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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Alô, santidade!!

Bom dia, paz e bem!

“Os santos surgem sempre como estas figuras que deixam o mundo melhor, que transformam o mundo para o deixar melhor, muitos de forma anónima, até. É por isso que temos uma festa de todos os santos” - Padre Ricardo Figueiredo

Neste dia 1 de novembro, Solenidade de Todos os Santos, destaco esta entrevista ao diretor de comunicação do Patriarcado de Lisboa, que já escreveu diversos livros biográficos sobre santos da Igreja católica, porque “é importante mostrar que eles não se fizeram santos de um momento para o outro”.

“Ainda hoje persiste uma hagiografia que mostra uma santidade plastificada, longe da realidade e da vida das pessoas, mas o que percebemos é que os santos fizeram-se em processo e a sua vida interior também foi uma vida num processo autêntico, num processo real de transformação pessoal de aproximação a Deus”, assinala o padre Ricardo Figueiredo.

Quem é que se lembra, ou ainda vê/participa, da tradição deste dia de Todos os Santos do ‘Pão por Deus’: As crianças saíam à rua e juntavam-se em pequenos grupos para pedir de porta em porta o ‘Pão por Deus’; nalgumas aldeias chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.

Hoje e amanhã, 1 e 2 de outubro, a Igreja Católica celebra o ciclo dedicado a Todos os Santos e aos Fiéis Defuntos. Pode saber mais sobre estes dois dias especiais, nos quais, certamente, participa, aqui.

O Papa que se vai deslocar ao Cemitério de Verano, em Roma, para presidir à Missa na comemoração de todos os fiéis defuntos, este domingo, já tinha recordado que a liturgia católica ia comemorar o dia de finados, na quarta-feira, na audiência pública semanal:

“A oração pelos nossos entes queridos lembra-nos que a nossa pátria está nos céus. Que os esforços para obter os bens temporais, necessários na vida terrena, brotem sempre do amor e da fidelidade à verdade do Evangelho, que não passam porque têm a sua fonte no próprio Deus” – Leão XIV

O Jubileu do Mundo Educativo, do Ano Santo da esperança 2025, continua no Vaticano, onde está uma numerosa delegação portuguesa. O Papa defendeu a importância de valorizar o papel dos professores e educadores, falando numa missão de “amor” que constrói a sociedade, nesta sexta-feira de sol no Vaticano.

‘Precisamos de ti’ - a Igreja Católica em Portugal vai celebrar a Semana de Oração pelos Seminários 2025, a partir deste domingo, de 2 a 9 de novembro. Pode continuar a acompanhar as várias iniciativas e mensagens, no site da Ecclesia, temos um marcador próprio para o ‘clero, seminários’ e vocações.

A celebração da Solenidade de Todos os Santos, e o projeto Caminhos de Santidade, do Patriarcado de Lisboa nas redes sociais, está no centro da conversa com o padre Ricardo Figueiredo, no Programa ECCLESIA, deste sábado, na Antena 1, da rádio pública.

Vamos estar em permanência, este fim de semana, como sempre, em www.agencia.ecclesia.pt. Passe na agenda, há um mês novo para descobrir e várias iniciativas, quase, todos os dias.

Amanhã, domingo, estamos também na Antena 1, temos a entrevista conjunta ECCLESIA/Renascença, e na RTP2, com o programa ‘70X7’, sobre ‘A Perda e o Luto’, às 17h30.

Votos de um sábado bom, e santo!
Cumprimentos,
Carlos Borges

 

 


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Vem para a Catequese






Santos e Fiéis Defuntos. Património Espiritual?

A celebração das Festas de Todos os Santos e dos Fiéis Defuntos são um património espiritual universal, jubilar, de graças espirituais. No credo é «comunhão dos santos». Se há patrimónios da humanidade naturais e humanas, materiais e imateriais, porque não estas festas litúrgicas como património espiritual? Na realidade, são património espiritual. As ciências tendem a fragmentar a realidade para melhor controlar a realidade. Cada pessoa, porém, é uma unidade de várias dimensões tecidas pelo amor de Deus. A Organização Mundial de Saúde considera a vida pessoal um todo de diversas dimensões em harmonia relacional: bem-estar biopsicossocial e espiritual que precisa de cuidados amorosos. Já Platão tinha imaginado uma ponte ou fenda aberta entre a caverna do sistema em que o homem está imerso, mas em relação com o sistema das realidades espirituais a vislumbrar sombras e imagens de seres espirituais do sistema transcendental.

S. Paulo exprime essa visão imperfeita: «Agora, vemos por espelho, em enigma, mas, então, veremos face a face; agora conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido» (1 Cor, 13,12). Numa palavra, o que está para além da fronteira do material é intuído como transcendental (além-matéria) e indizível na sua inteireza pelos humanos no sistema terreno. Humanos com uma dimensão espiritual.

