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domingo, 18 de novembro de 2018

O ridículo mata

Para os que nascemos na aldeia nunca houve dúvidas sobre o nascimento dos frangos ou dos coelhos no frigorífico dos supermercados, ou das criancinhas trazidas no bico das cegonhas.

Víamos que todos animais acasalavam naturalmente entre si (um e uma), assistíamos ao nascimento das suas crias, sem  termos necessidade de aulas especializadas...

Também, sem ponta de dúvida, distinguíamos macieiras, pereiras, couves e nabos e de outras árvores ou vegetais, que agora, pobres coitados, são vítimas dos “vegans”. Nabos há muitos, tal como os chapéus…

Neste momento de tanta invenção e inversão e preocupação com a nossa saúde (nossa, e de modo particular dos animais), temo pelas mortes prematuras da nossa sociedade, não pelo excesso de sal, carne ou açúcar, mas dessa  doença do ridículo em que se caiu.

Isto surge a propósito da preocupação do Ministério da (des) Educação que decide “brindar” os pais e educadores com os seus famosos Programas, livremente obrigatórios, passando–lhes um atestado de ignorância e irresponsabilidade na educação de seus filhos e educandos. Sim, porque agora há iluminados(as) enciclopédicos (as).

Primeiro foram os  programas de Ciências e Biologia, depois  os Programas de Educação Sexual (apelidados  por alguns, pelo seu realismo, de “zootecnia” ou” veterinária”).

Agora surge, também obrigatória, a Educação para a Cidadania, leia-se ideologia do género. Fartaram-se de sexualidade e agora todos são assexuados. Quando nascem não sabem o que são, se homens ou mulheres. Logo se vê. Cada um decide aos 16 anos. O contribuinte pode sempre pagar!

Por mais que queiram, Deus criou-os homem mulher e o resto machos e fêmeas. Aqui apetece-me citar Diogo Faro: “...trazidos ao mundo pelo Deus cristão, muçulmano, judaico ou outro, para não dizerem que não sou tolerante”.

Por favor, os portugueses (as) não são parvos (as). Não tentem dar-lhes gato por lebre!

Maria Viegas
Professora do 2º e 3º Ciclo





3 comentários:

  1. Inimaginável dizer tantas verdades em tão pouco espaço. E com uma espontaneidade e frontalidade próprias de quem sabe o que diz, sabe o que vê, tem discernimento e coragem.
    Parabéns querida autora, não desista, continue a chamar a atenção e a apelar, no mínimo, ao bom senso...

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  2. Texto extraordinário! Realmente, a sabedoria está nas coisas simples e verdadeiras. Como é bom ler um texto tao claro e sábio! Obrigada!!

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  3. ‘Pão, pão; queijo, queijo’: isto é tudo verdade! Realmente no ministério da (des) educação andam a brincar (a sério) com os pais, alunos e professores. Mas, como bem diz a autora, nós não somos parvos. Sabemos bem o que queremos e estamos fartos do ridiculamente ‘correto’!...

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