Exéquias vão decorrer na sexta-feira, às 16h00, na Sé de Lisboa, sendo depois sepultado no Panteão dos Patriarcas, em São Vicente de Fora
"O
patriarca emérito encontrava-se em retiro em Fátima quando por uma indisposição
foi levado para o Hospital do SAMS, onde veio a falecer vítima de um aneurisma
na aorta", refere uma nota oficial do patriarcado.
As
exéquias do cardeal, presididas pelo patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente,
vão ser celebradas na sexta-feira, dia 14, às 16 horas na Sé Patriarcal,
seguindo depois o corpo para o Panteão dos Patriarcas, em São Vicente de Fora.
D.
José Policarpo tinha apresentado a sua renúncia ao cargo em 2011, por limite de
idade, resignação aceite por Bento XVI e confirmada pelo Papa Francisco, que a
18 de Maio de 2013 nomeou como novo patriarca de Lisboa o até então bispo do
Porto, D. Manuel Clemente.
O
16.º patriarca de Lisboa assumiu esta missão a 24 de Março de 1998, após a
morte de D. António Ribeiro, de quem era coadjutor desde Março de 1997.
D.
José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de Fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas
da Rainha, território do Distrito de Leiria e do Patriarcado de Lisboa.
Padre
desde 15 de Agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 (auxiliar de Lisboa),
criado cardeal por João Paulo II em 2001 e participou em dois Conclaves: no de Abril de 2005 que elegeu Bento XVI, e no de Março deste ano, que acabou com a
escolha do Papa Francisco.
O
patriarca emérito era licenciado em Teologia Dogmática, em 1968, pela
Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, com a tese ‘Teologia das Religiões
não cristãs’; posteriormente, defendeu na mesma instituição académica uma tese
subordinada ao título "Sinais dos Tempos".
Docente
da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa desde 1970, na
categoria de professor auxiliar (1971), de professor extraordinário (1977) e de
professor ordinário (1986), D. José Policarpo foi director da Faculdade de
Teologia da Universidade Católica Portuguesa (1974/1980; 1985/1988), antes de
ser nomeado reitor da Universidade Católica Portuguesa para o quadriénio de
1988/1992, por Decreto da Santa Sé, tendo sido reconduzido nessa função por um
segundo quadriénio (1992/1996).
Após
a sua nomeação como patriarca de Lisboa, assumiu o título de magno chanceler da
Universidade Católica.
[[v,d,3471,]] D.
José Policarpo foi eleito presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)
em Abril de 1999 e reeleito em 2002 para um novo triénio; voltaria a ocupar o
cargo após uma terceira eleição, em maio de 2011.
No
Vaticano, o patriarca emérito foi membro do Conselho Pontifício da Cultura e
desempenhou essas funções na Congregação de Educação Cristã e no Conselho
Pontifício para os Leigos.
Enquanto
líder da Diocese de Lisboa, D. José Policarpo apostou na nova evangelização,
tendo mesmo dinamizado um congresso internacional (ICNE) com várias outras
cidades europeias (Viena, Paris, Bruxelas e Budapeste) que passou pela capital
portuguesa em 2005, e na implementação das orientações do Concílio Vaticano II.
Lisboa
acolheu também o Encontro Europeu de Jovens promovido pela comunidade ecuménica
de Taizé, entre os dias 28 de Dezembro de 2004 e 1 de Janeiro de 2005, reunindo
dezenas de milhares de jovens de diferentes nacionalidades e confissões
cristãs.
A
preocupação com a “indiferença” da sociedade face a Deus e os apelos ao diálogo
perante o actual momento de crise sócio-económica em Portugal marcaram os últimos
anos à frente da CEP e do Patriarcado de Lisboa.
Desde
1997, como arcebispo coadjutor e depois como cardeal-patriarca, D. José Policarpo
ordenou 92 novos padres para a Igreja, em celebrações de âmbito diocesano.
PR/OC
in
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