Hoje, 26 de Junho, é celebrada a festa litúrgica do fundador do Opus
 Dei, cuja vida foi profundamente imbuída de optimismo cristão
  
  Roma,   
  26 de Junho de 2013
26 de Junho é a festa litúrgica de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei, canonizado pelo beato João Paulo II em 2002.
São Josemaria nasceu em 1902, na Espanha, em Barbastro, cidade 
aragonesa, e morreu em 1975 em Roma, cidade onde repousa o seu corpo, na
 Igreja Prelazia de Santa Maria della Pace.
Escrivá cresceu em uma família cristã, da qual sempre se lembrou com 
gratidão. Aos dezasseis anos, numa manhã de inverno, enquanto via a neve
 cair, ele observou as pegadas de dois pés descalços e percebeu que eram
 de um dos frades carmelitas recém-chegados à cidade. Uma "inquietação 
divina" se infiltrou nele naquele instante: Josemaria começou a pensar 
nos sacrifícios que as pessoas fazem por Deus e pelo próximo e se 
perguntou se algum dia seria capaz de fazer o mesmo.
Escrivá não entende qual é o plano de Deus para ele, mas compreende 
que recebeu um chamado. Ele pede ao Senhor que ilumine o seu coração, 
rezando a jaculatória Domine, ut videam: Senhor, que eu veja o que queres de mim.
 Decide seguir a vocação e é ordenado sacerdote em Zaragoza, em 1925. 
Três anos depois da ordenação, suas orações são ouvidas: o jovem 
Josemaria vê.
É 2 de Outubro de 1928, festa dos Anjos da Guarda. Depois da 
celebração da missa, ele volta para o seu quarto e, enquanto arruma as 
suas anotações, enxerga de repente a muito aguardada vontade de Deus: 
uma visão intelectual do Opus Dei, com pessoas de todas as idades, 
nações e culturas, que procuram e acham a Deus na vida quotidiana, na 
família, no trabalho e na sociedade.
É uma visão extraordinária: um caminho de santidade empreendido por 
cristãos comuns, pelos leigos, que, para servir a Igreja, se tornam 
apóstolos e renovam o mundo sem se separarem dele.
Esta é a primeira etapa do percurso que, ao longo dos anos, levará 
São Josemaria a realizar o querer divino: a Prelatura da Santa Cruz e 
Opus Dei, também conhecida apenas como Opus Dei, que significa “Obra de 
Deus”, uma obra em que homens e mulheres são chamados a ser santos no 
mundo, dirigindo a Deus tudo aquilo que fazem e vivendo a filiação 
divina adoptiva em Cristo.
Quando São Josemaria falece, em 26 de Junho de 1975, a Obra já se 
estende pelos cinco continentes e conta com mais de 60.000 membros 
dedicados a servir a Igreja em espírito de plena união com o papa e com 
os bispos. Para dirigir o Opus Dei, é eleito o mais próximo colaborador 
de São Josemaria, Álvaro del Portillo, declarado venerável pelo papa 
Bento XVI em 28 de Junho de 2012.
Optimismo, alegria, paz. São alguns dos traços característicos da 
personalidade e da espiritualidade de São Josemaria Escrivá. 
Reproduzimos a seguir alguns escritos significativos, presentes em seus 
livros mais famosos, para lembrar a importância de se cultivar e 
transmitir um sorriso iluminado pela fé.
"Por que esse desânimo? Por causa das tuas misérias? Das tuas 
derrotas, que às vezes se repetem? Por causa de um baque duro, duro, que
 não esperavas? Sê simples. Abre o teu coração. Olha que nada está 
perdido ainda. Tu ainda podes ir em frente, e com mais amor, com mais afecto, com mais fortaleza. Refugia-te na filiação divina: Deus é o teu 
Pai amoroso. Esta é a tua segurança, as águas onde lançar a âncora, não 
importa o que aconteça na superfície do mar da vida. E acharás alegria, 
força, optimismo, vitória!" (Viacrúcis, 7,2).
"Temos que ser optimistas, mas de um optimismo que nasce da fé no poder
 de Deus. O optimismo cristão não é adocicado, nem é uma confiança humana
 em que tudo irá bem. É um optimismo que se enraíza na consciência da 
liberdade e na certeza do poder da graça; um optimismo que nos leva a ser
 exigentes com nós próprios, a nos esforçar para corresponder em todo 
momento aos apelos de Deus" (Forja, 659).
"A tua vida, o teu trabalho, não deve ser uma obra negativa, não deve
 ser ‘anti-alguma coisa’. É - deve ser! - afirmação, optimismo, juventude, 
alegria e paz" (Forja, 103).
"Nossa Senhora é a Rainha da Paz. Por isso, quando a tua alma, o 
ambiente familiar ou profissional, a convivência na sociedade ou entre 
os povos estiver agitada, não deixes de aclamá-la com esse título: 
"Regina Pacis, ora pro nobis". Rainha da Paz, rogai por nós! Já 
tentaste, ao menos, quando perdes a serenidade?... Ficarás surpreso com a
 sua eficácia imediata" (Sulco, 874).
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