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domingo, 24 de novembro de 2019

Nova constituição: Cúria Romana mais simples e descentralizada

Estátua representando São Paulo, da autoria do escultor Adamo Tadolini, na Basílica de São Pedro do Vaticano: a missão da Cúria Romana passa a estar centrada na evangelização e no anúncio do Evangelho. Foto © AngMoKio/Wikimedia Commons

(Este texto substitui uma versão anterior que, por razões técnicas, não estava acessível)
A futura constituição apostólica sobre a organização da Cúria Romana prevê a fusão de vários departamentos, contempla uma maior presença de leigos e de mulheres à frente de órgãos do Vaticano, que deverá passar a ter uma organização mais descentralizada e uma lógica mais sinodal (participação de todos) no seu funcionamento.
Um esboço preliminar do documento Praedicate Evangelium, obtido e divulgado pelo site de informação Crux confirma alguns elementos já avançados pela Vida Nueva em Abril e sintetizados no 7MARGENS.
Depois de enviado aos responsáveis dos vários serviços do Vaticano, conferências de bispos, núncios e institutos de direito, o elevado número de comentários recebidos sobre o documento levou a adiar a sua publicação para nunca antes de Setembro, depois de ter estado inicialmente prevista para final de Junho. O tom geral da nova constituição incide numa “descentralização saudável” da estrutura da Santa Sé e coloca o foco na evangelização.
Esta reforma pretende pôr em prática uma maior racionalização no funcionamento da Cúria, ao reduzir o número de departamentos e simultaneamente evitar a repetição de competências e assim torná-la mais eficiente e economizadora.
O texto preliminar está dividido em nove grandes áreas: as três primeiras são dedicadas à explicação do conceito, função e normas gerais da Cúria Romana, as seguintes abordam a estrutura, as competências e actividades dos diferentes serviços, que passarão a designar-se dicastérios.
Segundo a primeira parte do Praedicate Evangelium, a constituição “visa colocar em prática de forma mais radical o trabalho da Cúria no presente, em virtude das mudanças que acontecem no interior da Igreja e que estão no coração deste novo passo na evangelização que somos chamados a viver”, cita o Crux.
A importância da sinodalidade
A vida de comunhão na Igreja “tem a face da sinodalidade”, que deve ser expressa em todos os níveis – com o próprio povo de Deus, com os bispos e com o Papa, refere o esboço. As conferências episcopais, inclusive os grupos continentais, “estão entre as formas mais significativas de expressar e servir a comunhão eclesial em várias regiões com o pontífice romano, garante da unidade”, continua o documento.
Como missão prioritária, a Cúria ficará encarregada de compartilhar a experiência da Igreja na forma de melhores práticas, sugestões criativas e ideias sobre como corrigir problemas, agindo assim como “uma plataforma ou fórum de comunicação” entre as igrejas locais e as conferências de bispos. “A Cúria não fica entre o Papa e as conferências episcopais, mas está ao serviço de ambos”, lê-se no documento.
Nesta nova reforma, o papel das conferências de bispos será reforçado, uma vez que a nova constituição exigirá uma maior consulta aos organismos nacionais ou regionais de bispos, por parte da Cúria, antes de tomar decisões importantes que os afectem. Os documentos que tratam de uma área ou região específica passarão mesmo a ter de “ser apresentados à conferência de bispos interessados ​​antes de serem publicados pela Cúria”.
A proposta vai no mesmo sentido da decisão tomada em 2015 pelo Papa Francisco, de descentralizar processos de anulação de matrimónios, permitindo através das normas simplificadas, que os bispos fossem os juízes dos casos em suas próprias dioceses, em vez de terem de enviar os casos à diocese metropolita mais próxima ou directamente para Roma.
Secretaria de Estado e Evangelização com papéis reforçados
Praedicate Evangelium define, nesta versão provisória, um papel mais relevante na estrutura católica para os leigos e para as mulheres, não apenas na presidência dos serviços da Cúria Romana, mas na liderança em áreas da família e da vida, da promoção da paz e da justiça, da economia e do cuidado da criação.
O aprofundamento da reflexão sobre as relações entre homens e mulheres “de acordo com sua reciprocidade, complementaridade e igual dignidade” deve ser um dos desígnios primordiais para o Dicastério dos Leigos, Família e Vida. Este departamento deverá igualmente reunir e propor modelos para acompanhamento pastoral, formação e acompanhamento para pessoas divorciadas e casais que voltaram a casar, assim como em relações de poligamia, em determinadas culturas.
A Secretaria de Estado no Vaticano terá o seu papel reforçado naquela que é uma das mudanças mais significativas na proposta, como também já tinha dado conta a revista espanhola Vida Nueva, em Abril passado.
Depois de já ter tido um papel minimizado por alguns papas, a Secretaria de Estado – responsável pelo pessoal diplomático – aparece em primeiro lugar no novo organigrama dos dicastérios da Cúria, seguida por aquele que será um novo mega-departamento para a evangelização, que resultará da fusão da Congregação para a Evangelização dos Povos (encarregada de orientar os “territórios missionários”) com o Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (vocacionado para propor novos caminhos perante a crescente secularização dos países ocidentais.
Um novo dicastério para “serviços de caridade”, directamente dependente do Papa, será também criado, substituindo o actual Gabinete do Esmoler Papal, cujos fundos vêm de doações feitas ao Papa bem como ao Instituto para as Obras da Religião, o “banco” do Vaticano.
A nova constituição perspectiva ainda a junção da Congregação para a Educação Católica e do Conselho Pontifício para a Cultura num novo dicastério para “educação e cultura”. A Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores na Cúria, organismo consultivo do Papa, manterá a sua autonomia e passará a estar integrada na estrutura da Cútia Romana. A sua principal tarefa será trabalhar com as conferências episcopais e os superiores religiosos na aplicação de directrizes locais para garantir a salvaguarda de menores e adultos vulneráveis.
As novidades surgem como continuação das reformas já postas em marcha pelo Papa Francisco, como a fusão dos diferentes média vaticanos no Dicastério para Comunicações; a fusão da maioria dos conselhos pontifícios em duas mega-estruturas – o Dicastério para Leigos, Família e Vida e o Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral; e a criação da Secretaria da Economia e do Conselho para a Economia.


