Relatório 2013 da Cáritas destaca aumento de voluntários e doações
Roma, 30 de Setembro de 2014 (Zenit.org)
A Cáritas espanhola estendeu a mão para mais de 2 milhões de
pessoas em situação de exclusão social na Espanha e para outros 2
milhões em países do hemisfério sul. Para conseguir oferecer essas
ajudas, o conjunto das 70 Cáritas diocesanas de todo o país investiu
291,3 milhões de euros, graças à participação de 78.017 voluntários e
4.171 trabalhadores remunerados que desenvolvem as suas actividades
através de 7.194 centros e serviços.
Estes são os dados divulgados nesta segunda-feira em Madrid durante
um encontro informativo em que foi apresentada a Memória 2013 da
Cáritas. Participaram dom Atilano Rodríguez, bispo de
Sigüenza-Guadalajara e responsável pela Cáritas na Comissão Episcopal de
Pastoral Social (CEPS), e o presidente e o secretário geral da Cáritas
Espanhola, Rafael del Rio e Sebastián Mora, respectivamente.
Para o presidente da Cáritas, esse relatório anual “oferece um
retrato real e positivo das possibilidades de futuro que, em meio a um
cenário social de dificuldades, conseguimos abrir para que mais de cinco
milhões de pessoas recuperem a sua dignidade”.
A Memória manifesta "o fortalecimento do compromisso solidário de
voluntários e doadores particulares que colaboram com a acção da
Cáritas". Houve incremento de 10% em comparação com o número de pessoas
voluntárias em 2012.
O apoio social ao trabalho da Cáritas foi especialmente valorizado
por Rafael del Rio durante a apresentação da Memória, assegurando que,
“junto com o exemplo de coragem dos destinatários das nossas acções, o
verdadeiro valor dessas páginas também está na generosidade e no
compromisso cada vez maior de voluntários, sócios e doadores para chegar
aos lugares onde ninguém chega e para caminhar lado a lado com os
últimos”.
“Queremos agradecer pelo compromisso social cada vez maior, que nos
impulsiona a continuar avançando na ajuda e na escuta dos mais indefesos
e na defesa dos seus direitos", completou.
Por sua vez, Sebastián Mora destacou "o aumento dos recursos
destinados no ano passado a programas estratégicos dentro da resposta da
Cáritas ao impacto da precariedade nas pessoas em situação de maior
exclusão social, como é o caso de âmbitos como emprego, acolhimento e
moradia".
As acções da Cáritas Espanha também ampliaram o compromisso fora das
fronteiras espanholas com as vítimas de graves condições de pobreza ou
de situações de emergência em mais de 40 países, nos quais, mediante o
apoio e o acompanhamento às respectivas Cáritas nacionais, o braço
espanhol investiu mais de 28 milhões de euros em 2013.
O secretário geral da Cáritas lançou um convite ao conjunto da
sociedade para “criarmos juntos uma nova realidade". Sebastián Mora
incidiu na urgência de articular sinergias sociais que permitam reverter
o actual modelo de "descarte" de pessoas, denunciado pelo papa
Francisco. Um objectivo que se baseia no marco de identidade da Cáritas
de "estar presentes onde ninguém chega, de aprender dos últimos, de
criar oportunidades para que os mais vulneráveis recuperem a sua
dignidade e de nos responsabilizarmos todos por todos".
Essa acção do conjunto da sociedade tem que abranger também os
direitos sociais, disse Sebastián Mora: é preciso "denunciar as causas económicas da desigualdade, optar por uma sociedade onde saúde, protecção
social, educação e moradia sejam garantidas para todos e abrir os
nossos espaços de convivência para a participação dos empobrecidos".
Quanto à cooperação internacional, a proposta da Cáritas passa por
"agir nas regiões e comunidades mais esquecidas do mundo, de aprender da
sabedoria dos países do hemisfério sul para formar uma só família
humana que trabalhe pela paz, pela reconciliação e pela democracia; e de
nos solidarizarmos com as vítimas das emergências, da fome ou das
migrações".
(30 de Setembro de 2014) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário