A história de conversão de Whitney Belprez
| Whitney
Belprez na sua fazenda de gado leiteiro... Ao deixar de usar a pílula anti-conceptiva assegura que se re-enamorou do seu corpo natural |
Actualizado 9 de Setembro de 2014
P.J.G/ReL
A história de Whitney Belprez é a de uma agnóstica que se sentiu atraída pela Igreja, que ignorou muitas das suas regras porque ninguém as explicou bem e porque ao amadurecer a sua vocação familiar chegou a uma conclusão: que Deus a animava a “confiar e obedecer” seguindo os seus caminhos.
Uma família sem fé, juventude agnóstica
Whitney nasceu numa família vagamente protestante, nos Estados Unidos, que a baptizou e levou à igreja só em menina. Quando chegou ao instituto e à universidade era agnóstica e descrevia-se como tal, ainda que intuía vagamente que "algo deve haver". A maioria dos seus amigos viviam em famílias pouco ou nada religiosas.
Whitney comenta com humor que, por alguma razão, os rapazes com os quais saía, procurando namorado, sempre terminavam sendo católicos de ancestrais quebequenses.
"Que bom, apoio para os pés!"
Uma vez acompanhou um deles e a sua família à missa. Via pela primeira vez uma paróquia católica. Aquela família desprendeu os reclinatórios do banco e ela, que não sabia o que eram, disse: “que bom, tem apoios para os pés!“
Deu-se conta que nas igrejas católicas sentia algo que não notava em outros sítios, nem em templos protestantes.
“Recordo sentir calor, conforto, paz, uma calma que me cobria, sentada em silêncio. Adorava o tremor das velas e as imagens de Maria suavemente iluminadas”.
Uma família de convicção admirável
Finalmente encontrou um namorado firme, também católico, e admirou a fé forte da sua família e os seus princípios morais, que iam frequentemente contracorrente. Ela não partilhava esses princípios, mas sim a sua forma coerente de vivê-los.
No instituto, e logo na universidade, escolheu algumas disciplinas optativas sobre religião comparada e estudos religiosos, e o tema a cativou.
Inclusive como agnóstica, sempre tinha sabido que devia haver “algo mais”. Descobriu um mundo de espiritualidade que tinha ignorado toda a sua vida. E começou a mudar a sua vida.
Começou a rezar, a ler a Bíblia, descobriu e leu o Catecismo da Igreja. Nem tudo a convencia, muitas coisas não as entendia, mas sentia que Deus a chamava.
Tomou a decisão de acompanhar o seu namorado à missa, orar e ler a Bíblia, mas sem entrar “oficialmente na Igreja”.
Mas, sem que ninguém a pressionasse – “estava muito agradecida, e continuo estando-o, porque ninguém no meu ambiente católico me sobrecarregasse com pressões”- um dia levantou-se convencida de que Deus a convidava a ser católica. “Sabia-o como hoje sei que amo a minha filha”, detalha.
Pouca formação na paróquia
Inscreveu-se no curso de iniciação cristã para adultos, comum nas paróquias dos EUA. Na sua paróquia neste curso orava-se muito, mas não lhe davam boas respostas às suas perguntas morais (contracepção, aborto, homossexualidade, ordenação de mulheres), e tampouco às teológicas (céu, inferno, graça, salvação, sacramentos… Na verdade tinha que confessar-se com um padre?). Ela aferrava-se ao Catecismo: inclusive sem aceitar tudo o que nele lia, agradecia a sua orientação clara.
Espiritualmente, sabia que Cristo a chamava na Eucaristia. Necessitava comungar, sentia-o com força.
Na Vigília Pascal de 2008 foi recebida como católica na diocese de Gran Rapid, Michigan. Estava encantada… Mas não muito formada em temas de vida e moral cristã.
Católica, mas desobediente
Sabia o que não deve fazer um católico, mas não porquê. E o seu namorado católico tampouco o sabia.
Assim que poucos meses depois de entrar na Igreja foram viver juntos, sem casar-se, para tristeza da família católica dele.
“Ainda que o meu amor e fascinação pela Igreja tenham crescido, não me importava nem acatava o seu ensinamento sobre o sexo pré-marital ou a anti-concepção”, recorda.
O tempo de coabitação e sexo pré-marital durou menos de um ano. Logo se casaram. No curso matrimonial (um só dia de retiro diocesano) ninguém lhes falou de sexo nem regulação natural da fertilidade, e constataram que a maioria dos casais já coabitavam mas nunca tinham falado do número de filhos que teriam, como os educariam, como se organizariam… O sexo parecia distrair muito da comunicação.
Economicamente iam “justos”, não queriam um menino, e ela, de facto, usava os anticoncepcionais… Até que o médico constatou que a anticoncepção hormonal tantos anos estava por detrás das hemorragias e problemas uterinos e de ovários de Whitney.
Deixaram a pílula por esse motivo de saúde, mas ao seu corpo custou muitos meses a adoptar um ciclo estável e regular. E de facto eles não sabiam nada de regulação natural da fertilidade. Fizeram-no quando o ciclo se estabilizou…
“Enamorei-me do corpo que Deus tinha criado para mim”, disse. Enamorou-se do seu corpo, com a sua fertilidade, com o seu chamado à maternidade.
“A minha auto-estima crescia, porque Deus silenciosa e pacientemente me conduzia”. E sentiu o chamado a deixar-se ir, a ter um filho, inclusive com uma economia ajustada, a “ser necessidade para o mundo para crescer em santidade aos olhos do Senhor”.
Um parto em casa
Nesta nova relação com o seu corpo, quis dar à luz com uma parteira na sala de jantar da sua casa (“com as minhas duas melhores amigas rezando o Rosário pela nossa família”). A menina, a pequena Cecília, era “o dom mais formoso”.
Entendeu que Deus tinha conduzido os seus passos até ali.
“Na minha viagem pessoal, há duas lições que Ele continuamente me ensina através da sua Igreja: confia e obedece, porque Ele é Deus, não tu. Agora sou muito feliz porque Ele oferece a autêntica felicidade se escutamos a sua sabedoria e a da sua Igreja. Seguir o caminho da Cruz não é fácil nem cómodo, mas o Criador Eterno sempre sabe o que é melhor para nós: amor radical, confiança, obediência a Deus Vivente que é Uno”, concluí o seu testemunho em www.whyimcatholic.com
Nesta nova relação com o seu corpo, quis dar à luz com uma parteira na sala de jantar da sua casa (“com as minhas duas melhores amigas rezando o Rosário pela nossa família”). A menina, a pequena Cecília, era “o dom mais formoso”.
Entendeu que Deus tinha conduzido os seus passos até ali.
“Na minha viagem pessoal, há duas lições que Ele continuamente me ensina através da sua Igreja: confia e obedece, porque Ele é Deus, não tu. Agora sou muito feliz porque Ele oferece a autêntica felicidade se escutamos a sua sabedoria e a da sua Igreja. Seguir o caminho da Cruz não é fácil nem cómodo, mas o Criador Eterno sempre sabe o que é melhor para nós: amor radical, confiança, obediência a Deus Vivente que é Uno”, concluí o seu testemunho em www.whyimcatholic.com
in
Sem comentários:
Enviar um comentário