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Papa Francisco nomeia pela primeira vez mulheres para congregação até aqui masculina

Ilustração © Sara Naves

O Papa Francisco nomeou pela primeira vez sete mulheres para a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica (CIVCSVA), o organismo do Vaticano que tutela as ordens e congregações religiosas.
Entre os 23 novos membros designados por Francisco para aquela assembleia da Cúria romana encontram-se seis superioras de congregações e uma líder de um instituto secular): as irmãs Kathleen Appler (Estados Unidos), das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo; Françoise Massy (França), das Franciscanas Missionárias de Maria; Luigia Coccia (Itália), das Missionárias Combonianas; a também transalpina Simona Brambilla, das Missionárias da Consolata e que esteve durante um ano no norte de Moçambique; a espanhola Rita Calvo Sanz, da Companhia de Maria Nossa Senhora; e ainda duas da família salesiana: a francesa Yvonne Reungoat, das irmãs salesianas, e a leiga polaca Olga Krizova, presidente do Instituto Secular das Voluntárias de Dom Bosco.
A irmã Carmen Ros Nortes ocupava já, desde Fevereiro, o lugar de sub-secretária na CIVCSVA. Mas neste caso a entrada de superioras é a novidade, já que até aqui os membros da Congregação eram oriundos exclusivamente de institutos e congregações masculinas.
Uma linha de actuação do Papa
As escolhas recentes do Papa Francisco prosseguem a sua linha de crescente atribuição de responsabilidades e competências a mulheres em lugares de relevo nos organismos do Vaticano.
Em Abril deste ano, o Papa nomeara três mulheres (Linda Ghisoni, Michelina Tenacee Laetitia Calmeyn)como consultoras da Congregação para a Doutrina da Fé, um dos organismos mais importantes da Cúria Romana.
Já antes, Linda Ghisonie a professora de bioética Gabriella Gambino tinham sido indigitadas em Novembro de 2017 como subsecretárias do novo Dicastério para os Leigos, Família e Vida.
A presença feminina na cúpula da Igreja Católica inclui ainda outras mulheres com responsabilidades nos departamentos da Cúria Romana e nas áreas dos arquivos, história e comunicação social.
Os outros 16 membros nomeados de novo incluem o arcebispo de Valladolid (Espanha), Ricardo Blázquez Pérez, um dos quatro cardeais, a par de Angelo De Donatis, vigário do Papa para a diocese de Roma; Kevin Joseph Farrell, prefeito do dicastério para os Leigos, Família e Vida; e Luis Francisco Ladaria Ferrer, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Entre os cinco bispos, estão o brasileiro Amilton Manoel da Silva, auxiliar de Curitiba, Paolo Bizzeti, vigário apostólico da Anatólia (Turquia), Sebastian Francis Shaw, de Lahore (Paquistão); Paskalis Bruno Syukur, de Bogor (Indonésia) e José de Jesús González Hernández, de Jesús María (México).