A Liturgia das festas de Todos os Santos e dos Fiéis Defuntos apoiada nos textos bíblicos e litúrgicos, e na tradição cristã, vai além da realidade do património dos cemitérios e dos seus belos jazigos cheios de sentido artístico e de fé. Aqui estamos ao nível espiritual. Os Santos, celebrados como pessoas já glorificadas na vida do seu todo espiritual, corpo e alma, viveram no tempo e agora na eternidade. A realidade dos santos, qui ou no Céu, pode considerar-se um património, um tesouro espiritual de toda a humanidade. De toda a humanidade? Sim, porque a humanidade inclui a todos, ninguém fica de fora. Olhemos os santos mártires. Jesus diz que «se o grão de trigo não morrer ficará só, mas se morrer dará muito fruto»; e Tertuliano dizia: “são sementes” de outros santos, porque: os santos «bem-aventurados continuam a cumprir com alegria e amor a vontade de Deus, em relação aos outros homens e a toda a Criação» (cf. Catecismo da Igreja Católica, CIC, 1029). Os que morrem precisam de oração.

O pecado «deixa a sua marca», traz consigo consequências: exteriores, como consequências do mal cometido, e interiores, pois «todo o pecado, mesmo venial, traz consigo um apego desordenado às criaturas, o qual precisa de ser purificado, nesta vida ou depois da morte, no estado que se chama Purgatório» (cf. CIC 1472), lembra o Papa Francisco na Bula do Jubileu, Spes non confundit, Snc, nº18. «Assim, na nossa débil humanidade atraída pelo mal, permanecem “efeitos residuais do pecado”. São tirados pela indulgência, sempre por graça de Cristo, o Qual, como escreveu São Paulo VI, é a nossa indulgência». [Carta ad Apostolorum Limina, 23.05.1974, II; e Snc,19).

Este Património como “Comunhão dos Santos” traduz-se em circulação de graça, vida espiritual, amor entre todos os homens, santos e pecadores, de ontem e hoje; do presente e da eternidade. Na tradição cristã é «tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos» (Paulo VI, Const. Apost. 1 jan.1967, 7). Abrange também os Fiéis Defuntos falecidos na comunhão dos santos, perdoados das culpas de pecados cometidos de que se arrependeram e confessaram, mas ainda sujeitos a penas de reparação ou purificação de sequelas desses pecados. O perdão, pelos méritos da morte de Cristo, pode deixar danos a reparar e purificar no Purgatório. «O juízo diz respeito à salvação na qual esperamos e que Jesus nos obteve com a sua morte e ressurreição. (…) «O mesmo [mal] precisa de ser purificado, para nos permitir a passagem definitiva ao amor de Deus. Compreende-se, neste sentido, a necessidade de rezar por aqueles que concluíram o caminho terreno: uma solidariedade na intercessão orante que encontra a sua eficácia na comunhão dos santos, no vínculo comum que nos une em Cristo, primogénito da criação. Assim, a Indulgência Jubilar, em virtude da oração, destina-se de modo particular a todos aqueles que nos precederam, para que obtenham plena misericórdia (cf. Snc, 22).

As orações e a Missa abrevia perdoa as penas dos falecidos. Alguns fiéis mandam celebrá-las pelos seus familiares em «restituição» de danos que não chegaram a reparar. Cristo e os santos já na glória e os que vivem na terra como moradas do Espírito Santo dão, assim, esperança de purificação aos Fiéis Defuntos para entrarem na glória do amor infinito de Deus.

Pe. Aires Gameiro


Cuidar do futuro e do passado

Bom dia,

Abrimos esta sexta-feira com o convite do Papa Leão XIV a olhar o futuro com coragem e esperança. No Vaticano, perante milhares de jovens reunidos no Jubileu do Mundo Educativo, o pontífice recordou os seus tempos de professor e desafiou a nova geração a tornar-se protagonista de uma “nova era educativa”, marcada pela verdade e pela paz. Inspirando-se nas figuras de São Pier Giorgio Frassati e São Carlo Acutis, Leão XIV pediu aos jovens para viverem a fé e o conhecimento como instrumentos de transformação social e espiritual.

A delegação da Conferência Episcopal Portuguesa participa nestes dias no encontro, que decorre até sábado, com uma “atitude de escuta e partilha de experiências vindas de outras latitudes”. Hoje, o Papa reúne-se com os educadores que participam no Jubileu

Leia o artigo completo Vaticano: Papa lembrou tempo como professor para responder a desafios de alunos no Jubileu do Mundo Educativo

No Lavradio, Diocese de Setúbal, 19 jovens uniram-se para restaurar a capela do cemitério local. Dois dias de trabalho voluntário — de limpeza e pintura — transformaram o espaço num sinal de fé e cuidado comunitário.

“Fez-nos sentido cuidar da casa do Senhor, para que quem vá lá sinta que é um local sagrado, acolhedor e de paz”, explicaram Anderson e Clara, coordenadores do grupo.
“Os jovens são parte ativa da comunidade, hoje e no futuro”, destacou o pároco, padre João Paulo Duarte.

A ação decorreu em vésperas do Dia de Todos os Santos e dos Fiéis Defuntos, lembrando que a fé também se traduz em gestos concretos de cuidado pelo lugar e pela memória.

Veja as imagens e leia o artigo completo: Fiéis Defuntos: Jovens da Paróquia do Lavradio restauram capela do cemitério

É uma comunidade no interior de um bairro lisboeta que se tornou referência de fé e solidariedade. A Igreja de Santa Beatriz da Silva, em Chelas, celebra este sábado o seu 20.º aniversário e o programa ECCLESIA conversa hoje com o pároco local, numa emissão que pode seguir a partir das 15h00, na RTP2.

Despeço-me com votos de boas notícias, sempre,

Octávio Carmo

 

 


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