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domingo, 11 de agosto de 2019

ONU proclama 22 de agosto como Dia Internacional das Vítimas da violência religiosa

A assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o dia 22 de agosto como o Dia internacional das Vítimas da violência religiosa. Com este importante passo, a ONU pretende condenar todos os atos de violência contra as pessoas por causa da sua religião ou crenças.
De acordo com Martin Kugler, presidente do Conselho Executivo do Observatório sobre a Intolerância e a Discriminação contra os Cristãos na Europa, “as Nações Unidas estabeleceram muitos dias de memória, mas até agora nenhum deles havia sido dedicado à liberdade de religião”. O mesmo responsável denunciou ainda que, “em particular, a perseguição contra os cristãos é um drama atual que, muitas vezes, não recebe a devida atenção: as elites ocidentais, culturais e não somente políticas, têm relutância em falar em voz alta sobre esse problema e em pronunciar abertamente o nome dos cristãos em tal contexto”.
A deliberação da ONU de dedicar o dia 22 de agosto à memória das vítimas de violência por motivos religiosos foi apresentada pelo ministro polaco Jacek Czaputowicz. O diplomata defendeu que o propósito da ONU deve ser o de “erradicar o ódio e os atos de violência relacionados com a religião ou as crenças e fortalecer o diálogo inter-religioso”, disse.
Esta medida, proposta pelo Brasil, Canadá, Egipto, Iraque, Jordânia, Nigéria, Paquistão, Polónia e Estados Unidos da América (EUA), foi aceite por consenso.
Os EUA, no entanto, aproveitaram a ocasião para acusarem o governo chinês de violência religiosa contra os seus cidadãos. O representante americano no Conselho Económico e Social da ONU, Austin Smith, afirmou que na região chinesa de Sinkiang “mais de um milhão de pessoas de várias minorias religiosas foram presos arbitrariamente em campos desde abril de 2017”. O diplomata americano adiantou ainda que há “indícios de trabalhos forçados, torturas e mortes nesses campos”. E pediu à comunidade internacional para que pressione a China a respeitar os direitos dos muçulmanos, cristãos, budistas tibetanos e membros do movimento religioso Falun Gong.
Por sua vez, o representante chinês na ONU respondeu que os alegados campos eram centros de formação profissional e educativa contra a pobreza. E perante as acusações dos EUA, contra-atacou recordando o tratamento dos norte-americanos aos seus povos indígenas.



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