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«Cadena de bondades», el rap incitante de Grilex y Not From This World para OMP y los misioneros




Un momento del rodaje urbano y rapero pero
lleno de esperanza y luz de Cadena de Bondades
El grupo rapero Not From This World (NFTW) y el rapero Grilex han unido fuerzas en "Cadena de bondades", un vídeo y una canción rap que pretende mostrar que cada persona, no importa lo pobre o pequeña que se sienta, puede colaborar a transformar el mundo, algo que los misioneros viven cada día y animan a que vivan otras personas.
Un muchacho (cameo de Grilex) ayuda a un mendigo, que a su vez ayudará a una mujer, que a su vez ayudará a otra persona... el bien, como la verdad y la belleza, tiende a expandirse, a contagiarse, a llegar a más personas. Al final, es el espectador el que puede dar el paso, puede desear hacer también algo, contemplando como lo hacen los misioneros en su día a día.
Es un rap incitante porque incita a ayudar a las misiones.
Los raperos Grilex y Not From This World ponen letra a la campaña del Mes Misionero Extraordinario, que tendrá lugar este próximo mes de octubre y que, según indicaciones del Papa Francisco, estará dedicado a las misiones y a la importancia de implicarse y colaborar con ellas.
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La monetización generada por las escuchas y los visionados será donada a las misiones. De esta forma, cada vez que alguien la escuche, además de contagiarse del mensaje misionero, estará haciendo un pequeño donativo a la OMP y formando parte así de la Cadena de Bondades.
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Chinchachoma, el religioso español que ha sido el «padre» de miles de niños de la calle en México

Se cumplen 20 años de la muerte del apóstol de la «providencia»


El padre Chinchachoma llegó a México desde España y desde el principio vio que estaba llamado a salvar a los niños de la calle




