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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Mais de 5 milhões de pessoas atendidas pela Cáritas espanhola

Relatório 2013 da Cáritas destaca aumento de voluntários e doações


Roma, 30 de Setembro de 2014 (Zenit.org)


A Cáritas espanhola estendeu a mão para mais de 2 milhões de pessoas em situação de exclusão social na Espanha e para outros 2 milhões em países do hemisfério sul. Para conseguir oferecer essas ajudas, o conjunto das 70 Cáritas diocesanas de todo o país investiu 291,3 milhões de euros, graças à participação de 78.017 voluntários e 4.171 trabalhadores remunerados que desenvolvem as suas actividades através de 7.194 centros e serviços.

Estes são os dados divulgados nesta segunda-feira em Madrid durante um encontro informativo em que foi apresentada a Memória 2013 da Cáritas. Participaram dom Atilano Rodríguez, bispo de Sigüenza-Guadalajara e responsável pela Cáritas na Comissão Episcopal de Pastoral Social (CEPS), e o presidente e o secretário geral da Cáritas Espanhola, Rafael del Rio e Sebastián Mora, respectivamente.

Para o presidente da Cáritas, esse relatório anual “oferece um retrato real e positivo das possibilidades de futuro que, em meio a um cenário social de dificuldades, conseguimos abrir para que mais de cinco milhões de pessoas recuperem a sua dignidade”.

A Memória manifesta "o fortalecimento do compromisso solidário de voluntários e doadores particulares que colaboram com a acção da Cáritas". Houve incremento de 10% em comparação com o número de pessoas voluntárias em 2012.

O apoio social ao trabalho da Cáritas foi especialmente valorizado por Rafael del Rio durante a apresentação da Memória, assegurando que, “junto com o exemplo de coragem dos destinatários das nossas acções, o verdadeiro valor dessas páginas também está na generosidade e no compromisso cada vez maior de voluntários, sócios e doadores para chegar aos lugares onde ninguém chega e para caminhar lado a lado com os últimos”.

“Queremos agradecer pelo compromisso social cada vez maior, que nos impulsiona a continuar avançando na ajuda e na escuta dos mais indefesos e na defesa dos seus direitos", completou.

Por sua vez, Sebastián Mora destacou "o aumento dos recursos destinados no ano passado a programas estratégicos dentro da resposta da Cáritas ao impacto da precariedade nas pessoas em situação de maior exclusão social, como é o caso de âmbitos como emprego, acolhimento e moradia".

As acções da Cáritas Espanha também ampliaram o compromisso fora das fronteiras espanholas com as vítimas de graves condições de pobreza ou de situações de emergência em mais de 40 países, nos quais, mediante o apoio e o acompanhamento às respectivas Cáritas nacionais, o braço espanhol investiu mais de 28 milhões de euros em 2013.

O secretário geral da Cáritas lançou um convite ao conjunto da sociedade para “criarmos juntos uma nova realidade". Sebastián Mora incidiu na urgência de articular sinergias sociais que permitam reverter o actual modelo de "descarte" de pessoas, denunciado pelo papa Francisco. Um objectivo que se baseia no marco de identidade da Cáritas de "estar presentes onde ninguém chega, de aprender dos últimos, de criar oportunidades para que os mais vulneráveis recuperem a sua dignidade e de nos responsabilizarmos todos por todos".

Essa acção do conjunto da sociedade tem que abranger também os direitos sociais, disse Sebastián Mora: é preciso "denunciar as causas económicas da desigualdade, optar por uma sociedade onde saúde, protecção social, educação e moradia sejam garantidas para todos e abrir os nossos espaços de convivência para a participação dos empobrecidos".

Quanto à cooperação internacional, a proposta da Cáritas passa por "agir nas regiões e comunidades mais esquecidas do mundo, de aprender da sabedoria dos países do hemisfério sul para formar uma só família humana que trabalhe pela paz, pela reconciliação e pela democracia; e de nos solidarizarmos com as vítimas das emergências, da fome ou das migrações".

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