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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Europa em queda livre? Ou, Natal em Paz e harmonia?

Consta que os europeus não souberam manter a sua estabilidade valorativa e deixaram-se influenciar negativamente por modas  em estilo americano e outras de sabor marxista, renegando a importância da família, abandonando os valores religiosos e aviltando os estéticos, contribuindo para deixar degradar o sentido e a harmonia do belo. Como se não fosse pouco, reduziram drasticamente o nascimento de filhos, com um assustador declínio demográfico, o que não só compromete o seu futuro, como se tornou num continente mórbido e decadente.

Volúvel, envelhecida, fragilizada e vazia de sentido, a velha Europa foi sendo preenchida por outros povos, outras gentes, outras culturas e religiões que, paulatinamente, se foram fixando nesta atraente zona do mundo.

Porém, esta realidade não é uma novidade, sempre houve vagas de ocupantes ao longo dos séculos, que elegeram este espaço privilegiado para viverem e dele fazerem a sua nova terra.

Os europeus desistiram de ter filhos, apequenaram-se e viram-se rodeados por emigrantes africanos, árabes e orientais, cuja prole não cessa de aumentar, reproduzindo-se.

Os europeus renegaram o seu Deus e a sua mensagem em Jesus Cristo, e passaram a adular a “liberdade” numa corrida desenfreada ao consumismo, ao individualismo, ao aborto, à liberdade sexual, ao divórcio, ao álcool, às drogas, etc., etc.

Vazios, sozinhos e corrompidos por análises e juízos mediáticos, apressados e ideológicos, vivem numa realidade ofuscada pelos argumentos perversos e intencionais, eivados de inconsistência e manipuladores.

Na Europa tudo passou a ser precário e descartável; é-se católico, mas não se pratica; a família deixou de ser estável, o amor já não é para sempre, as relações amorosas são saltitantes, as barrigas alugam-se…, enfim, uma verdadeira desorientação e anarquia provocada e fomentada por grupos interessados não só nos lucros como nos dividendos – a saber: destruir para sempre a família tradicional e acabar com o cristianismo à flor da terra. Sementes marxistas com redobrada pressão científica e tecnológica ao serviço do mal comum…

Todavia acontece que a Europa tem nos seus genes a matriz cristã, está gravada na nossa inteligência, corre nas nossas veias o sangue dos antepassados e a nossa memória tem bem presente o sentido divino da Criação, por isso não podemos nem devemos desanimar ou deixar-nos influenciar com conversas negativas, destrutivas e mal-intencionadas.

Os europeus cristãos acreditam num Deus infinito, omnipotente, omnipresente e omnisciente e, mesmo nos momentos catastróficos da história em que tudo parece desabar, eles sabem que Jesus não veio ao mundo para os castigar, condenar, abandonar, nem tão pouco, criar uma sociedade perfeita, mas sim para nos lembrar que está connosco até ao fim dos tempos. Não estamos sós mesmo quando as adversidades  acontecem, e se Ele as permite é para tirar bens maiores e melhores para o homem.

A Europa cristã é o resultado da relação entre a razão e a fé, herdados dos gregos e dos romanos, ingredientes que moldaram definitivamente este continente, não obstante as sucessivas invasões de bárbaros, mouros e outros povos que a nós se foram juntando e integrando.

Neste Natal de 2017, ano do Centenário da Aparições em Fátima, tenhamos bem presente a riqueza e a bênção que Deus nos deu, enviando o Seu Filho unigénito ao mundo para nos salvar.

No Presépio, junto do Menino, com Maria e José abramos espaço no nosso coração para todos os homens, do Oriente ao Ocidente e juntos recorramos ao “Santo Rosário”, a arma predilecta e infalível dos homens de boa vontade.

Maria Susana Mexia







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