Este lunes se han cumplido veinte años del fallecimiento del conocido por miles de niños como el “padre Chinchachoma”, un escolapio español que llegó a México en 1971 y que rescató a miles de pequeños de la calle dándoles un futuro que les había sido robado.
Y le llamaban padre no sólo porque fuera sacerdote, sino porque para los que salvó era como un verdadero padre. Hasta 18 albergues para niños llegó a crear Chinchachoma.
De Barcelona a México
Su nombre real era Alejandro García-Durán de Lara y nació en Barcelona en 1935. En México fue donde el Señor le mostró definitivamente su vocación dentro de su vocación: dedicar su vida a los más olvidados. Se fue a convivir con estos niños de la calle hasta que se ganó su confianza y un día le pidieron que los llevara con él.
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En un reportaje en el semanario Desde la Fe de la Archidiócesis de México se cuenta la vida de este religioso español de nacimiento pero mexicano de adopción. Alejandro quería ser médico hasta que una noche frente al mar en Barcelona, sentado junto a la chica que le gustaba, sintió que Dios le llamaba al sacerdocio.
Su hermano Adolfo, también escolapio y actualmente responsable del santuario de San Pompilio María Pirrotti (Italia), explica que “sintió que sólo Dios podía llenar su vida”.
"Ocuparme de los niños pobres"
“Me dijo: ‘quisiera hacerme escolapio y ocuparme de los niños pobres, ¿qué dices?’. Yo le dije: ‘hazte escolapio y pídele mucho a Dios que te deje dedicarte a los niños pobres’”. Y finalmente pudo cumplir el deseo que ansiaba su corazón.
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En 1962 tras ordenarse fue destinado al barrio de Las Arenes, en Tarrasa (Barcelona). Este lugar había quedado arrasado por unas inundaciones y su población tenía muchas necesidades materiales. Su trabajo en este lugar es a día de hoy todavía recordado e incluso tiene una plaza con su nombre.
El hermano Ferrán Sans, que trabajó con el padre Alejandro en aquella época, recuerda que en este barrio era visto “casi como el fundador, el padre de todos”.
Los niños sin hogar que cambiaron su vida
En 1972 llegó a México para trabajar en las escuelas que los escolapios tenían en el país. Primero estuvo en Tlaxcala, luego en Veracruz y más tarde en Puebla. En uno de los viajes a Ciudad de México conoció a un grupo de niños sin hogar, y se los llevó temporalmente a vivir con él. Él no tenía medios para mantenerlos pero confiaba en la providencia de Dios.
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Fue en ese momento cuando los niños le pusieron el apodo de Chinchachoma (sin pelo). Pero ante la situación que se iba generando los superiores enviaron en 1975 a este religioso de vuelta a España porque la orden se dedicaba entonces  a la educación y no los niños sin hogar.
Recuerda su hermano que “en el fondo la preocupación era económica (…) como no tienes dinero, ni medios para realizar tu proyecto, te pedimos obediencia en España”. Alejandro obedeció y volvió a Les Arenes. 
Allí volvió a encontrarse con Ferrán. “Ese ‘hombre de Dios’ cuando regresó de México por primera vez era ya un hombre ‘poseído por Dios’”, recuerda sobre el padre Alejandro.
"Él me lo ha pedido"
Pero una noche, este sacerdote despertó a Ferrán y le dijo: “Me voy a México. Él me lo ha pedido. Los niños me necesitan”.  Aunque no tenía permiso de sus superiores, “la Providencia hizo –cuenta Ferrán- que ese día un amigo suyo, adinerado, viajara a México. Le pagó el billete y se fueron juntos”.
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Aunque su obra en México ya había comenzado en su primera estancia, los Hogares Providencia por lo que es ahora recordado empezaron a funcionar en 1979. Recibió para esta gran obra el apoyo de muchas personas, entre ellos muchos sacerdotes y numerosos jóvenes voluntarios.
Los escolapios acabaron también reconociendo el gran bien que hacía este sacerdote y en 1983, bajo la orientación del padre Alejandro, fundaron los Hogares Calasanz, un total de diez casas en Ciudad de México, Puebla, Veracruz, Tijuana y Mexicali.
Un apóstol de la "providencia"
Gracias a este empeño de Chinchachoma y su radical confianza en la Providencia miles de niños pudieron salir adelante. Son muchas las anécdotas que recuerdan sus “hijos” sobre aquellos momentos.
Desde la Fe recoge algunas de ellas. Cuando no había qué comer a veces se llevaba a los niños a un restaurante aunque no tenía dinero para pagar la cuenta, pero de repente a la hora de pedirla el dueño le informaba que alguien ya la había abonado.
En otras ocasiones, cuando faltaban los medios o no se podía pagar a los trabajadores siempre aparecía algún bienhechor y ofrecía un donativo que cubría todos esos gastos. El padre Luis Manuel Acosta, recuerda a Chinchachoma como “un conducto de la providencia” pues siempre conseguía los recursos necesarios para los niños necesitados de sus casas.
Muy vivo 20 años después de su muerte
“Nunca trabajé con él en sus casas, lo que yo hacía era visitar a los ‘chavos’ en las zonas de Observatorio, Tacubaya y Candelaria, y se los llevaba al Chincha”, recuerda este religioso, que confiesa que conocerle le cambió su vida tanto que ahora es el responsable de la pastoral de jóvenes en situaciones críticas de la diócesis de Nezanhualcóyotl.
Además, afirma que “todavía, cuando tengo alguna bronca con mis jóvenes, temas como suicidios y otras situaciones que no sé cómo abordar, pasó a visitarlo en su iglesia, donde está enterrado”.

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Jornal A Irmã dos Pobres





Religião está a perder importância nos países árabes

Muçulmanos na oração que marca o final do mês de Ramadão, em Casablanca, Marrocos, um dos países analisados no inquérito. Foto © Mustapha Ennaimi/Wikimedia Commons

