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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Peço mais uma vez à comunidade internacional que não poupe esforços na promoção de processos de diálogo e reconciliação

Um dia depois de o Papa Leão XIV ter terminado a sua primeira viagem apostólica à Turquia e ao Líbano, vale a pena recuperar algumas das suas palavras para o território e para o mundo:

“O Médio Oriente necessita de novas abordagens para rejeitar a mentalidade de vingança e violência, para superar as divisões políticas, sociais e religiosas e para abrir novos capítulos em nome da reconciliação e da paz”.

“Peço mais uma vez à comunidade internacional que não poupe esforços na promoção de processos de diálogo e reconciliação, e faço um apelo sincero àqueles que detêm autoridade política e social aqui e em todos os países marcados pela guerra e pela violência. Ouçam o clamor dos vossos povos que pedem a paz. Coloquemo-nos todos ao serviço da vida, do bem comum e do desenvolvimento integral das pessoas”.

 

“Sei que na Europa muitas vezes existem medos, mas na maioria das vezes eles são gerados por pessoas contra a imigração e que tentam manter afastadas as pessoas que podem vir de outro país, de outra religião, de outra raça. Nesse sentido, gostaria de dizer que todos nós precisamos de trabalhar juntos”.

“Uma das coisas positivas desta viagem é ter chamado a atenção do mundo para a possibilidade de diálogo e amizade entre muçulmanos e cristãos. Penso que uma das grandes lições que o Líbano pode ensinar ao mundo é precisamente mostrar uma terra onde o Islão e o Cristianismo estão ambos presentes e se respeitam, e onde é possível viver juntos e ser amigos”, indicou o pontífice.

 

“É evidente que, por um lado, o presidente dos Estados Unidos [Donald Trump] pensa que pode promover um plano de paz que gostaria de fazer e que, pelo menos num primeiro momento, não inclui a Europa. No entanto, a presença da Europa é importante e essa primeira proposta foi alterada”, referiu na conferência de imprensa durante o voo de regresso a Roma, após a visita ao Líbano e Turquia.

“A Santa Sé não tem uma participação direta porque não somos membros da NATO e dos encontros de diálogo, até agora. Embora muitas vezes tenhamos pedido o cessar-fogo, o diálogo e não a guerra”.

“Quanto mais conseguirmos promover a unidade e a compreensão autênticas, o respeito e as relações humanas de amizade e diálogo no mundo, maior será a possibilidade de deixarmos de lado as armas da guerra, de deixarmos de lado a desconfiança, o ódio, a animosidade que tantas vezes se desenvolveram e que encontraremos a maneira de nos unirmos e promovermos a paz e a justiça autênticas em todo o mundo”.

 

Uma palavra final nestas linhas para lembrar Ana Jorge, antiga diretora da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, falecida esta terça-feira.

Em agencia.ecclesia.pt encontra mais informações para ler, ver e ouvir.

Desejo-lhe um excelente dia!

Lígia Silveira

 

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Informação Partilhada do Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza 117-2025





Líbano: A «seiva de esperança» e o adeus de Leão XIV

Bom dia,

A primeira viagem internacional do pontificado de Leão XIV chega hoje ao fim. Iniciada na Turquia, a 27 de novembro, a peregrinação encerra-se esta terça-feira em solo libanês, com dois momentos de forte carga simbólica: uma oração silenciosa no local da explosão do porto de Beirute - a tragédia de 4 de agosto de 2020 que vitimou mais de 200 pessoas e deixou 300 mil desalojadas - e a Missa de envio na zona do “Beirut Waterfront”, junto ao Mediterrâneo.

Leão XIV segue assim os passos de Paulo VI (1964), João Paulo II (1997) e Bento XVI (2012), levando uma mensagem de paz a um Médio Oriente ferido.

Mas antes da despedida, esta segunda-feira ficou marcada por um vibrante encontro com a juventude em Bkerké. O Papa pediu às novas gerações que não cedam ao desânimo da guerra, desafiando-as a ser “seiva de esperança” para a reconstrução do país.

Leão XIV presidiu a um histórico encontro inter-religioso, em Beirute, após ter visitado dois locais particularmente simbólicos para os católicos no País dos Cedros: o túmulo de São Charbel e o Santuário de Nossa Senhora do Líbano, em Harissa.

 

Caminhada de Advento

Os bispos portugueses estão a lançar as suas mensagens para este tempo de preparação do Natal:

  • Santarém: D. José Traquina alerta para a «cultura do click» num mundo «sem tempo para esperar». Ler mais
  • Viana do Castelo: D. João Lavrador apela à «coragem» contra o desânimo que afeta a sociedade e as próprias comunidades cristãs. Ler mais
  • Beja: Advento vivido como um tempo de «esperança na paz, consolação e coragem». Ler mais

 

Igreja em Portugal

  • Lisboa: Patriarca presidiu à ordenação de um sacerdote e 13 diáconos, em dia de festa para a diocese. Notícia
  • Porto: D. Manuel Linda institui 18 novos leitores e acólitos, destacando o «especial sabor» do caminho para o ministério ordenado. Notícia
  • Setúbal: Diocese inicia peregrinação jubilar a Roma rumo ao Ano Santo 2025. Notícia

 

Para marcar na agenda:

  • Bíblia: Comissão da CEP divulga nova tradução do Livro de Abdias, um dos mais curtos da Escritura. Saiba mais
  • Lisboa: A Capela do Rato acolhe hoje, às 18h30, uma conversa sobre habitação e migrações, partindo da exortação apostólica “Dilexi Te”, a primeira escrita pelo Papa Leão XIV.
  • Televisão: Hoje, no Programa ECCLESIA (15h00, RTP2), conversamos com a jornalista Rosa Pedroso Lima sobre o livro “Recordar Francisco”. Um relato da intensidade que marcou os dias da JMJ Lisboa 2023, narrado por quem viveu os acontecimentos por dentro.

 

Despeço-me com votos de boas notícias, sempre,

Octávio Carmo

 

 


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