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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Do temperamento ao carácter

Temperamento e carácter em conjunto formam a personalidade humana.

O temperamento é a nossa predisposição natural e inata a reagir de determinada forma. É um dom da natureza e, no limite, um dom de Deus. O temperamento pode ser colérico ou melancólico, sanguíneo ou fleumático. Nascemos com o nosso temperamento e não podemos mudá-lo: morremos com as qualidades e os defeitos do nosso temperamento, mas é sobre esta base que forjamos o nosso carácter.

O carácter é constituído por virtudes, das quais as mais importantes são: a prudência, a coragem, o autodomínio, a justiça, a magnanimidade e a humildade. As virtudes são hábitos morais, forças espirituais adquiridas e desenvolvidas no exercício da sua prática. Não nascemos com o nosso carácter, construímo-lo. As virtudes imprimem o selo do carácter no nosso temperamento para que não seja o temperamento a dominar-nos.

As melhores e mais recentes investigações na área da psicologia confirmam o que foi ensinado por todo o mundo ao longo da história da humanidade: existem traços enraizados na nossa natureza humana comum que podem ser adquiridos pelo hábito e constituem a essência do que significa ser humano, independentemente do nosso temperamento, género ou cultura. São estes hábitos de excelência que, em conjunto, permitem que nos aperfeiçoemos e tenhamos uma vida boa e frutífera.

O temperamento não determina os objectivos (menos ainda os resultados); confere, sim, forma e tonalidade aos esforços dos seres humanos, para resplandecerem através do domínio de hábitos de excelência. Ao exercitá-los, os hábitos de excelência - as virtudes – tornam-se na nossa segunda natureza, parte e parcela de nós próprios. Assim, ascendemos do temperamento ao carácter, e deixamos de ser escravos das nossas inclinações naturais, atingindo o domínio de nós mesmos na verdadeira liberdade humana.

Pela educação do carácter, aprendemos a ultrapassar as fraquezas do nosso temperamento, aprendemos, quando necessário, a fazer o oposto do que “surge espontaneamente”, uma vez que o que surge espontaneamente fica com frequência muito aquém do perfeito.

A liderança só pode ser virtuosa. Se não for, então não será liderança. Quando, na antiga Grécia, se mencionava a liderança, acentuavam-se as virtudes dos líderes. Não se podia imaginar uma liderança desprovida de valores e de virtudes. A liderança foi concebida, desde a sua origem, como uma actividade moral.

Um livro indispensável que nos leva a conhecer-nos melhor a nós mesmos e a saber o que devemos fazer para nos tornarmos líderes virtuosos.

O conhecimento de si, a excelência pessoal e a plenitude de vida, são os grandes objectivos desta obra da autoria de Alexandre D. Havard, Moscovo 2018.

Nota
Um dos feedbacks mais fortes do Virtuous Leadership é reconhecer que é possível e realista melhorar as relações  entre  as pessoas, graças aos livros de Alexandre Havad disponíveis em www.vlportugal.pt 

Maria Susana Mexia



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