A dignidade é o estatuto incondicional do ser
humano: cada um tem dignidade, porque é único e não pode ser substituído por
nada nem por ninguém. Todo o ser humano é digno qualquer que seja o seu estado:
jovem ou velho, doente ou saudável, deficiente ou não, consciente ou
inconsciente…
A dignidade não pode ser posta em causa,
porque é a própria essência do ser humano. É em nome da noção essencial de
«dignidade» que alguns defendem os cuidados paliativos e outros a eutanásia.
Porém, o sofrimento moral que acompanha
frequentemente a dor física deve e pode ser atenuado ou minimizado com
tratamentos médicos apropriados, acompanhamento e cuidados especiais,
profissionais, afectivos e outros.
Morrer com dignidade implica, pois, ser respeitado e amado até
ao fim e não ser vítima da eutanásia.
Impressiona constatar como uma decisão tão grave, importante e
fragmentadora fica assim à mercê de grupos parlamentares que denotam uma imperiosa
necessidade de implementar estratégias manipuladoras, de obediência cega a
forças e pressões exteriores, não olhando a meios para atingirem os seus fins.
Vale a pena pensar e analisar os falaciosos
argumentos com que têm andado subtilmente a tentar penetrar e manipular o
pensar dos nossos compatriotas, nomeadamente através dos meios de comunicação,
todos conjugados para o mesmo fim.
É verdadeiramente uma manobra politica
assustadora num país democrático…mas que tem andado a mando de “lobbies” que se
introduziram silenciosamente na Educação, na Saúde e na Família.
A Federação “Toda A Vida tem Dignidade” está a organizar uma
concentração frente à Assembleia da República, no Largo de S. Bento, em Lisboa,
no dia 29 de maio, para se manifestarem contra a eutanásia.
José M. Esteves
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