A incrível vida da irmã Pauline foi levada ao cinema
A irmã Pauline com o cão que a acompanha por todo o lado |
Actualizado 6 de Janeiro de 2014
Diario Popular / ReL
A monja Pauline Quinn esteve na Argentina realizando uma visita de 40 dias à Unidade penitenciária 31 de Ezeiza. Nesta prisão, junto com um grupo de instrutores, ensina as internas a treinar cães que logo serão entregues em comodato a pessoas com incapacidades motrizes.
Segundo publica esta semana a revista Pronto, a história da irmã Quinn começou em 1981 quando iniciou este programa que começou a implementar-se na Argentina há já dois anos. A experiência Dog Prison Program reproduz-se hoje em mais de 300 cadeias nos EUA. Só no estado de Ohio há 33 funcionando.
Diario Popular / ReL
A monja Pauline Quinn esteve na Argentina realizando uma visita de 40 dias à Unidade penitenciária 31 de Ezeiza. Nesta prisão, junto com um grupo de instrutores, ensina as internas a treinar cães que logo serão entregues em comodato a pessoas com incapacidades motrizes.
Segundo publica esta semana a revista Pronto, a história da irmã Quinn começou em 1981 quando iniciou este programa que começou a implementar-se na Argentina há já dois anos. A experiência Dog Prison Program reproduz-se hoje em mais de 300 cadeias nos EUA. Só no estado de Ohio há 33 funcionando.
Infância traumática
Cathy (assim se chamava Pauline) nasceu em Santa Mónica, Califórnia, no seio de uma família disfuncional. O seu pai abandonou o lar quando ela era um bebé e a sua mãe, que sofria problemas com a bebida, voltou a casar-se.
O seu padrasto submeteu-a a maltrato físico e verbal. Aos 12 fugiu de casa pela primeira vez. "Sabiam manter as aparências muito bem. Ninguém se dava conta do que passava em casa. Para as pessoas, a conflituante era eu", relatou a irmã Pauline à revista argentina Pronto.
Violada por um polícia, deu a sua filha em adopção
"Passava de um instituto para outro. Fui torturada, traumatizada e abusada", explica. Segundo a publicação da revista Pronto, aos 16 voltou a viver na rua e então sofreu a sua experiência mais terrível: o polícia a cargo do quarteirão onde ela vivia violou-a. Ela ficou grávida, teve uma menina, e incapaz de tomar conta dela, deu-a em adopção.
Recorda a irmã Pauline: "Nesse momento, a minha auto-estima desapareceu por completo. Tornei-me sumamente vulnerável. Quase não falava com ninguém. De facto, as pessoas evitavam-me. Aferrei-me a um só desejo: queria ter um cão".
Ofereceram-lhe Joni, um pastor alemão
Um vizinho do quarteirão compadeceu-se dela e ofereceu-lhe Joni, uma cachorra de pastor alemão. Joni tornou-se uma amiga leal que lhe respondia incondicionalmente. Foi o princípio do milagre: as pessoas que antes a evitavam começaram a falar-lhe, perguntavam-lhe por Joni, ofereciam-lhe alimento para a cadela e roupa para ela.
Cathy pode começar a reconstruir a sua auto-estima e foi perdendo o temor permanente que sentia. Hoje diz que nunca chegou a perder a fé em Deus e que quando passava os seus piores momentos prometia ajudar os outros se conseguisse seguir em frente. Vinha de uma família de mórmons, mas encontrou o auxílio que necessitava nas monjas dominicanas. Aos 35 anos ingressou na ordem e converteu-se em "irmã Pauline".
Cathy (assim se chamava Pauline) nasceu em Santa Mónica, Califórnia, no seio de uma família disfuncional. O seu pai abandonou o lar quando ela era um bebé e a sua mãe, que sofria problemas com a bebida, voltou a casar-se.
O seu padrasto submeteu-a a maltrato físico e verbal. Aos 12 fugiu de casa pela primeira vez. "Sabiam manter as aparências muito bem. Ninguém se dava conta do que passava em casa. Para as pessoas, a conflituante era eu", relatou a irmã Pauline à revista argentina Pronto.
