O Comité Permanente da Conferência Episcopal Espanhola emitiu um documento para enfatizar a importância da protecção social dos nascituros
Roma, 03 de Outubro de 2014 (Zenit.org)
A questão dos princípios não negociáveis retorna com força
na Espanha, onde semana passada, o governo decidiu retirar o projecto de
lei que teria mudado no sentido mais restritivo a lei sobre o aborto
promulgada pelo ex-primeiro-ministro Zapatero, porque não tinha - como
disse o presidente Mariano Rajoy - "um consenso suficiente".
O Comité Permanente da Conferência Episcopal Espanhola 'interveio
ontem, no final do seu encontro realizado em Madrid, emitindo um
documento com o título "O direito à vida humana não é negociável". Os
bispos ibéricos salientam que "a vida humana é sagrada e inviolável e
deve ser protegida desde a concepção até a morte natural", já que "a
própria ciência prova que desde a concepção existe um novo ser humano,
único e irrepetível, que se distingue de seus pais".
A tutela do nascituro é um dos pilares da sociedade, porque "não se
pode construir – lê-se no comunicado - uma sociedade democrática, livre,
justa e pacífica, se não vem defendido e respeitado os direitos de
todos os seres humanos, na sua dignidade inalienável, em particular o
direito à vida, prioridade entre todos os outros”. Portanto, "proteger a
vida humana" é de fato "responsabilidade de todos", mas especialmente
"dos governos”. A Espanha é considerada "uma triste exceção", já que
considera "o aborto como um direito".
Os prelados espanhóis especificam que a batalha pela vida não é uma
mera questão de princípio. Conscientes do fato de que "a vida humana não
está livre de dificuldades", recordam que "a Igreja conhece os
sofrimentos e as carências de muitas pessoas, à quais dirige a sua
ajuda, em todo o mundo, no exercício da caridade". No mais, são "muitos
voluntários e organizações de apoio à vida e à promoção da mulher e de
solidariedade para com os mais necessitados", que desejam "estender a
civilização do amor e a cultura da vida" àqueles que "vivem nas
periferias sociais e existenciais”.
O apelo dos bispos ibéricos é dirigido às instituições, a fim que
actuem com "um esforço mais generoso na implementação de políticas
eficazes de apoio às mulheres grávidas e às famílias". “As mulheres que
enfrentam o dilema de uma gravidez não desejada devem ser acompanhadas
para não optarem pela morte, mas pelo caminho da vida, que é a maior
realização da verdadeira liberdade e do progresso humano."
(03 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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