, uns com os seus órgãos sexuais bem expostos e outros com o seu aparelho sexual recolhido e bem acondicionado, e a biologia, as hormonas, a função sensitiva, psíquica, afectiva, intelectual e espiritual logo revelam esta realidade.

Somos diferentes, graças a Deus, por natureza, em sensibilidade, em sentido estético, em capacidades físicas e intelectuais, em ideais e em ideias, em projectos de vida, em sonhos e devaneios, em acções e emoções, e é exactamente aqui que reside o grande fascínio e atracção do feminino pelo masculino e vice-versa em tudo diferentes mas complementares, na busca do equilíbrio desejado e amado, da outra cara-metade que, no seu conjunto perfeito e amado, completa o todo.

Rafael S. Silva



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