O número de pessoas que se afirmam não religiosas tem vindo a aumentar nos últimos cinco anos em onze países do Médio Oriente e norte de África, segundo conclui o Barómetro Árabe, elaborado para o serviço árabe de notícias da BBC.
O inquérito, realizado entre os últimos meses de 2018 e a Primavera deste ano, recolheu as opiniões de mais de 25 mil pessoas de 11 nações predominantemente muçulmanas (Argélia, Egipto, Iémen, Iraque, Jordânia, Líbano, Líbia, Marrocos, Palestina, Sudão e Tunísia).
Na Tunísia, cerca de 30 por cento dos inquiridos afirmou não ser religioso e, na Líbia, esse sentimento foi manifestado aproximadamente por um em cada quatro pessoas. Em ambos os países, essa expressão duplicou no espaço de cinco anos e a tendência é mais notória nas faixas etárias até aos 30 anos.
Os valores mais elevados de religiosidade foram declarados no Iémen, Iraque e Jordânia, com percentagens de não-religiosos inferiores a dez por cento.
Em cada um dos países, pelo menos um em cada cinco inquiridos pondera emigrar, sendo que no Sudão cerca de metade pensa fazê-lo, embora essa intenção tenha descido relativamente há cinco anos atrás. A Europa é o principal destino desejado, essencialmente em vários países do Norte de África – argelinos (66%), marroquinos (64%) e tunisinos (57%). Mais abaixo nesse destino estão os palestinianos (39%), líbios (38%) e iraquianos (37%). No Egipto, Sudão e Iémen, a região do Golfo Pérsico é a preferida para emigrar, enquanto a América do Norte é a região mais apontada na Jordânia e no Líbano.
Os libaneses e os marroquinos são os mais favoráveis a verem o cargo de presidente ou primeiro-ministro do seu país ocupado por uma mulher. Por outro lado, pouco mais de um quarto (27%) dos argelinos auscultados pelo estudo aceitam os assassínios de honra.No Líbano, Territórios Palestinianos e Tunísia é onde essa prática é menos aceite (8%).
A homossexualidade é tolerada sobretudo por argelinos e marroquinos (26% e 21%, respectivamente), enquanto na Palestina (5%) e Líbano (6%) se verificam os números mais baixos de aceitação.
Os Estados Unidos são percepcionados como a sua principal ameaça pelos tunisinos, mas Israel é quem verdadeiramente preocupa libaneses, palestinianos, egípcios, jordanos e sudaneses.

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El Papa designa 7 mujeres para la Congregación vaticana de vida religiosa, incluyendo una española




La española Rita Calvo Sanz es la superiora mundial
de la Compañía de María -Lestonnac- y ahora es
parte de la Congregación vaticana correspondiente
El Papa Francisco nombró este lunes 8 de julio a siete mujeres como miembros de la Congregación para los Institutos de Vida Consagrada y las Sociedades de Vida Apostólica en el Vaticano, que es la institución eclesial que supervisa los asuntos de congregaciones de religiosos y consagrados, incluyendo a la española Rita Calvo Sanz, superiora de las religiosas de Lestonnac (Compañía de María).
De esas 7 mujeres, 6 son superioras generales de su congregación y una (Olga Krizova) es una laica de un Instituto de Voluntariado.
En la Iglesia Católica a nivel mundial hay unas 660.000 religiosas profesas (Annuario Pontificio 2018), además de unos 52.000 hombres que no son sacerdotes y pertenecen a congregaciones religiosas.
Estas son las mujeres designadas por el Santo Padre:
- la española M. Rita Calvo Sanz, O.D.N., Superiora General de la Orden de la Compañía de María Nuestra Señora (Lestonnac)
Kathleen Appler, F.d.C., Superiora General de las Hijas de la Caridad de San Vicente de Paúl,
Yvonne Reungoat, F.M.A., Superiora General de las Hijas de María Auxiliadora (Salesianas de Don Bosco);
Françoise Massy, ​​F.M.M., Superiora General de las Hermanas Franciscanas Misioneras de María;
Luigia Coccia, S.M.C., Superiora General de las Hermanas Misioneras Pías Madres de la Nigricia (Misioneras Combonianas);
Simona Brambilla, M.C, Superiora General de las Hermanas Misioneras de la Consolata;
Olga Krizova, Presidenta General del Instituto de Voluntariado Secular Don Bosco.
Muchas más personas con responsabilidades eclesiales han sido designados en esta hornada de nombramientos para la Congregación para los Institutos de Vida Consagrada y las Sociedades de Vida Apostólica en el Vaticano, incluyendo:
- el cardenal Angelo De Donatis, Vicario del Papa para la Diócesis de Roma;
- el cardenal Kevin Farrell, prefecto del dicasterio para los Laicos, la Familia y la Vida;
- el cardenal Luis Ladaria Ferrer, prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe;
- el cardenal Ricardo Blázquez Pérez, Arzobispo de Valladolid.
El Papa va aumentando el número de mujeres en congregaciones vaticanas. En 2014, por ejemplo, nombró a Irma Luzia Premoli, Superiora General las Misioneras Combonianas, como miembro de la Congregación para la Evangelización de los Pueblos, la primera vez que una superiora general formaba parte de una congregación vaticana.
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Christian Flavigny, psiquiatra: privar a un niño de padre o madre daña su desarrollo psicoafectivo

