Os bispos se reuniram esta manhã com Francisco, por ocasião da Visita ad limina
Roma, 17 de Março de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García
Ser "consciência crítica da nação" , anunciar o Evangelho da
misericórdia e fazer que o anúncio seja compreensível nas “línguas
locais”. Estes foram os três pontos sobre os quais o Papa Francisco
confiou o compromisso pastoral dos bispos do Timor Leste, no discurso
que lhes pronunciou esta manhã durante a visita ad Limina.
500 anos de Evangelho é uma longa história de fé e, em um
continente como a Ásia, onde a Igreja é geralmente feita de comunidades
pobres, o 97% dos baptizados que povoam a ilha do Timor Leste representa
categoricamente os "frutos" semeados há séculos.
A Igreja pede na sociedade uma só coisa, disse no discurso: “a
liberdade de anunciar o Evangelho de um modo íntegro, até mesmo quando
vai contracorrente dos valores actuais... Vós, queridos irmãos, não
tenhais medo de fazer esta contribuição à Igreja para o bem de toda a
sociedade”. Mas, se não existe a piedade, prosseguiu o Papa, "hoje em
dia existem poucas possibilidade de entrar em um mundo de “feridos” que
precisam de compreensão, perdão, e amor. Por isso não me canso de chamar
toda a Igreja à ‘Revolução da Ternura’.
O Santo Padre encorajou-os "sem diminuir o valor do ideal evangélico
que deve controlar, com misericórdia e paciência, o potencial de
crescimento das etapas, que se realizam todos os dias e prestar atenção a
este desafio com uma sólida formação dos sacerdotes, religiosos e fieis
leigos”. Da mesma forma Francisco acrescentou que não se pretende
somente uma evangelização especializada já que é preciso fazer de cada
cristão um protagonista porque “se uma pessoa experimenta
verdadeiramente o amor de Deus que salva, não vai demorar muito tempo
para sair para proclamá-lo, não esperará ter grandes lições ou
instruções. Cada cristão encontra o amor de Deus em Jesus Cristo”, em
todos os baptizados, explicou, “é o Espírito que leva a evangelizar”.
Por outro lado observou-se que "se nos vários contextos culturais do
Timor Leste a fé e a evangelização não são capazes de falar de Deus, de
anunciar a vitória de Cristo sobre o drama da condição humana, de abrir
espaços ao Espírito renovador, é porque não estão suficientemente vivos
nos fieis cristãos, que precisam de um caminho de formação e de
amadurecimento”. Por isso, explicou, “tudo isso implica uma série de
desafios para permitir uma compreensão mais fácil da Palavra de Deus e
uma maior recepção dos sacramentos. Mas um desafio não é uma ameaça. A
consciência missionária hoje pressupõe que se possui o valor humilde do
diálogo e a convicção firme de apresentar uma proposta de plenitude
humana no nosso contexto cultural”.
Por fim, o Santo Padre explica no discurso o triplo lugar que o bispo
deve desempenhar com os seus fieis: diante, para mostrar o caminho ao
seu povo, no centro para mantê-lo unido e neutralizar tumultos, e atrás,
para que ninguém chegue tarde ou se perca. “Em qualquer caso, sejam
homens capazes de sustentar, com amor e paciência, os passos de Deus no
seu povo e valorizem tudo o que o mantenha unido, tendo cuidado com os
possíveis perigos, mas especialmente façam crescer a esperança: que haja
sol e luz nos corações!”
(Trad.TS)
(17 de Março de 2014) © Innovative Media Inc.
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