Inevitavelmente chegamos ao fim das férias, chamadas de grandes e logo se dá início a mais um ano lectivo. Em tempos remotos a data sagrada para o seu início era o dia 7 de Outubro, agora, não sei bem o motivo, ou dele já me olvidei, toca logo a rebate em princípios de setembro. Porém, antes, muito antes já é grande o alarido do regresso às compras dos livros e restantes materiais escolares, creio bem que não por motivo de puro amor à aprendizagem e ao saber, mas sim ao sabor da muita - excessiva - publicidade com o indispensável desafio ao consumismo. Muitos se queixam do excesso de gastos, mas não dispensam a tralha tão (des) necessária e chamativa para a pequenada e não só, para depois passarem o tempo das aulas distraídos, a brincar e a comparar os seus pertences, em vez de se lembrarem ou de lhes terem dito o que significa ir para a escola, aprender, saber escutar, saber estar, etc, etc.
Em amena tarde quase outonal, conversando e tecendo recordações entre amigos, cepticamente desfiando algumas dúvidas e pesares sobre o pretenso perfil a ser exigido aos nossos alunos e a frequência com que este objectivo vai ficando desvirtuado ao longo dos tempos, eis que alguém me envia algumas “dicas milagrosas”, estilo receita rápida e eficaz, para combater o pesadelo do início de mais um ano de estudo e de stress, convertendo-o numa oportunidade para (re) começar e conseguir alcançar o melhor de cada um.
Aqui ficam as 10 sugestões para pais e filhos, não custa nada tentar e podem ajudar a atingir o sucesso:
1. Não deixes o teu trabalho para amanhã;
2. Evita sempre a queixa, a crítica, as murmurações;
3. Acaba com o teu gosto pelas primeiras pedras, e assenta a última ao menos num dos teus projectos;
4. Dá um motivo sobrenatural à tua actividade profissional de cada dia, e terás santificado o trabalho;
5. Quando distribuíres o teu tempo, hás-de pensar também em que vais empregar os espaços livres que se te apresentem a horas imprevistas;
6. Faz o que deves e está no que fazes;
7. Às vezes precisamos de ter ao nosso lado caras sorridentes;
8. A santidade não consiste em fazer coisas cada dia mais difíceis, mas em fazê-las cada dia com mais amor;
9. Propósito sincero: tornar amável e fácil o caminho aos outros, que já bastantes amarguras a vida traz consigo;
10. Lembra-te bem e sempre: mesmo que alguma vez pareça que tudo vem abaixo, nada se desmorona, porque Deus não perde batalhas.
O mais curioso é que estes conselhos não são de um especialista no ensino/aprendizagem, nem de um prestigiado pedagogo, nem tão pouco duma sumidade em técnicas e métodos escolares, mas simplesmente de S. Josemaria, o chamado Santo do quotidiano.
Pela curiosidade, singeleza das mesmas e pelo bom senso que lhes preside eu decidi partilhá-las com os leitores na esperança de que possam ser úteis a alguém.
Artur Pereira dos Santos
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