En la reproducción asistida del mismo sexo desaparece todo símbolo de filiación


Abrir la fecundación artificial a parejas del mismo sexo, en las que el vínculo natural es sustancialmente imposible, imposibilita al niño incluso el concepto mismo de la filiación de sustitución. El doctor Flavigny alerta de los riesgos que eso supone para su psicología.




Un "abuso de poder": es el adjetivo que le viene a la mente a Christian Flavigny cuando se habla del debate sobre temas bioéticos, que "se quiere resumir en una disputa social entre 'tradicionalistas' y 'progresistas', aunque la realidad es que se trata de cuestiones simbólicas fundamentales; dicho de otra forma: la transmisión de lo humano". El psicoanalista y psiquiatra infantil del Hospital Pitié-Salpêtrière de París ya había aportado su experta opinión sobre la evolución de la familia y la ética en diversas obras. En un momento en que el gobierno francés se muestra favorable a la ampliación de la reproducción asistida a parejas de mujeres y a mujeres solas, él insiste con un nuevo ensayo, en el que describe, a través de su experiencia como psiquiatra, las consecuencias de un enfoque victimista que desprecia las necesidades psíquicas y sociales fundamentales del niño. Revela la necesidad de preservar la relación basada en la concepción y en las especificidades de las funciones paterna y materna. La esclarecedora obra de un experto en el tema, a quien entrevista Anne-Laure Debaecker en Valeurs Actuelles:
Le débat confisqué [El debate suprimido], de Christian Flavigny, alerta desde el punto de vista psiquiátrico sobre las consecuencias no explicadas de las campañas totalitarias en curso a favor de la reproducción asistida, los vientres de alquiler o la ideología de género.
-El pasado 12 de junio el gobierno anunció la ampliación de la reproducción asistida a todas las mujeres, con un texto que será objeto de debate a finales de septiembre en la Asamblea Nacional. ¿Qué nos dice al respecto?
-El gobierno ha decidido agravar la disolución del vínculo familiar, que ya se veía comprometido con otras medidas, sobre todo la ley sobre el matrimonio homosexual y la adopción por parejas del mismo sexo (2013), pero también anteriormente, con la posibilidad de adopción por parte de una persona soltera.
»Hay una continuidad disgregadora consecuencia del desconocimiento, por parte de los poderes públicos, de lo que había sido aprobado de manera coherente por la ley sobre la adopción plena (1966): en esta ley, el vínculo familiar se fundamentaba claramente en una relación basada en la concepción de la pareja, incluso si esa concepción no se puede concretar debido a una esterilidad. Este principio era un principio firme que tenía por eje permitir que el niño formara parte de un vínculo familiar coherente: de hecho, esta relación basada en la concepción es la condición para que el niño forme parte y se reconozca de manera coherente como el hijo de esa pareja. La verosimilitud de la concepción -o, después, de la fecundación asitida- hacía creíble la filiación en la adopción plena.
»Sin embargo, veinte años después, se ha minado este principio hasta el punto de ser olvidado por completo. La relación basada en la concepción ha sido socavada como base psíquica y afectiva de la llegada de un hijo. Se acepta como progenitores a personas que no tienen nada que ver con una relación basada en la concepción. Esta decisión del gobierno es, por lo tanto, una etapa más en la disolución del vínculo familiar.
-¿En qué aspectos ha sido suprimido el debate?
-He participado en todas las sesiones a las que me han invitado: en la Asamblea Nacional, en el Consejo de Estado, en el Senado, en el Comité de Ética... Me han escuchado amablemente, pero al final el resultado siempre ha sido el mismo, se imponía un principio considerado superior que descalificaba totalmente lo que yo había dicho: el principio de no discriminación. Todas las diferencias que yo había intentado explicar desaparecían.
»Yo no discrimino a nadie y estoy abierto a la diversidad en los modos de crear una familia; pero lo que hay en juego es la integración del niño, que no se vea en un ámbito familiar sin haber tenido la posibilidad de comprender dicha situación familiar. Mi enfoque tiene en cuenta, ante todo, una situación de filiación que el niño pueda reconocer psíquicamente. Por ejemplo: si un niño es criado por dos personas del mismo sexo, no es en el mejor interés del niño hacerle creer que el compañero o compañera del mismo sexo es un segundo progenitor, imponiéndole así la idea irrealizable de que la concepción es posible entre dos personas del mismo sexo. Esto es engañarle sobre su comprensión exacta de cómo llegó a la familia. De manera similar, es un engaño pensar que, en el caso del hijo de una mujer soltera, saber quién es su padre pueda paliar la ausencia del mismo: es mantener viva la confusión.
