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terça-feira, 18 de março de 2014

Vaticano: as grandes religiões assinam um acordo contra o tráfico de pessoas

Uma iniciativa à qual se unirão outros líderes, Governos e empresas


Roma, 17 de Março de 2014 (Zenit.org)


A "Global Freedom Network”, um acordo entre representantes das grandes religiões do mundo contra o tráfico de pessoas foi apresentado na manhã de hoje na sala de imprensa do Vaticano.

Intervieram e assinaram o acordo:
  • como representante do Papa Francisco, o chanceler das Pontifícias Academias das Ciências e das Ciências Sociais, Mons. Marcelo Sánchez Sorondo ;
  • em representação do Grande Imã de Al -Azhar, no Egito, o Dr. Mahmoud Azab;
  • Em representação do arcebispo de Canterbury, o reverendo David Moxon John;
  • o fundador da Walk Free Foudation, Andrew Forrrest.
A declaração conjunta comunicada pelos signatários do Global Freedom Network evidenciou a violenta capacidade destrutiva do tráfico de seres humanos em todo o mundo e para o 2020 a erradicação desse comércio. Este foi o objectivo marcado hoje no Vaticano.

Este acordo sem precedentes foi assinado na sala de imprensa do Vaticano e os organizadores convidaram as outras Igrejas cristãs e denominações religiosas do mundo a aderir a esta iniciativa e apoiá-la.

A Global Freedom Network é uma associação aberta e outros líderes espirituais serão convidados, disseram na apresentação.

"A escravidão moderna e o tráfico de seres humanos são um crime contra a humanidade. A exploração física económica e sexual de homens, mulheres e crianças condena a milhões de pessoas à desumanização e à degradação”. Portanto, diz o documento: "A cada dia que continuemos a tolerar esta situação, violamos a nossa humanidade comum e ofendemos a consciência de todos os povos".

Para evitar isso, “no primeiro ano se desenvolverão planos para convidar:
  • todas as religiões para que monitorizem que as suas redes de suprimentos e inversões não incluam as formas de escravidão moderna e para tomar medidas corretas se fosse necessário;
  • também, 50 grandes empresas multinacionais, cujos directores gerais são pessoas de fé e de boa vontade para assegurar que as suas cadeias de suprimentos não incluem as formas de escravidão moderna;
  • 162 governos para apoiar publicamente a criação do Fundo Global para acabar com a escravidão e 30 chefes de estado que o apoiem publicamente antes do final de 2014;
  • o G-20 para condenar a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos e adoptar a iniciativa contra a escravidão e o tráfico de pessoas, bem como apoiar o mencionado Fundo Mundial”.
O cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, presente na plateia foi convidado para dizer algumas palavras. O cardeal disse que este caminho começou com uma experiência de uma jovem no Nepal que estava em um ‘estágio’ e que impressionada por esta experiência convidou seu pai, o fundador da Walk Free Foundation, Andrew Forreste, a propor uma iniciativa neste sentido.

(Trad.TS)

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