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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Dia Mundial da Língua Materna versus Saber Escrever

O Dia Internacional da Língua Materna foi proclamado pela UNESCO em 1999, sendo comemorado a 21 de Fevereiro, com o objectivo de promover, preservar e proteger todas as línguas faladas pelos povos em todo o mundo. A escolha do dia 21 de fevereiro para comemorar o Dia Internacional da Língua Materna serve para lembrar a população mundial da tragédia que ocorreu em fevereiro de 1952, na cidade de Daca, no Bangladesh. Vários estudantes foram mortos pela polícia enquanto protestavam pelo reconhecimento da sua língua - o bengalês - como um dos dois idiomas oficiais do então Paquistão.

O tema do Dia Internacional da Língua Materna para este ano 2017 é "Rumo a futuros sustentáveis através da educação multilíngue", na sequência do tema de 2016 que tinha sido "Educação de qualidade, linguagem(ns) de instrução e resultados de aprendizagem".

O reconhecimento e a premência desta efeméride leva-me a recordar a pertinência da importância de escrever e saber fazê-lo com a mestria e a simplicidade de quem aprendeu a fazê-lo e ainda não esqueceu muitas das suas regras e normas.

Considerando que nesta data nos é aconselhado ler um livro de Língua materna e numa economia do tempo que sempre nos escasseia, eu aconselharia o «Saber Escrever», um livro da autoria de Cecília Rezende (ceciliarezende39@gmail.com), recentemente lançado no mercado pela Edições Vieira da Silva, que nos ensina e ajuda a dominar a redacção da Língua Portuguesa, da frase ao texto. Começando por nos introduzir na construção correcta de uma frase simples, vai-nos guiando na elaboração de textos de maior complexidade: da frase simples passa para a construção da frase complexa, depois para a construção de um resumo, de um reconto, do desenvolvimento de um tema, até chegar à elaboração de uma síntese de vários textos. Analisa de modo aprofundado as diferenças entre a língua escrita e a língua falada, acentuando os processos específicos da língua escrita que substituem os movimentos corporais, os tons de voz, os gestos que, na fala, ajudam o nosso interlocutor a entender a mensagem que queremos transmitir.

A quem se destina? A todo o público escolar que se vê muitas vezes sozinho perante a obrigação de escrever um texto sem saber como fazer. Aos professores, porque lhes proporciona todo um material teórico seguido de exercícios da aplicação, facilitando-lhes o seu trabalho de ensino/aprendizagem. E, também, mas não menos importante, aos pais e avós que desejam ajudar os filhos nos exercícios de escrita e não dispõem de um guia que os auxiliem. 

O «Saber Escrever» não é uma gramática maçuda, mas é um livro que foi feito com carinho, dedicação e com um conhecimento fruto de muitos anos de estudo, que nos introduz no mundo fascinante da língua portuguesa. Por tudo isto o «Saber Escrever» torna-se uma obra essencial na estante de qualquer pessoa, esteja a iniciar a sua aprendizagem, frequente a universidade ou simplesmente como consulta de dúvidas que todos temos.

Maria Susana Mexia







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