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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Hollywood, um lugar de grandes contrastes

O centro do cinema mundial ocidental lidera o poder de influenciar milhões de pessoas com a sua agenda cultural, na qual, muitas vezes, está incluída uma tendência bem explícita contra os valores cristãos. Aliado a este poder, Hollywood congrega a fama, o dinheiro, a presença dos famosíssimos actores, dos Óscares tendo sempre milhares de turistas a percorrerem as suas famosas ruas por onde circulam os artistas, exibindo-se com os seus poderosos automóveis e mostrando a sua ostentação.

Porém, por ali também deslizam enormes pobrezas, uma grande pobreza moral oculta e outra física, muito visível, das pessoas sem casa que vivem nesta zona de Los Angeles, esperando que alguém lhes dê esmola ou comida.

Os católicos locais conscientes deste antagonismo, trabalham para o minorar, para colmatar o sofrimento dos que nada têm. As Monjas de Clausura rezam constantemente pela conversão da grande indústria cinematográfica que há anos semeia com os seus filmes a base duma nova era, duma pseudo religião pagã, dum apagar e rejeitar tudo o que pode recordar o cristianismo na sua origem divina, destruir a base das famílias, dos casamentos e da moral social. A sétima arte tem sido uma verdadeira serva e mensageira da moda que se propagou e implementou, que se chama “New Age”, com todos os seus contraditórios e antagonismo, mas sempre arrasadoramente anticlerical.

Muitos grupos de católicos também organizam Procissões para levar o Santíssimo a percorrer as ruas, tendo a última acontecido no dia 17 de novembro, onde numerosos pobres se deslocavam para participar e serem acolhidos nos seus sofrimentos físicos, morais e espirituais.

Desde 2010 que esta procissão eucarística por Hollywood se realiza no princípio da festa de Cristo Rei e desde 2015 que este evento se denomina “Beloved” (Amado), ao converter-se num gesto de solidariedade de Jesus para com aqueles que viram os seus sonhos desfeitos e vivem abaixo do nível mínimo de dignidade humana, contrastando com o luxo, o vazio, o materialismo e o hedonismo daquele lugar, considerado por excelência a catedral dos sonhos fictícios, vazios e destruidores da integridade moral.

Mundo de contrastes onde se fez ouvir o apelo do Papa Francisco para escutar a voz dos pobres, dos deserdados da fama e do poder, mas que são filhos muito dilectos do Pai que a todos ama, por isso neste percorrer das ruas afamadas da metrópole cinematográfica, foram centenas de fiéis, centenas de pobres e milhares de turistas que não resistiram a unirem-se à Procissão para adorar, louvar e orar, levando Deus às periferias das almas, das ruas, da fama e da glória terrena, semeando o odor de Cristo que passa fazendo o bem.

É verdade, leitor amigo, Hollywood não é só 7ª arte, também é um lugar de muita miséria física, espiritual e moral, que o cinema não denuncia nem ajuda a minorar.

Ana Maria d´Oliveira




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