Continuam os exercícios espirituais da Cúria Romana em Ariccia. Todos os participantes pagaram do próprio bolso o retiro
Roma, 12 de Março de 2014 (Zenit.org)
Uma reflexão sobre o poder da misericórdia de Cristo, que
salva de todo pecado o ser humano que busca a Deus, e uma consideração
sobre a diferença entre a linguagem que comunica a sabedoria de Deus e a
que se detém na "sabedoria do mundo". Durante os exercícios espirituais
para o Papa Francisco e a Cúria Romana, na casa Divino Mestre em
Ariccia, Pe. Angelo De Donatis centrou suas meditações, na tarde de
ontem e hoje de manhã, nas duas questões acima citadas, conforme
informações da Rádio Vaticana.
Verificou-se também que todos os participantes do retiro, primeiro fora do Vaticano, pagaram do próprio bolso a hospedagem.
Jesus não era um grande comunicador porque usava palavras “que
queriam persuadir a qualquer custo", mas porque transmitia a sabedoria
de Deus, única maneira de chegar ao fundo dos corações. No encontro
desta manhã, Pe. Donatis propôs ao Papa e seus colegas uma reflexão
sobre a linguagem e suas armadilhas. O homem de hoje, constatou, ainda
está procurando a linguagem justa, a de Cristo, que não é a linguagem da
força e do poder, mas da fraqueza, que todos compreendem, sobretudo,
aqueles que sofrem. A linguagem da caridade com a qual Jesus comunica ao
homem a grandeza de Deus e que permite ao ser humano dar testemunho de
Cristo.
O amor entendido como misericórdia foi a chave de leitura da
meditação proposta por Parde Donatis ontem à tarde, inspirada na
passagem do Evangelho de Marcos em que a hemorroíssa é curada,
simplesmente por ter tocado o manto de Jesus, colocando todas as suas
esperanças no gesto. Considerada impura por sua religião (disse o
pregador) a mulher derrota o mal, porque acredita plenamente em Jesus.
Ainda hoje isso acontece (afirmou Donatis) quando a religião não ajuda a
salvar o homem que está morrendo por um pecado. Quem salva (recordou) é
Cristo, sua misericórdia, e ter fé significa ter um contacto vivo com
Ele. Constroem-se andaimes enormes para se chegar a Cristo, mas não se
consegue alcança-Lo (continuou o Pe. Donatis) talvez porque se seguem as
coisas mundanas e se pensa pouco sobre o significado do Baptismo, ou
seja, no momento em que a Igreja nos acolheu quando estávamos mortos e
nos restituiu vivos, graças ao sangue de Jesus.
Nós (concluiu o pregador dos exercícios espirituais) não fazemos
nada para nos salvar, Deus faz tudo. Por isso, devemos agradecê-Lo e nos
lembrar de caminhar não na frente de Cristo, mas com Ele.
(Trad.:MEM)
(12 de Março de 2014) © Innovative Media Inc.
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