Violada por um polícia, deu a sua filha em adopção
"Passava de um instituto para outro. Fui torturada, traumatizada e abusada", explica. Segundo a publicação da revista Pronto, aos 16 voltou a viver na rua e então sofreu a sua experiência mais terrível: o polícia a cargo do quarteirão onde ela vivia violou-a. Ela ficou grávida, teve uma menina, e incapaz de tomar conta dela, deu-a em adopção.
Recorda a irmã Pauline: "Nesse momento, a minha auto-estima desapareceu por completo. Tornei-me sumamente vulnerável. Quase não falava com ninguém. De facto, as pessoas evitavam-me. Aferrei-me a um só desejo: queria ter um cão".
Ofereceram-lhe Joni, um pastor alemão
Um vizinho do quarteirão compadeceu-se dela e ofereceu-lhe Joni, uma cachorra de pastor alemão. Joni tornou-se uma amiga leal que lhe respondia incondicionalmente. Foi o princípio do milagre: as pessoas que antes a evitavam começaram a falar-lhe, perguntavam-lhe por Joni, ofereciam-lhe alimento para a cadela e roupa para ela.
Cathy pode começar a reconstruir a sua auto-estima e foi perdendo o temor permanente que sentia. Hoje diz que nunca chegou a perder a fé em Deus e que quando passava os seus piores momentos prometia ajudar os outros se conseguisse seguir em frente. Vinha de uma família de mórmons, mas encontrou o auxílio que necessitava nas monjas dominicanas. Aos 35 anos ingressou na ordem e converteu-se em "irmã Pauline".
Desenvolve o Dog Prison Program
Foi então quando começou a desenvolver o seu Dog Prison Program. Na actualidade implementou-se com êxito na quase totalidade das cadeias norte-americanas e nas de outros 30 países. No princípio a religiosa não pensou em trabalhar nas cardeias, mas logo mudou de ideia. "Dei-me conta de que seria bom para os internos fazer este trabalho como terapia ocupacional".
A monja chegou pela primeira vez à Argentina no ano de 2009 para apresentar o seu programa, graças a um contacto que fez com o doutor Juan Enrique Romero, e voltou em 2011 para implementá-lo.
Na sua visita de 2013, Quinn ficou nada menos que 40 dias na Unidade 31 de mulheres de Ezeiza onde ensinou às internas como treinar cães Golden Retriever.
Foi então quando começou a desenvolver o seu Dog Prison Program. Na actualidade implementou-se com êxito na quase totalidade das cadeias norte-americanas e nas de outros 30 países. No princípio a religiosa não pensou em trabalhar nas cardeias, mas logo mudou de ideia. "Dei-me conta de que seria bom para os internos fazer este trabalho como terapia ocupacional".
A monja chegou pela primeira vez à Argentina no ano de 2009 para apresentar o seu programa, graças a um contacto que fez com o doutor Juan Enrique Romero, e voltou em 2011 para implementá-lo.
Na sua visita de 2013, Quinn ficou nada menos que 40 dias na Unidade 31 de mulheres de Ezeiza onde ensinou às internas como treinar cães Golden Retriever.
Muitos internos abrem escolas
"O duplo objectivo deste programa é o de aprender a trabalhar em equipa, a resolver problemas e a trabalhar pelo outro", comenta Quinn, que afirma que não todos mas sim muitos dos internos que saem da prisão depois de participar desta experiência, abrem escolas de adestramento canino.
A história da irmã Pauline é tão impressionante e comovedora que foi levada ao cinema por Hollywood: a película chama-se originalmente Within these walls, e na sua versão espanhola Asas da liberdade. Está protagonizada por Ellen Burstyn e Laura Dern.
"O duplo objectivo deste programa é o de aprender a trabalhar em equipa, a resolver problemas e a trabalhar pelo outro", comenta Quinn, que afirma que não todos mas sim muitos dos internos que saem da prisão depois de participar desta experiência, abrem escolas de adestramento canino.
A história da irmã Pauline é tão impressionante e comovedora que foi levada ao cinema por Hollywood: a película chama-se originalmente Within these walls, e na sua versão espanhola Asas da liberdade. Está protagonizada por Ellen Burstyn e Laura Dern.
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