El doctor Flavigny, durante una de sus conferencias sobre la PMA (Paternidad Médicamente Asistida), que se quiere extender a parejas del mismo sexo equiparando su caso, en el que optan deliberadamente por una relación estéril, con el de las parejas de hombre y mujer estériles a su pesar.
-Usted afirma que se ha apoderado del debate una deriva victimista...
-Efectivamente, las activistas utilizan ese tipo de enfoque y no se lo reprocho, porque defienden su causa, pero sí le reprocho a los poderes públicos que lo adopten ellos. La explicación que dan las activistas [lesbianas] es incoherente y no es creíble: intentan hacer creer que su situación es parecida a la de una persona que sufre esterilidad médica.
»Ahora bien, eso es falso: es su elección de vida personal lo que les priva de la posibilidad de concebir. Esto no las convierte en víctimas respecto de la procreación, son ellas mismas quienes se auto-marginan de dicha posibilidad, ya que la procreación es un proceso que surge de la relación de un hombre y de una mujer en edad de procrear. La esencia del proceso de procreación es el carácter incompleto de ambos sexos: el hombre y la mujer sólo pueden ser padres gracias a su encuentro mutuo. No existen "parejas heterosexuales" dotadas de un potencial procreador que les faltaría a las "parejas homosexuales". Lo que hay son hombres y mujeres que se unen, y a través de esta unión transmiten el proceso de procreación heredado de sus padres y de sus abuelos.
»La tesis de los homosexuales es paradójica porque, por un lado, alega que la cuestión sexual no es más que un constructo social y de las costumbres, es decir, que es "adquirida" (es la tesis de la ideología de género); pero, por el otro, manifiesta una victimización cuando afirma que ellos "han nacido así", por lo que se trataría de algo puramente "innato". Que los poderes públicos apoyen esta victimización subraya su incoherencia: no se puede argumentar que es innato o que es adquirido según las necesidades de cada momento, porque lo propio de la vida humana es que estén entremezcladas.
-¿Qué consecuencias tendría la reproducción asistida para todas?
-La ley estaría afirmando que se puede privar al niño de un padre sin que esto dañe su desarrollo psico-afectivo. Además, este reivindicación del "acceso" a la ayuda médica es muy simbólica, porque significa que una mujer puede quedarse embarazada sin la medicina ni la relación sexual con un hombre. Ciertamente, hay niños que han perdido a su padre, o que nunca lo han conocido y esto no es algo fácil en su experiencia vital, pero el simbolismo que tiene la palabra colectiva de las leyes no niega que su situación es especial y dolorosa; por ejemplo, en el caso de un padre que decide abandonar a su familia. Pero si las leyes ratifican la reproducción asistida para todas, imponen al niño la idea de que no hay nada que comprender: se decreta que su situación es "normal" y se considera que no hay ninguna cuestión que plantear al respecto.
»Dicho de otro modo, se decreta que la función paterna, fundamental para la vida psíquica del niño porque es complementaria de la función materna, es facultativa. Se banaliza el principio mismo de lo que es fundamental para el niño. Este problema atañe, por consiguiente, a todos los niños, porque se altera el equilibrio mismo del principio familiar: se decreta que tener un padre y una madre ya no es algo fundamental para el niño. Y esto concierne a ambos progenitores, porque a las madres les llegará el turno muy pronto con la maternidad subrogada. Al final, lo que se está haciendo es restar importancia al hecho, fundamental para el equilibrio psicoafectivo del niño, de que su origen procede de la relación basada en la concepción entre un hombre que es su padre y una mujer que es su madre. 
-Usted afirma que "la paternidad es una función diferente y complementaria a la maternidad". ¿Puede haber un sustituto? ¿Puede una madre tener un papel paternal?
