Actualizado 29 de Março de 2014
C.L. / ReL
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| A obrigação de mostrar à mãe uma ecografia do seu filho já afundou dezenas de clínicas abortistas no Texas. |
Segundo o Guttmacher Institute, fundado originariamente como ramo de investigação do Planned Parenthood (a maior indústria do aborto nos Estados Unidos), o número de médicos no país dispostos a praticar abortos, que não parou de crescer desde a legalização em 1973 até ao seu pico em 1982 (2908 aborteiros), caiu até 1720 em 2011: isto é, uma queda de 40,85% que alarma o sector.
A descida vai a par com o número de abortos, situado agora ao mesmo nível que em 1973. E ainda que influam outros factores, como a difusão de métodos anticonceptivos e o final da etapa fértil das mulheres nascidas no baby boom dos sessenta e setenta, uma causa primordial é o estigma social em que caiu o aborto graças à persistência no trabalho dos grupos pró-vida e à ruptura, através da internet, do cerco mediático posto ao tema pelos meios clássicos, mais dependentes dos poderes políticos e económicos.
"Necessitamos médicos desesperadamente"
Susan Hill, presidente da pró-abortista National Women´s Health Foundation [Fundação Nacional para a Saúde das Mulheres], admite o problema que se coloca à indústria do aborto: "Necessitamos médicos jovens, e os necessitamos desesperadamente. A situação é muito grave, realmente séria".
Segundo um artigo publicado em 2011 por Debra Stulberg, investigadora da Universidade de Chicago, só 14% dos ginecologistas praticam abortos, e só 40% dos programas de formação de ginecologistas e obstetras ensinam a fazê-lo, até ao ponto de que o lobby abortista mobilizou associações, como Medical Students for Choice, para captar estudantes de Medicina dispostos a converter-se em aborteiros ao concluir o curso.
Os estudantes não insensibilizados fogem
Mas os programas de formação produzem às vezes o resultado contrário. Brad Mattes conta na LifeNews o caso de Lesley Wojick, uma jovem partidária do aborto que ficou horrorizada ao assistir ao seu primeiro aborto e ficou paralisada ao ver em acção o instrumental. Algo "guinchava" no que ela queria fazer na vida, disse: "Não sei... É algo muito insensível. Tem que haver algo mais que esvaziar o útero com um instrumento como o de um dentista". Nessa primeira carniçaria a que assistiu voluntariamente para formar-se em algo a que pensava dedicar-se, os ouvidos de Lesley se espantaram com os gritos da mãe, a quem doía a intervenção.
O caso é que Lesley continua sendo partidária do aborto, mas depois do que viu naquele dia não se considera "emocionalmente preparada" para praticá-los.
Outros aprendizes de aborteiros sim foram mais longe na sua reflexão sobre o que viram. Brad Mattes cita um, sem revelar o seu nome, que também antes era partidário do aborto e que também queria preparar-se para ganhar assim o pão. Encontrou-se com algo tão "cru" que lhe tirou o sonho: o som do aspirador enchendo-se de sangue, tecido e órgãos do feto, o som que deixa de soar, o vazo do aspirador com o seu macabro conteúdo... "Não pude logo deixar de pensar no que esse menino poderia ter sido. Essas imagens torturam-me... E isso que só fui um espectador. Nunca jamais voltarei a ser partidário do aborto nem apoiarei o assassinato de nenhum ser humano, seja qual seja o estado vital".
Criminosos no banco dos réus
A este problema de carência de novos aborteiros une-se que muitos dos mais veteranos cometem abortos ilegais que os levaram a julgamento. O mais sonoro nos Estados Unidos foi o do infanticida em série Kermit Gosnell, cujo julgamento na Primavera de 2013 mudou a opinião sobre o aborto de vários jornalistas que cobriam o julgamento. Além disso, nos últimos meses vários aborteiros foram denunciados por mulheres por graves lesões causadas por abortos falhados, em particular durante os últimos meses de gestação.
Abortos à distância para não perder mercado
O problema é de tal magnitude, que muitos médicos, ante a impossibilidade de atender todos os casos, estão começando a praticar abortos à distância, sem sequer examinar a mãe. Mediante teleconferência, falam com ela e autorizam o consumo de uma pastilha que induza o aborto. Isso permite-lhes ampliar o "mercado" para manter a rentabilidade do negócio. Dados os perigos que isto implica para a gestante, esta prática proibiu-se no Arizona, Iowa, Kansas, Nebrasca, Carolina do Norte e Wisconsin.
E há estados, como Texas, onde desde que é obrigatório apresentar à mãe uma ecografia do menino que leva dentro as clínicas abortistas fecham uma atrás da outra: a imagem é dissuasória e quase nenhuma mulher que a vê quer seguir com o procedimento.
