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   Bom dia! No dia 28 de
  outubro de 1965 foi publicada a declaração “Nostra Aetate”. Um documento do
  Concílio Vaticano II sobre a relação entre a Igreja Católica e as religiões
  não-cristãs que reprova “toda e qualquer discriminação ou violência praticada
  por motivos de raça ou cor, condição ou religião” e “nada rejeita” do que
  existe de “verdadeiro e santo” noutras religiões. Passos dados há 60 anos,
  agora reafirmados num contexto de maior proximidade entre diferentes
  confissões religiosas, cristãs ou não-cristãs. No programa
  Ecclesia emitido esta segunda-feira, um judeu, um islâmico e um cristão
  dialogaram sobre a atualidade do documento. “Há uma declaração que é extraordinária, que é, finalmente, a
  desculpabilização do povo judeu, de uma forma coletiva, da morte de Jesus,
  isto parece muito simples, mas a relação entre o povo judeu e a Igreja
  Católica, até ao Concílio Vaticano II, até à ‘Nostra Aetate’, era muito
  titubeante” (Isaac Assor, Comunidade Judaica de Lisboa). “Estas declarações deveriam ser estudadas na escola.
  Naturalmente que sou suspeito para falar, porque estas declarações dizem-nos
  muito na qualidade de crentes, mas estou convencido que, sem prejuízo de
  podermos não confessar, não sermos crentes, como documento e pelo simbólico
  que ele tem é extremamente importante” (Khalid Jamal, da Comunidade Islâmica
  de Lisboa). “Sentimos, outra vez, que o mundo está periclitante em termos de
  organização internacional, e de reconhecermos valores e direitos que sejam
  transversais às culturas e às civilizações. E, há que lembrar esse pequeno
  documento, que acabou por ser um documento revolucionário” (Padre Peter
  Stilwell, o diretor do Departamento das Relações Ecuménicas e do Diálogo
  Inter-Religioso do Patriarcado de Lisboa). Os 60 anos da
  declaração “Nostra Aetate” vão ser assinalados no Vaticano, no evento «Caminhando
  juntos na esperança», que vai reunir líderes e representantes do
  judaísmo, islamismo, hinduísmo, jainismo, sikhismo, budismo, zoroastrismo,
  confucionismo, taoísmo, xintoísmo e religiões tradicionais africanas. (Foto EPA/Lusa) Das notícias desta
  segunda-feira, destaque para início do Jubileu
  do Mundo Educativo, no Vaticano, que reuniu os estudantes das
  universidades pontifícias, numa celebração na Basílica de São Pedro,
  presidida pelo Papa Leão XIV. Antes da Missa,
  acompanhado pelo cardeal português D. José Tolentino Mendonça, prefeito do
  Dicastério para a Cultura e a Educação, Leão XIV assinou a carta apostólica
  ‘Desenhar novos mapas de esperança’, para assinalar o aniversário da
  declaração ‘Gravissimum Educationis’, do Concílio Vaticano II, que celebra
  também 60 anos neste dia. A terminar convido a
  acompanhar o programa Ecclesia desta terça-feira, onde conversamos com o novo
  diretor da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, o padre José Pinheiro, da
  Diocese de Setúbal. Votos de uma ótima
  jornada! Paulo Rocha    | 
 
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