Em memória das vítimas para que não se repita

No dia em que Portugal assinalou pela primeira vez o Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios Florestais, a Agência Ecclesia conversou com o cónego Pedro Miranda, vigário geral da diocese e pároco de Pedrogão Grande durante seis anos, que neste dia celebrou uma eucaristia evocando as 66 vítimas mortais. O presidente da Cáritas Portuguesa, instituição que esteve no terreno no auxílio às populações afetadas, saudou a iniciativa parlamentar e referiu que se o país não souber “fazer frente a este flagelo” dos incêndios, vai ”comprometer as gerações atuais e futuras”. “Este deverá ser um dia que nos recorde também da responsabilidade individual no cuidado com o Bem Comum e, concretamente, com a Casa Comum que é para nós este planeta que habitamos”. Ficámos também a conhecer as linhas gerais do instrumento de trabalho do Sínodo dos Bispos que em 2019 vai refletir sobre a região amazónica. O encontro convocado pelo Papa, para outubro, vai abordar consequências da exploração da floresta e dos recursos hídricos, no «pulmão do planeta». “A vida na Amazónia está ameaçada pela destruição e exploração ambiental, pela violação sistemática dos direitos humanos elementares da população amazónica. De modo especial a violação dos direitos dos povos originários, como o direito ao território, à autodeterminação, à demarcação dos territórios e à consulta e ao consentimento prévios”, assinala o documento de trabalho. O documento divulgado pelo Vaticano admite ainda a ordenação sacerdotal de homens casados, “preferencialmente indígenas”, tendo em mente a celebração dominical da Eucaristia nas regiões mais remotas da Amazónia. O tema dos “novos ministérios” para responder às necessidades dos povos amazónicos vai ser estudado para “garantir os sacramentos que acompanham e sustentam a vida cristã”, pode ler-se. Fazemos ainda eco das festas das famílias que em Lisboa e no Porto reuniram casais cristãos que este ano celebraram 10, 25, 50 e 60 anos de matrimónio. Conheça o testemunho de Júlio Pereira dos Santos, casado há 68 anos com Rosa Sousa, que afirma que o segredo para um matrimónio longo está na “vontade de viver e ter paciência um com o outro”. D. Manuel Linda, bispo do Porto, afirmou que a diocese quis apresentar ao mundo o “testemunho de fidelidade e de unidade” de mais de 1200 casais. “Aqueles que são derrotistas e dizem que a família não aguenta, e que passado pouco tempo há divórcios, aqui está o exemplo contrário: Temos muitos casais que celebraram 60 anos e até um que faz 66 anos de matrimónio”, referiu à Agência Ecclesia. Descubra mais notícias que marcam a vida da Igreja católica em Portugal no site que já conhece: www.agencia.ecclesia.pt Até já Lígia Silveira www.agencia.ecclesia.pt