Temperamento e carácter em conjunto formam a personalidade
humana.
O temperamento é a nossa predisposição natural e inata a reagir
de determinada forma. É um dom da natureza e, no limite, um dom de Deus. O
temperamento pode ser colérico ou melancólico, sanguíneo ou fleumático. Nascemos
com o nosso temperamento e não podemos mudá-lo: morremos com as qualidades e os
defeitos do nosso temperamento, mas é sobre esta base que forjamos o nosso
carácter.
O carácter é constituído por virtudes, das quais as mais
importantes são: a prudência, a coragem, o autodomínio, a justiça, a
magnanimidade e a humildade. As virtudes são hábitos morais, forças espirituais
adquiridas e desenvolvidas no exercício da sua prática. Não nascemos com o
nosso carácter, construímo-lo. As virtudes imprimem o selo do carácter no nosso
temperamento para que não seja o temperamento a dominar-nos.
As melhores e mais recentes investigações na área da
psicologia confirmam o que foi ensinado por todo o mundo ao longo da história
da humanidade: existem traços enraizados na nossa natureza humana comum que
podem ser adquiridos pelo hábito e constituem a essência do que significa ser
humano, independentemente do nosso temperamento, género ou cultura. São estes
hábitos de excelência que, em conjunto, permitem que nos aperfeiçoemos e
tenhamos uma vida boa e frutífera.
O temperamento não determina os objectivos (menos ainda os
resultados); confere, sim, forma e tonalidade aos esforços dos seres humanos, para
resplandecerem através do domínio de hábitos de excelência. Ao exercitá-los, os
hábitos de excelência - as virtudes – tornam-se na nossa segunda natureza,
parte e parcela de nós próprios. Assim, ascendemos do temperamento ao carácter,
e deixamos de ser escravos das nossas inclinações naturais, atingindo o domínio
de nós mesmos na verdadeira liberdade humana.
Pela educação do carácter, aprendemos a ultrapassar as
fraquezas do nosso temperamento, aprendemos, quando necessário, a fazer o
oposto do que “surge espontaneamente”, uma vez que o que surge espontaneamente
fica com frequência muito aquém do perfeito.
A liderança só pode ser virtuosa. Se não for, então não será
liderança. Quando, na antiga Grécia, se mencionava a liderança, acentuavam-se
as virtudes dos líderes. Não se podia imaginar uma liderança desprovida de
valores e de virtudes. A liderança foi concebida, desde a sua origem, como uma
actividade moral.
Um livro indispensável que nos leva a conhecer-nos melhor a
nós mesmos e a saber o que devemos fazer para nos tornarmos líderes virtuosos.
O conhecimento de si, a excelência pessoal e a plenitude de
vida, são os grandes objectivos desta obra da autoria de Alexandre D. Havard,
Moscovo 2018.
Nota
Um dos feedbacks mais fortes do Virtuous Leadership é reconhecer que é possível e realista melhorar
as relações entre as pessoas, graças aos livros de Alexandre Havad disponíveis
em www.vlportugal.pt
Maria Susana Mexia |
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