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sexta-feira, 23 de junho de 2017

“O discípulo missionário é chamado a abandonar o solo das próprias seguranças”

O Papa Francisco recebeu no Vaticano os participantes ao congresso da Serra International


(ZENIT – Cidade do Vaticano, 23 Jun. 2017).- O Papa Francisco recebeu no Vaticano na manhã de 23 de junho, festa do Sacratíssimo Coração de Jesus Cristo e dia de santificação sacerdotal aos participantes ao congresso da Serra International.
Eles estão reunidos em Roma de 22 a 25 de junho, para se confrontar sobre a atividade inspirada pelo franciscano espanhol Junípero Serra, missionário no México, em congresso com o tema “Sempre adiante. A coragem da vocação”. A estes leigos comprometidos no apoio às vocações sacerdotais e à vida consagrada o Papa falou em particular da importância de “ser amigos”.
“‘Amigo’ è uma palavra um pouco ‘desgastada’ hoje em dia, pois um conhecimento superficial não é suficiente para acender uma experiência de encontro e proximidade como a que sentimos quando o encontro é com Jesus” indicou.
“Todos os dias entramos em contacto com pessoas diversas, que muitas vezes definimos “amigos”, mas é um modo de dizer”. “Somos amigos –indicou o Papa– somente quando o encontro se torna compartilha de um mesmo destino, compaixão, envolvimento… que conduz até a doação de si pelo outro.”
“Um amigo me ouve profundamente, sabe ir além das palavras, é misericordioso com meus defeitos, é livre de preconceitos, não concorda sempre comigo, mas justamente por me querer bem, me diz sinceramente aonde discorda; está pronto a ajudar-me cada vez que caio”, explicou.
Em particular, o termo adquiriu um significado ainda mais importante com Jesus: com efeito, “é possível ser amigos somente se o encontro não permanecer externo ou formal, mas se se tornar partilha do destino do outro, compaixão, envolvimento”.
O sucessor de Pedro convidou a fazer “o que normalmente ‘faz um amigo’ deixando-se iluminar pela imagem ‘de são Junípero que, coxo, se obstina em pôr-se a caminho, viajando rumo a San Diego para plantar ali uma cruz”.
Dissertando sobre o termo ‘Sempre adiante’, Francisco a definiu uma ‘palavra-chave’ da vocação cristã:“Não pode caminhar quem não se coloca em discussão. O cristão sabe que pode descobrir as surpreendentes iniciativas de Deus quando tem a coragem de ousar”, mencionou o Pontífice. Citando São Junípero, o Papa afirmou que é melhor caminhar claudicante do que ser ‘cristãos de museu’, que temem mudanças.
“Tenho medo dos cristãos que não caminham e se fecham no próprio canto. É melhor proceder coxeando, por vezes caindo, do que ser cristãos de museu”, disse.
“A vocação é ser chamados por um Outro, é sair de si mesmos e colocar-se a serviço de um projeto maior. Com humildade, nos tornamos colaboradores da vinha do Senhor, renunciando a todo espírito de posse e vanglória. Como é trise ver que às vezes, nós homens de Igreja não sabemos ceder nosso lugar, não conseguimos delegar tarefas com tranquilidade, nos é difícil deixarmos em mãos de outros as obras que o Senhor nos confiou!”.
E instou: “Avante na esperança, avante com sua missão, olhando além, abrindo horizontes, preparando o futuro. A Igreja e as vocações sacerdotais precisam de vocês”.
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