A incoerência do lobby
Por tudo isso, a Califórnia cedeu à pressão do lobby abortista e autorizou a não médicos a praticar abortos dentro do primeiro trimestre. Se nos anos setenta os abortistas queriam legalizar o aborto para que o praticassem médicos (e assim a vida da madre não corresse perigo enquanto acabava com a do seu filho), agora querem que o aborto o pratique pessoal não médico para poder manter o negócio. Razão: a ausência de profissionais dispostos a fazer face ao estigma social que supõe essa dedicação.
"Necessitamos médicos desesperadamente"
Susan Hill, presidente da pró-abortista National Women´s Health Foundation [Fundação Nacional para a Saúde das Mulheres], admite o problema que se coloca à indústria do aborto: "Necessitamos médicos jovens, e os necessitamos desesperadamente. A situação é muito grave, realmente séria".
Segundo um artigo publicado em 2011 por Debra Stulberg, investigadora da Universidade de Chicago, só 14% dos ginecologistas praticam abortos, e só 40% dos programas de formação de ginecologistas e obstetras ensinam a fazê-lo, até ao ponto de que o lobby abortista mobilizou associações, como Medical Students for Choice, para captar estudantes de Medicina dispostos a converter-se em aborteiros ao concluir o curso.
Os estudantes não insensibilizados fogem
Mas os programas de formação produzem às vezes o resultado contrário. Brad Mattes conta na LifeNews o caso de Lesley Wojick, uma jovem partidária do aborto que ficou horrorizada ao assistir ao seu primeiro aborto e ficou paralisada ao ver em acção o instrumental. Algo "guinchava" no que ela queria fazer na vida, disse: "Não sei... É algo muito insensível. Tem que haver algo mais que esvaziar o útero com um instrumento como o de um dentista". Nessa primeira carniçaria a que assistiu voluntariamente para formar-se em algo a que pensava dedicar-se, os ouvidos de Lesley se espantaram com os gritos da mãe, a quem doía a intervenção.
O caso é que Lesley continua sendo partidária do aborto, mas depois do que viu naquele dia não se considera "emocionalmente preparada" para praticá-los.
Outros aprendizes de aborteiros sim foram mais longe na sua reflexão sobre o que viram. Brad Mattes cita um, sem revelar o seu nome, que também antes era partidário do aborto e que também queria preparar-se para ganhar assim o pão. Encontrou-se com algo tão "cru" que lhe tirou o sonho: o som do aspirador enchendo-se de sangue, tecido e órgãos do feto, o som que deixa de soar, o vazo do aspirador com o seu macabro conteúdo... "Não pude logo deixar de pensar no que esse menino poderia ter sido. Essas imagens torturam-me... E isso que só fui um espectador. Nunca jamais voltarei a ser partidário do aborto nem apoiarei o assassinato de nenhum ser humano, seja qual seja o estado vital".
Criminosos no banco dos réus
A este problema de carência de novos aborteiros une-se que muitos dos mais veteranos cometem abortos ilegais que os levaram a julgamento. O mais sonoro nos Estados Unidos foi o do infanticida em série Kermit Gosnell, cujo julgamento na Primavera de 2013 mudou a opinião sobre o aborto de vários jornalistas que cobriam o julgamento. Além disso, nos últimos meses vários aborteiros foram denunciados por mulheres por graves lesões causadas por abortos falhados, em particular durante os últimos meses de gestação.
Abortos à distância para não perder mercado
O problema é de tal magnitude, que muitos médicos, ante a impossibilidade de atender todos os casos, estão começando a praticar abortos à distância, sem sequer examinar a mãe. Mediante teleconferência, falam com ela e autorizam o consumo de uma pastilha que induza o aborto. Isso permite-lhes ampliar o "mercado" para manter a rentabilidade do negócio. Dados os perigos que isto implica para a gestante, esta prática proibiu-se no Arizona, Iowa, Kansas, Nebrasca, Carolina do Norte e Wisconsin.
E há estados, como Texas, onde desde que é obrigatório apresentar à mãe uma ecografia do menino que leva dentro as clínicas abortistas fecham uma atrás da outra: a imagem é dissuasória e quase nenhuma mulher que a vê quer seguir com o procedimento.
A incoerência do lobby
Por tudo isso, a Califórnia cedeu à pressão do lobby abortista e autorizou a não médicos a praticar abortos dentro do primeiro trimestre. Se nos anos setenta os abortistas queriam legalizar o aborto para que o praticassem médicos (e assim a vida da madre não corresse perigo enquanto acabava com a do seu filho), agora querem que o aborto o pratique pessoal não médico para poder manter o negócio. Razão: a ausência de profissionais dispostos a fazer face ao estigma social que supõe essa dedicação.
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