Milhares de namorados se reunirão com o papa Francisco na festa de São Valentim
Roma, 17 de Janeiro de 2014 (Zenit.org) Carlo Climati
Tempos difíceis para os jovens! No terceiro milénio, eles vivem uma época em que a família sofre um ataque sem precedentes.
Ouve-se falar cada vez mais de divórcios-relâmpago, de uniões
civis, de coabitação, de casamentos temporários... Felizmente, nem tudo é
apenas isso. Para muitos jovens, vem chegando um evento importante: o
encontro do papa Francisco com os namorados, no dia 14 de Fevereiro,
festa de São Valentim, na Sala Paulo VI do Vaticano. Grande parte dos
países celebra nessa data o dia dos namorados, equivalente ao 12 de Junho no Brasil.
O encontro, organizado pelo Conselho Pontifício para a Família, terá
um belo tema: "A alegria do sim para sempre", alegria que, nos últimos
anos, parece ameaçada por uma triste não-cultura da impermanência e do
não-compromisso.
Até as palavras "namorado" e "namorada" estão ameaçadas de extinção.
Hoje se diz, simplesmente, que "estamos juntos". É verdade que duas
pessoas que se amam “estão juntas”. Mas a expressão esconde um engano:
ela exclui a perspectiva de futuro. É uma expressão fria, anónima,
insignificante, que resume a falta de planeamento de certas relações de
hoje.
Nos últimos anos, difundiu-se a “moda” de coabitar, que raramente
leva os jovens até o casamento. O casal vaga durante anos num limbo sem
rumo, recusando-se a assumir e formalizar a própria responsabilidade. Há
pessoas que dizem: "Estamos bem assim, não precisamos de casamento. O
importante é o amor".
Por trás de afirmações como esta, esconde-se, muitas vezes, uma
amargura profunda, mascarada pela mentira do "estamos bem". Em muitos
casos, nas uniões “de facto”, há uma pessoa que gostaria de se casar e
outra que nem quer ouvir falar em casamento. A pessoa que quer se casar
sofre com esta situação passivamente, por hábito ou por medo de acabar
sozinha. E o “amor” se transforma em chantagem, em ditadura esquálida.
O amor verdadeiro é outra coisa. Amar significa, sem nenhuma dúvida, comprometer-se.
Significa também, e acima de tudo, ser capaz de ver o outro como um
ser humano, não como um objecto a ser usado e jogado fora quando não
servir mais.
O desejo de amar e ser amado nasce frequentemente para preencher um
vazio ou para satisfazer as próprias necessidades. Mas depois, na hora
do comprometimento, do sacrifício pessoal, começam os problemas. Há uma
tendência a fugir, a não assumir a responsabilidade.
No encontro com os jovens da Umbria, em 4 de Outubro de 2013, o papa
Francisco disse: "O que é o casamento? É uma verdadeira vocação, como o
sacerdócio e a vida religiosa. Dois cristãos que se casam reconhecem na
sua história de amor o chamado de Deus, a vocação para formar, a partir
de dois, o masculino e o feminino, uma só carne, uma só vida. E o
sacramento do matrimónio envolve esse amor com a graça de Deus,
enraizada no próprio Deus. Com este presente, com a certeza deste
chamado, pode-se começar com segurança, sem medo de nada, enfrentando
tudo juntos!".
Neste dia de São Valentim, milhares de jovens se reunirão em Roma
para testemunhar a "alegria do sim para sempre", que está enraizada no
coração de cada um deles.
(17 de Janeiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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