No país lusitano acendeu-se um debate depois de uma petição para enviar o texto ao Parlamento
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Pixabay CC0 |
A eutanásia é um assunto que está acendendo o debate em vários países
do mundo. Durante meses, em Portugal, agita-se a hipótese de que possa
ser legalizada esta prática: um movimento denominado “Direito a morrer
com dignidade” recolheu as assinaturas necessárias para começar o debate
no Parlamento.
Rapidamente chegou a resposta do Conselho permanente da Conferência
Episcopal portuguesa, que no dia 14 de Março interveio publicando uma
“Nota Pastoral” intitulada “Eutanásia: o que está em jogo? Contribuições
para um diálogo sereno e humanitário”. Os argumentos levantados foram
confirmados mais tarde pelo comunicado final da Assembleia Plenária,
realizada em Fátima do 5 ao 7 de Abril com a contribuição de alguns
especialistas em direito e medicina.
“Os bispos portugueses reafirmam a sua total rejeição da eutanásia,
que põe fim à vida de uma pessoa, determinando a morte – se lê -. A
Igreja nunca vai parar de defender a vida como um bem absoluto para o
homem, opondo-se a qualquer forma de cultura da morte “. O Presidente
dos bispos portugueses e o patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente,
lamentou que “na tentativa de eliminar do horizonte a dimensão do
sofrimento o valor atribuído aos cuidados paliativos seja considerado
absolutamente secundário”, e recordou que “o direito é inviolável também
do ponto de vista constitucional”.
De acordo com o presidente da Conferência Episcopal, é possível
utilizar “muitos eufemismos”, mas é necessário sublinhar que a
“eutanásia sempre envolve a morte, a interrupção de uma vida, mesmo a
pedido da própria pessoa”.
in
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