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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O azul e o cor-de-rosa

Gosto do azul, mais escuro, menos escuro, “inglês”… Embirro com o chamado “azul cueca”. O azul faz parte integrante do arco-íris. E eu gosto. Sobretudo, eu gosto! Não gosto do cor-de-rosa. Embirro, solenemente, com o mais claro. E no arco-íris não está esta cor. Das minhas opções acima indicadas ninguém tem o direito de impor mudanças de critério. Mas tenho outro critério de cores, do azul e do cor-de-rosa.

Também aqui não permito que alguém se meta nas minhas preferências, se arme em tutor das minhas opções. Na nossa cultura, em vias de destruição acelerada, o azul sempre foi associado aos meninos e o cor-de-rosa às meninas. De facto, os meninos e as meninas não são iguais e é urgente gritar bem alto esta afirmação. Diferem sob muitos pontos de vista: genético, morfológico ou psicológico. Basta olhar, mesmo com pouca atenção, o seu aspecto morfológico (com ou sem “pirilau”, por exemplo e não menor!) ou analisando os seus cromossomas. Elas XX e eles XY. 

Quem, minimamente atento, nunca deu conta de que os miúdos são mais agressivos e “bulhentos“ uns com os outros. E que elas são mais bisbilhoteiras e atentas, por exemplo, às questões de moda e de roupa em particular. São, porém, RIGOROSAMENTE iguais em dignidade. Não é de admitir qualquer tipo de discriminação que promova a desigualdade da dignidade. Mas será de promover a potenciação das diferenças próprias, levando a uma capacitação individual possível, aproveitando as naturais diferenças. 

Assim, esta determinação ESTÚPIDA, de fazer guerra aos livros de um excelente Editora de livros escolares, guerra que faz parte de um ataque cerrado e feroz à nossa cultura e que tem por base não uma lei cientificamente comprovada, mas… uma teoria que hoje está na moda. 

Uma teoria. A propósito de teorias, recordo-me de Lisenko, o célebre “cientista” ao serviço da ideologia marxista, da defunta União Soviética, e o modo fraudulento como quis impor o chamado “Neo-lamarckismo”, uma tentativa de ressuscitar a teoria de Lamarck (uma teoria!) sobre a origem das espécies, o que daria muito jeito aos ideólogos que sonhavam (e sonham) fazer um “ homem novo”. 

Os ideólogos que dominam o pensamento social contemporâneo também defendem e impõem uma teoria, chamado do Género, que também sonham fazer um “homem/ mulher” novos.  E o que é muito grave é que dominam cabeças que estão ou são candidatas ao Poder. Estão em todos os Partidos (ou quase) e mandam. É ouvi-los, todos, dizer: senhores/senhoras; candidatos (as), os /as em tudo, indo contra a identidade da nossa própria língua. 

Um desaforo, chegando ao cúmulo de criar discursos insuportáveis de se ouvirem. Mas mais grave é que os seus defensores fizeram leis que nos podem levar à cadeia!… Por discriminação de género! A ditadura do género está aí. 

A DITADURA DO PENSAMENTO ÚNICO. 
Não seremos capazes de acordar? Temos de quebrar estas investidas contra a Liberdade e contra o bom senso. Viva o azul para os meninos! Viva o cor-de-rosa para as meninas! Vivam os meninos com bolas (além das deles!) e as meninas com bonecas (todas são umas lindas bonecas!).

(O autor não escreve de acordo com o chamado AO) 

CARLOS AGUIAR GOMES
31.08.17 / QUINTA-FEIRA / DIÁRIO DO MINHO 17



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