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terça-feira, 2 de maio de 2017

New Age, a Nova Era de enganos

A Nova Era, ou “New Age”, é uma amálgama de doutrinas, crenças, esoterismo e misticismos diversos, que se vem repercutindo no cenário político, moral e educacional, tendo sido vastamente difundida em muitas esferas da nossa sociedade e propagada pelos mais variados meios de comunicação social.

O movimento da New Age surgiu nos anos 1960-70, quando o mundo ocidental tomou mais contato com o mundo oriental. Os seguidores da New Age misturaram várias crenças e práticas de religiões orientais, criando uma nova pseudo corrente de pensamento em jeito de religião.

Quem crê na New Age, acredita que o terceiro milénio marca a transição da Era de Peixes – que, para eles, é a era cristã – para a Era de Aquário, ou seja, uma era pós-cristã. Muitos dos ataques que a Igreja sofre e toda a propagação de valores invertidos que reduzem Deus a conceitos subjetivos de cada pessoa estão ligados à New Age, um fenómeno que invade lenta e quase imperceptivalmente mina a vida das sociedades. 

As pessoas, afectadas por essa mistura de ideias, oscilam entre a certeza e a incerteza, inclusive no que diz respeito à sua própria identidade. Para eles a Igreja é considerada retrógrada, autoritária, patriarcal e tudo o que ela já fez pela edificação cultural e moral da sociedade é rejeitado acriticamente. As pessoas preferem olhar "para dentro de si mesmas" na tentativa de encontrar o sentido existencial e, quiçá, a possibilidade de serem portadores duma nova verdade considerando-se como deuses.

"O fenómeno da New Age, juntamente com muitos outros Movimentos religiosos, constitui um dos desafios mais urgentes para a fé cristã. Trata-se de um desafio religioso e, ao mesmo tempo, cultural:  a New Age propõe teorias e doutrinas sobre Deus, o homem e o mundo, que são incompatíveis com a fé cristã. Além disso, a New Age é o sintoma de uma cultura em profunda crise e, ao mesmo tempo, uma resposta errónea a esta situação de crise cultural:  às suas inquietações e interrogações, às suas aspirações e esperanças" (Religioni e sette nel mondo, 6 [1996], pág. 7).

Aparentemente a New Age parece um movimento de paz, mas o seu deus não é o Deus do cristianismo. O deus da New Age é uma espécie de energia impessoal, uma força cósmica que abarca o universo inteiro, uma forma de panteísmo. Não é um poder espiritual que vem de Deus, mas das trevas, apresentando-se como uma resposta enganadora à esperança que o homem tem de harmonia, de reconciliação consigo mesmo, com os outros e com a natureza, mas não é compatível com a Bíblia nem com os ensinamentos de Jesus Cristo, que veio ao mundo e deu a Sua vida para nos salvar.

A New Age é um dos venenos sedutores do demónio, que tenta os homens através do orgulho: “Amarás a ti mesmo sobre todas as coisas”, eis como se poderia exprimir o lema da New Age. Quando uma alma se deixa contaminar pelo amor-próprio desordenado, fruto de seu orgulho, não há moral capaz de a controlar, não há verdade que ela não coloque em dúvida, não há hierarquia que ela não queira derrubar. 

Nestes tempos violentos e perplexos de crise, de muitas crises, como a ausência de valores cristãos, familiares, morais e sociais, sempre bombardeados com informações e noticias mascaradas de pós verdades, de meias mentiras ou similares, é bom estar atento a este tema para saber discernir com clareza o trigo do joio.

José M. Esteves



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