Manifestou-se como um grande mediador no diálogo moderno entre o cristianismo e as teologias místicas, afirma Bento XVI.
Horizonte, 03 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“Ele manifesta-se como um grande mediador no diálogo moderno
entre o cristianismo e as teologias místicas”, nos fala Papa Bento XVI
acerca do teólogo do século VI cujo nome é desconhecido, mas a Tradição
nos apresenta com o pseudónimo de Dionísio Areopagita. A Tradição nos
apresenta a Grécia como cidade de nascimento de Dionísio, vindo de uma
família pagã e formado em filosofia, matemática e astronomia e como um
aristocrata ateniense, teria sido eleito membro do tribunal de justiça.
Após as "fracassadas" pregações de São Paulo aos intelectuais no
areópago de Atenas, onde no final a maior parte dos ouvintes mostrou-se
desinteressada e afastou-se, ridicularizando-o; Dionísio, assim nomeado,
foi um dos poucos que foi alvo da intrepidez do apóstolo, como nos
relata a Sagrada Escritura no livro dos Actos dos Apóstolos 17,34 –
“Alguns homens juntaram-se a ele e creram. Entre eles estava Dionísio,
membro do Areópago, e também uma mulher chamada Dâmaris, e outros com
eles”. Damaris é compreendida na Tradição como sua esposa. Após o fato
ocorrido, ambos iniciaram sua caminhada cristã seguindo Paulo em suas
viagens, pregando e anunciando a Palavra de Deus. De acordo com seu
escrito “De divinis Nominibus“, ele teve a graça de contemplar um
eclipse do sol no dia da crucifixação de Jesus ao qual falou: “Ou Deus
está com dor ou chegou o fim do mundo”. Teria participado também do
momento da Dormição de Nossa Senhora.
De acordo com o relato de Dionísio de Corinto citado pelo historiador
Eusébio de Cesareia, Dionísio Aeropagita foi o segundo Bispo de Atenas
governando do ano 52 a 96. Em uma de suas viagens, dirigiu-se para Paria
para pregar o Evangelho e foi perseguido e decapitado pelo Imperador
Domiciano. Seu crânio é guardado no mosteiro búlgaro no Monte Athos
Doquiario.
Podemos dedicar um tempo do nosso dia de hoje para estudar também
essa catequese do Papa Bento XVI em uma série dedicada aos padres e aos
teólogos da antiguidade cristã, na qual fala dessa "figura muito
misteriosa"; personagem que mostrou ao mundo que "o diálogo não aceita a
superficialidade" já que "quando se entra na profundidade do encontro
com Cristo, abre-se também o vasto espaço para o diálogo". O caminho do
diálogo consiste precisamente no estar próximo da verdade, no estar
próximos de Cristo.
(03 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário