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terça-feira, 8 de agosto de 2017

A Estrada da Vida

Caminho suavemente ao longo da estrada da vida. Uma brisa marítima acaricia-me, com um cheiro tão agradável que me encanta. As gaivotas sobrevoam o mar azul. É verão. O céu de um azul ímpar recorda a época de férias que vivenciamos. Sinto como se Deus quisesse facultar-me uma pausa nas dificuldades que o viver a vida acarreta. Que bom! Ouço o riso das crianças que brincam na praia, as suas tropelias, as suas graças, dando um toque de alegria neste agradável dia de verão em que me perco na beleza da paisagem. Graças a Deus que para muitas famílias chegou o tempo de férias mais informal, de lazer, de descompressão, de usufruir da companhia da família mais chegada e possivelmente de outros que há muito não víamos, enfim, de carregar baterias para o novo ano.

Continuo o meu percurso nesta estrada da vida pensando na importância da educação, na aprendizagem de novas competências e conhecimentos ao longo da vida. Procuro fazer um balanço. Não, é tempo de férias! Mas a vida continua implacável o seu percurso rumo ao futuro. Graças a Deus que há já muitas coisas programadas ou delineadas. Mas ao final deste dia vou recordar o que consegui concretizar, o que aprendi, o que ficou guardado para o dia seguinte. Bem, parece que o meu cérebro hoje está sobrecarregado, estive muito tempo a pesquisar, sem fazer uma pausa. Ainda bem que vim fazer esta caminhada. Recordo Ellen Dunn, da Universidade Estatal de Louisiana que escreveu: “Menos do que 30 minutos não é suficiente, mas mais do que 50 minutos é muita informação para o seu cérebro reter de uma vez”. 

Considero, enquanto continuo o meu percurso nesta estrada da vida, a necessidade de se investir cada vez mais na educação e no futuro, no sentido de preencher o nosso dia-a-dia, a nossa vida normal, com as coisas que valorizamos, os nossos ideais, ou seja a aprendizagem contínua, no sentido de mantermos abertas as portas do conhecimento, que irão contribuir para nos sentirmos mais felizes, mais presentes, mais úteis, com uma vida mais preenchida e aberta a novos desafios, sonhos e oportunidades. Ainda assim, com algum grau de frequência, quando pensamos que conhecemos todas as respostas, paramos à procura delas. Sinto-me como escreveu o filósofo Sócrates: “Só sei que nada sei”.

Passo a citar Marshall Goldsmith que referiu: “Embora as nossas desilusões de autoconfiança, nos possam ajudar a concretizar, elas podem dificultar a nossa mudança”. Importa aqui, enfatizar: quando tomamos uma decisão, quando estamos seriamente empenhados, as coisas começam a encaixar, a acontecer… Há alguns dias em amena conversa com uma amiga, ela comentava: Às vezes não sabemos em profundidade o que está mal de todo, o que é a vontade de Deus. Surgem as questões éticas. É preciso certamente ter critério. Recordou a parábola do trigo e do joio (Mt 13, 36-43) … a boa semente, a colheita no fim dos tempos, em que os justos brilharão como o sol no Reino do seu Pai. Fiquei a pensar na importância, de um bom aconselhamento. Na realidade, há pessoas que sabem mais do que nós, com bases muito seguras e por vezes torna-se necessário consultar uma boa fonte em caso de dúvida. Daí a importância do estudo, da informação, do conhecimento em profundidade, de uma mente bem formada.

Continuo a minha caminhada neste dia de verão, almejando que, em breve, também possa usufruir, se Deus quiser, de uns dias de descanso. A investigação em vários campos, refere que a recuperação do trabalho, do desgaste diário, constitui uma necessidade, para recarregarmos a energia, o nosso compromisso com a vida. O repouso é prudente para se ter mais saúde, promovendo o bem-estar, as relações familiares e de amizade, também com uma maior disponibilidade para pensar, para ler, passear, contemplar, e agradecer a Deus tudo o que de bom a vida nos proporciona, e pedir a intercessão de Nossa Mãe do Céu, para tudo o que carecemos, na certeza de que não deixará de nos atender.

Maria Helena Paes



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