-Un padrino es un sustituto paterno; es una función simbólica. En los rituales religiosos, sobre todo en el catolicismo, tiene un papel clave. Esto demuestra que la esencia de la paternidad obliga a un vínculo simbólico. Es por tanto necesario que pueda existir la posibilidad de una sustitución. En la situación de los niños con un progenitor homosexual, situaciones que conozco bien por mi profesión, los abuelos han sido a veces esta figura de sustitución de la concepción. Pero esto es psíquicamente posible sólo si no se intenta convertir al compañero o a la compañera de vida homosexual en un segundo progenitor, porque entonces estamos obstruyendo la posibilidad de la sustitución. Es en este punto donde las leyes tiene un efecto problemático, ya que imponen al niño esta idea incoherente.
»¿Puede una madre tener un papel paternal? Todo depende de lo que entendamos por eso: el rol consiste en las tareas diarias, sexualmente indiferenciadas. Pero la función materna se amplía al plano psíquico: la madre conduce a su hijo a la relación con él mismo, mientras que el padre le conduce a la relación con los demás. Por la psicología femenina, la mujer tiene la capacidad de devolverle a su hijo su propia mirada interior respecto a sí mismo, vinculada sobre todo a lo que ella vive durante el embarazo. El padre queda fuera del dúo madre-hijo y ésa es su función, ya que él permitirá a su hijo alejarse del vínculo maternal que, ciertamente, es fundamental, pero que también conlleva cierta problemática, el exceso de unión. Sólo un hombre puede desempeñar la función paternal, adquirida en la relación con su propio padre.
-Usted parafrasea a Victor Hugo cuando dice: "Abrid la reproducción asistida a todas las mujeres y tendréis que aumentar el número de comisarías...".
-La eliminación del padre socava el referente de autoridad, principio que libera al niño del control materno. La consecuencia social es inevitable, y ya podemos verla en los casos de radicalización, en los que los jóvenes, que sabemos que carecen de vínculo paterno, a falta de dicho referente que les defina, lo buscan y lo encuentran en alguien lo más autoritario, caricaturesco y bárbaro posible. Al socavar la figura paterna, relacionándola sobre todo con el patriarcado ancestral al que se etiqueta de autoritario y se acusa de abuso de poder, estamos privando a los jóvenes de un punto de referencia coherente.
-¿Por qué ya no somos conscientes del significado del vínculo de filiación?
-No somos conscientes de la coherencia del vínculo de filiación. La filiación es, ante todo, un desafío de la vida psíquica, es un vínculo de transmisión: el padre transmite a su hijo el hecho de haber sido el hijo de su padre; el vínculo jurídico de la filiación se formaliza en la sociedad. Ahora bien, hemos destruido la coherencia de estos vínculos, que eran muy claro en los textos de Simone Veil sobre la adopción plena; hoy en día conservamos el término "progenitor", pero lo hemos vaciado de significado (progenitor, del verbo latin parere, procrear, concebir) y lo hemos despojamos del principio regulador de la vida familiar (las prohibiciones familiares de incesto y asesinato), que se apoya en una coherencia de la filiación después de la procreación por parte de la pareja.
»Sustituimos esta descalificación del vínculo familiar y la supresión de su principio regulador creando leyes inoperantes como la ley "anti-azote" (adoptada en primera lectura en noviembre de 2018), que no tienen ninguna incidencia sobre los padres maltratadores, y que desequilibra las relaciones educativas de todas las familias.
-¿Cuáles son, entonces, los desafíos a los que nos enfrentamos?
-En primer lugar, la inhabilitación del vínculo familiar en su principio y la consiguiente disolución de la familia y del vínculo social. Recurrimos, para intentar compensarlo, tanto a procedimientos artificiales de regulación, exteriores a la intimidad de la vida familiar, como a la ley, invocada al instante. 
»El otro desafío reside en el principio que habilitamos en sustitución del que hemos inhabilitado: priorizamos la "fabricación del niño" sobre la procreación del niño. Para "no discriminar a nadie", palabra clave que obstaculiza cualquier discusión ulterior, el niño ya no puede vincular su llegada al mundo con la relación de carácter incompleto de la que es testimonio su concepción. Ahora sustituimos el hijo del deseo compartido por el "hijo del 'capricho' individual" en una postura de omnipotencia social respecto a la llegada del niño; y todo esto ratificado por la ley, que es la gravedad real de todo este asunto.
Traducción de Elena Faccia Serrano.

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