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domingo, 21 de janeiro de 2018

Liberdade

No dia 23 de janeiro comemora-se o dia Mundial da Liberdade. A questão que se coloca é se somos realmente livres, mesmo aqueles que têm a dita de pertencer a um país em que não impera uma ditadura, pelo menos de uma forma visível. Se pensarmos bem chegaremos à triste conclusão que temos muitas ataduras. Não estou a pensar naqueles que possuem alguma dependência (tabaco, álcool, café, etc…) que se um dia não podem usufruir destas pequenas coisas ficam tristes e aborrecem todos os que estão à sua volta. Recentemente, o prelado do Opus Dei escreveu uma carta sobre este tema que aconselho vivamente a que se leia. Nesse documento é recordado que Deus quis arriscar-se a que o homem no uso da sua liberdade pudesse negar e desprezar o seu Criador, como tem acontecido tristemente ao longo da História. Se Deus não nos fizesse livres não se deliciaria com os atos de coragem de muitos Homens cheios de Amor pelo seu Deus.

A nossa liberdade surge do fato de sermos filhos de Deus e somos tão mais livres quanto vencemos as nossas paixões e fazemos, de olhar postos no Senhor, aquilo que temos de fazer em cada momento.  Atualmente confunde-se liberdade com o fazer o que nos apetece em cada momento. Já todos certamente, caímos nessa teoria “chega, hoje vou fazer só o que me apetece” chegamos ao fim com um enorme vazio. De facto, o fazer só o que me agrada, não dá felicidade. Somos felizes se nos entregamos ao outro, se à nossa volta geramos alegria e aí, somos livres porque verdadeiramente nos vencemos. A liberdade de espirito leva-nos a agir sempre do mesmo modo e não mudar as nossas atitudes segundo as conveniências. Um Homem livre não deixa de fazer o que deve com medo de perder o emprego ou porque pode vir a perder dinheiro ou posição social.

A corrupção, tão comentada pelo atual papa, mostra bem a falta de liberdade, o quanto estamos atados às riquezas e ao poder.  Termino lembrando como Jesus exerceu a Sua liberdade perante os doutores da lei e os fariseus quando questionado se Ele era realmente o Filho de Deus. Jesus estava estourado, uma noite sem dormir, maltratado, cuspiram-no, estava abandonado pelo seus, sabia que se negasse ficaria livre de todas as atrocidades que ocorreram de seguida. Enquanto Deus, Ele tinha um perfeito conhecimento de tudo quanto ia sofrer. Mesmo assim, não hesita em dizer a verdade. Deus fonte de toda a liberdade não podia agir de outro modo.  Maria, junto à Cruz mostra o que é ser livre, não foge, prefere estar junto do seu Amor. E nós?

Maria Guimarães
Professora



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