Patriarca greco-melquita pede um plano realista e concreto para a paz
Roma, 20 de Março de 2015 (Zenit.org)
Um primaz da Igreja Católica Oriental está rejeitando a
ideia de que o sofrimento infligido pelos jihadistas à comunidade cristã
e a outros grupos do Oriente Médio possa justificar a intervenção
militar.
De acordo com a Agência Fides, o patriarca greco-melquita católico
Gregório III Laham declarou: "Não é adequado invocar intervenções
militares externas para defender os cristãos na Síria e no Oriente
Médio. Somos um país soberano com um governo legítimo, que é responsável
por proteger os seus cidadãos".
"Se realmente queremos dar fim à tragédia do povo sírio", ressaltou o
patriarca, "só há um caminho: acabar com as guerras, com as armas, com o
dinheiro e com os estratagemas que estão sendo usados para atacar a
Síria".
Nesta última segunda-feira, Gregório III presidiu uma vigília de
oração pela paz na Catedral da Assunção de Maria, em Damasco. Estiveram
presentes representantes e delegações de todas as comunidades católicas e
ortodoxas.
"Nós compartilhamos cantos e orações de penitência e de paz",
comentou ele, destacando que "os cristãos são os verdadeiros promotores
da paz na Síria".
Sua Beatitude observou ainda que a maneira de promover a paz, para a
Igreja, é a oração e o apoio a todos os que podem ajudar a parar o fluxo
de armas no Oriente Médio.
"Em 7 de Setembro de 2013", recordou o patriarca, “o papa Francisco
chamou o mundo para a grande oração pela paz. Em dias recentes, enquanto
estávamos orando, espalhou-se a notícia de que os países ocidentais vão
retomar as negociações com Assad. Os grupos que aterrorizam o nosso
povo não teriam tido tanta força sem ajuda e armas recebidas de outros
países e grupos de poder”.
Por esta razão, o primaz lança um apelo ao papa Francisco e a todas
as Igrejas e comunidades cristãs para que "os 2 bilhões de cristãos do
mundo promovam um plano concreto e realista para pedir às forças opostas
que deixem de lado os seus cálculos de poder e as causas que alimentam a
guerra. Só assim é que o sofrimento do nosso povo poderá acabar",
enfatizou o patriarca greco-melquita.
(20 de Março de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário