O centro do cinema mundial ocidental
lidera o poder de influenciar milhões de pessoas com a sua agenda cultural, na
qual, muitas vezes, está incluída uma tendência bem explícita contra os valores
cristãos. Aliado a este poder, Hollywood
congrega a fama, o dinheiro, a presença dos famosíssimos actores, dos Óscares tendo
sempre milhares de turistas a percorrerem as suas famosas ruas por onde circulam
os artistas, exibindo-se com os seus poderosos automóveis e mostrando a sua
ostentação.
Porém, por ali também deslizam enormes pobrezas,
uma grande pobreza moral oculta e outra física, muito visível, das pessoas sem
casa que vivem nesta zona de Los Angeles, esperando que alguém lhes dê esmola
ou comida.
Os católicos locais conscientes deste antagonismo,
trabalham para o minorar, para colmatar o sofrimento dos que nada têm. As
Monjas de Clausura rezam constantemente pela conversão da grande indústria
cinematográfica que há anos semeia com os seus filmes a base duma nova era,
duma pseudo religião pagã, dum apagar e rejeitar tudo o que pode recordar o
cristianismo na sua origem divina, destruir a base das famílias, dos casamentos
e da moral social. A sétima arte tem sido uma verdadeira serva e mensageira da
moda que se propagou e implementou, que se chama “New Age”, com todos os seus
contraditórios e antagonismo, mas sempre arrasadoramente anticlerical.
Muitos grupos de católicos também
organizam Procissões para levar o Santíssimo a percorrer as ruas, tendo a
última acontecido no dia 17 de novembro, onde numerosos pobres se deslocavam
para participar e serem acolhidos nos seus sofrimentos físicos, morais e
espirituais.
Desde 2010 que esta procissão
eucarística por Hollywood se realiza no princípio da festa de Cristo Rei e desde
2015 que este evento se denomina “Beloved”
(Amado), ao converter-se num gesto de solidariedade de Jesus para com
aqueles que viram os seus sonhos desfeitos e vivem abaixo do nível mínimo de dignidade humana, contrastando
com o luxo, o vazio, o materialismo e o hedonismo daquele lugar, considerado
por excelência a catedral dos sonhos fictícios, vazios e destruidores da
integridade moral.
Mundo de contrastes onde se fez ouvir o apelo do
Papa Francisco para escutar a voz dos pobres, dos deserdados da fama e do
poder, mas que são filhos muito dilectos do Pai que a todos ama, por isso neste
percorrer das ruas afamadas da metrópole cinematográfica, foram centenas de
fiéis, centenas de pobres e milhares de turistas que não resistiram a unirem-se
à Procissão para adorar, louvar e orar, levando Deus às periferias das almas,
das ruas, da fama e da glória terrena, semeando o odor de Cristo que passa
fazendo o bem.
É
verdade, leitor amigo, Hollywood não é só 7ª arte, também é um lugar de muita
miséria física, espiritual e moral, que o cinema não denuncia nem ajuda a
minorar.
Ana Maria d´Oliveira
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